1 resultado para Doença periodontal Tratamento
em Repositório Aberto da Universidade Aberta de Portugal
Resumo:
O prognóstico da perda dentária é um dos principais problemas na prática clÃnica de medicina dentária. Um dos principais fatores prognósticos é a quantidade de suporte ósseo do dente, definido pela área da superfÃcie radicular dentária intraóssea. A estimação desta grandeza tem sido realizada por diferentes metodologias de investigação com resultados heterogéneos. Neste trabalho utilizamos o método da planimetria com microtomografia para calcular a área da superfÃcie radicular (ASR) de uma amostra de cinco dentes segundos pré-molares inferiores obtida da população portuguesa, com o objetivo final de criar um modelo estatÃstico para estimar a área de superfÃcie radicular intraóssea a partir de indicadores clÃnicos da perda óssea. Por fim propomos um método para aplicar os resultados na prática. Os dados referentes à área da superfÃcie radicular, comprimento total do dente (CT) e dimensão mésio-distal máxima da coroa (MDeq) serviram para estabelecer as relações estatÃsticas entre variáveis e definir uma distribuição normal multivariada. Por fim foi criada uma amostra de 37 observações simuladas a partir da distribuição normal multivariada definida e estatisticamente idênticas aos dados da amostra de cinco dentes. Foram ajustados cinco modelos lineares generalizados aos dados simulados. O modelo estatÃstico foi selecionado segundo os critérios de ajustamento, preditibilidade, potência estatÃstica, acurácia dos parâmetros e da perda de informação, e validado pela análise gráfica de resÃduos. Apoiados nos resultados propomos um método em três fases para estimação área de superfÃcie radicular perdida/remanescente. Na primeira fase usamos o modelo estatÃstico para estimar a área de superfÃcie radicular, na segunda estimamos a proporção (decis) de raiz intraóssea usando uma régua de Schei adaptada e na terceira multiplicamos o valor obtido na primeira fase por um coeficiente que representa a proporção de raiz perdida (ASRp) ou da raiz remanescente (ASRr) para o decil estimado na segunda fase. O ponto forte deste estudo foi a aplicação de metodologia estatÃstica validada para operacionalizar dados clÃnicos na estimação de suporte ósseo perdido. Como pontos fracos consideramos a aplicação destes resultados apenas aos segundos pré-molares mandibulares e a falta de validação clÃnica.