315 resultados para Ficção fantástica moçambicana História e crítica

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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Em Vinte e zinco, o escritor moambicano Mia Couto, recorrendo ao universo telrico de seu pas, tenta recuperar, ficcionalmente, um perodo cronolgico que perpassa dias imediatamente anteriores e posteriores Revoluo dos Cravos em Portugal, quando se deu a queda do regime salazarista, no 25 de Abril de 1974, iniciando a narrativa em 19 de Abril e concluindo-a no dia 30. O escritor vale-se de recursos ldicos inerentes produo ficcional, somados s possibilidades estticas oferecidas ao longo do processo de resgate sociocultural dos valores da terra. Assim, conta uma história em que elementos do maravilhoso so legveis como comuns realidade quotidiana. A narrativa apresenta a funo da Casa dos Castro os integrantes da famlia e suas relaes com frica e das demais personagens que transitam ao seu redor seja na figura de negros, seja na de alguns brancos, estes, assimilados ao avesso ou no. Essas personagens juntas mesmo que estejam, em determinados momentos, em lados opostos caminham, como representao da dualidade colonial, em direo apotetica cena inslita em que se do a ascenso do Napolo e a tempestade que cai ao final, manchando a terra s vsperas do 25 de Abril. Mia Couto, em um universo cercado de mitos, crenas e tradies, torna visvel o invisvel, espelhando, no plano da diegese, a realidade desse cenrio, e recupera, pela via das trocas culturais ao longo dos sculos, estratgias de construo narrativa ficcional desenvolvidas nas literaturas latino-americanas a fim de representar Moambique em sua obra. Assim, apropria-se dos preceitos do Real Maravilhoso, em sua vertente africana aqui chamada de Real Animismo miacoutiano para apresentar essa mestiagem cultural com imagens plurivalentes do real

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Diversos crticos enfatizaram a vertente de Noite na taverna, de lvares de Azevedo, obra que se consagrou, portanto, como uma narrativa pertencente ao gnero fantstico, apesar de no corresponder plenamente concepo do gnero desenvolvida por Tzvetan Todorov, em Introduo literatura fantástica subsdio fundamental para os estudos da ficção inslita. "Fantástica"!, "sobrenatural", "de horror", "ttrica", "sombria", "macabra", "monstruosa", "dantesca", "simbolista avant la lettre", "gtica", "satanista", "byroniana" so alguns dos termos empregados pela crítica nos principais estudos publicados acerca da obra. Trata-se de uma multiplicidade de classificaes que, no entanto, no a caracterizam adequadamente e s demonstram a dificuldade de definir-lhe o gnero. Refletindo sobre tais aspectos e partindo dos principais estudos crticos produzidos sobre a obra desde sua primeira edio, consideramos a pertinncia de a classificarmos como integrante do gnero fantstico. Procura-se ainda, aps minuciosa leitura destes estudos, identificar os momentos da história e da crítica literria brasileira em que Noite na taverna foi classificada com termos que a associaram a uma forma de literatura incomum no Brasil nacionalista do sculo XIX.

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A presente dissertao se prope revisitar algumas teorias escolhidas sobre a narrativa fantástica que, por sua vez, servem de referncia para o estudo e a reflexo dos textos produzidos sob o signo da estranheza, da subverso do real e da inquietao humana com o desconhecido. Para tanto, selecionamos alguns tericos que se aventuraram pelos caminhos do fantstico na busca de entender melhor e tentar definir este tipo de texto ficcional. So eles: Peter Penzoldt, Howard Lovecraft, Sigmundo Freud, Jean-Paul Sartre, Tzvedan Todorov e Filipe Furtado. O fantstico um exemplo de construo narrativa que relativiza o real e problematiza o debate em torno dos limites do maravilhoso e sua carga simblica, apresentando, paralelamente, a verossimilhana que a esttica realista aconselha. A narrativa fantástica nasce, ento, da fratura da razo que no consegue mais dar conta de uma viso de mundo que se afigura distorcida, problemtica e, muitas vezes, surreal

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O fantstico tem se desenvolvido ao longo dos sculos, contudo, ainda constatamos dificuldades em se definir as caractersticas que o constituem. certo que, hoje, o elemento fantstico aparece de diferentes formas, com a convivncia pacfica de elementos naturais e sobrenaturais. Aqui, o inslito se dissolve na rotina e na banalidade das situaes comuns, gerando o efeito fantstico, abordagem da presente dissertao. No h mais sustos ou sobressaltos diante de um evento sobrenatural, ao contrrio do chamado fantstico clssico, que prev a hesitao como elemento principal. Nesse emaranhado de eventos sobrenaturais, uma figura se destaca, a personagem. Ela tem como principal funo ser instrumento para comunicar e confirmar ao leitor a ocorrncia dos eventos sobrenaturais. No caso do fantstico contemporneo ela acaba por auxiliar na naturalizao dos eventos sobrenaturais, pois retrata a passividade e a aceitao de tais eventos. Atravs dela tambm possvel identificar reaes diante desses eventos: incerteza, dvida, sufocamento, angstia e medo. Nosso principal objetivo com essa dissertao costurar teoria e texto, buscando identificar o efeito fantstico, atravs da anlise da reao das personagens, em autores contemporneos, mais especificamente em contos. Utilizaremos para essa exemplificao contos de Amilcar Bettega Barbosa (Deixe o quarto como est), Jorge Luis Borges (O livro de areia) e Murilo Rubio (Contos Reunidos). Para realizar tal desafio, buscaremos trazer questes que enriqueam a discusso sobre o fantstico contemporneo, demonstrando com isso, tambm, sua permanncia no cenrio literrio atual. Com isso esperamos contribuir para a propagao das discusses sobre o fantstico, levando, quem sabe, a um novo posicionamento crtico sobre esses textos

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A presente pesquisa percorre os interiores de uma fortaleza colonial, cenrio de A varanda do frangipani, do escritor moambicano Mia Couto. Nessa obra, o autor estabelece com o leitor um pacto ficcional (ECO, 1994) e o convida a iluminar-se com as diversas micro-narrativas que traam um paralelo entre o ontem e o hoje de uma varanda que protege e aprisiona. O narrador convoca o narratrio e relata a história de personagens que vivem uma realidade paradoxal, transitando entre as vises de dentro e de fora, racional e irracional. Em um mundo fragmentado, os componentes ficcionais se conjugam para compor uma narrativa que promove profundas reflexes atravs da palavra, pois palavras valem a pena se nos esperam encantamentos (COUTO, 2007, p. 112)

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A presente dissertao discute a representao do passado em A Costa dos Murmrios. Analisa-se a maneira pela qual o perodo colonial retratado na obra, investigando as estratgias utilizadas por Ldia Jorge, para conceber um registro diferenciado desse tempo histrico. A história de Portugal reavaliada criticamente, provocando uma ruptura com os padres ideologicamente estabelecidos. Verses at ento negligenciadas, passam a contribuir fortemente para um conhecimento pluralista do passado lusitano. O estudo revela a desconstruo do discurso oficial efetuada pelo romance, que relativiza as verdades propagadas pelo cnone. O trabalho verifica de que forma a narrativa de Jorge promove a articulao entre história e ficção, problematizando a tradicional distino entre elas. Alm disso, procura-se identificar como o romance A Costa dos Murmrios dialoga com as inovadoras teses de Hayden White, Walter Benjamin, Linda Hutcheon, entre outras, surgidas no clima de renovao epistemolgica que se instalou a partir de meados do sculo XX

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Este trabalho tem como objetivo investigar pontos de convergncia nas obras de dois autores britnicos, Angela Carter (1940-1992) e China Miville (1972- ). Os romances a serem estudados so Nights at the circus (1984) e The infernal desire machines of Doctor Hoffman (1972), de Angela Carter, e Perdido Street Station (2000) e The city & the city (2009), de China Miville, e, como ponto de partida, ambos demonstram elos representativos com a ficção de gnero, evidenciados pelas obras escolhidas. Ao esmiuar paralelos entre os romances, busca-se em especial dissecar as intersees temticas e estilsticas, bem como as divergncias e contradies que despertem interesse. Entre os temas investigados est a alteridade e o hibridismo ambos autores fazem uso de personagens ex-cntricos e usam o hibridismo de modo a acentuar a Alteridade reservada ao Outro. Tambm ser examinada a abordagem dos autores ficção de gnero e o tratamento reservado aos tropos e clichs da Ficção Cientfica e da Fantasia. Por fim, a pesquisa observar o conceito que ambos compartilham de que discursos podem no ser uma mera reflexo da realidade, mas tambm criar e moldar o que tomamos por real. A todos os temas so aplicadas a teoria e crítica do ps-modernismo, alm do material especfico que lida com a ficção especulativa, Fantasia e Ficção Cientfica

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A partir da leitura crítica de Mafalda, obra do cartunista argentino Quino, e alicerados no conceito de hegemonia de Gramsci, sobretudo na noo de contra-hegemonia, buscamos analisar as possibilidades de se construir coletivamente sentidos contra-hegemnicos no ensino de História a partir do que chamamos de crítica aos elementos caractersticos da sociedade burguesa (a democracia, o individualismo, o estmulo ao consumo, a propriedade privada, a naturalizao das diferenas, a competio, dentre outros). As contribuies de Gramsci ao campo da Educao, como o vnculo dialtico entre as relaes hegemnicas e pedaggicas, sua concepo da escola como um destacado aparelho privado de hegemonia, alm das reflexes sobre os intelectuais e sua ao pedaggica na construo/difuso/legitimao de consensos, constituem pilares fundamentais das anlises. esforo fundamental da pesquisa identificar em que medida os professores, conscientes de seus vnculos de classe e compromissados com as classes dominadas, podem atuar como educadores-intelectuais orgnicos estas classes, no mbito da escola, tornando-a uma trincheira sob o conceito gramsciano de guerra de posio contra a hegemonia burguesa. Em termos metodolgicos, foram selecionadas quinze tiras de Mafalda (divididas em onze temas os elementos que caracterizam a sociedade burguesa), presentes na obra Toda Mafalda (2002), no intuito de subsidiar as reflexes aqui esboadas. Obviamente, todo recorte ideolgico e nenhuma escolha neutra. As tiras escolhidas, longe de sintetizarem o olhar do artista argentino a respeito da burguesia, atendem aos objetivos deste trabalho.

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O objetivo da presente dissertao entender como ocorre a ficcionalizao da memria da guerra colonial portuguesa nos romances Os Cus de Judas e A Costa dos Murmrios e as estratgias usadas pelos autores para expressar essa memria em termos literrios. Essas narrativas ao constatarem o colapso da antiga utopia colonialista do discurso nacional portugus, propem uma reviso dos antigos valores nacionais e da retrica do regime salazarista, que afetou de forma profunda a vida dos autores. Em ambas as narrativas, a experincia da guerra reconstruda atravs do testemunho e da reavaliao das reminiscncias do passado das personagens, o que confere s obras um perfil confessional. Ao desmontar o tradicional relato histrico, relativizando verdades universalmente aceitas, a ficção visa preencher as lacunas do discurso histrico oficial, entendido como uma escritura dos vencedores. O confronto entre a memria individual resgatada pelas personagens e a memria legitimada da nao tem uma funo redentora sobre o passado na medida em que interrompe a lgica dominante no momento presente. O estudo das referidas obras individualmente concludo com uma anlise sob o vis comparativo que visa estabelecer semelhanas e possveis discrepncias na forma de representao das memrias da guerra colonial

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Mar me quer, do escritor moambicano Mia Couto, uma narrativa cuja edio que se tem disponvel para compra no mercado editorial 24,5cm de altura por 17,3cm de largura; capa dura, em fundo verde vibrante, com ilustrao colorida; oito ilustraes de Joo Nasi Pereira, ao longo de seus oito captulos; sessenta e oito pginas totais, contando, dentre elas, as pginas de ilustraes e as em branco inscreve-se, desde sua apresentao fsica, no entrelugar da literatura destinada ao pblico infantil ou juvenil. Ao seu formato dissimulador, acresce a manifestao, em variados momentos e em diferentes categorias da narrativa aes, personagens, espaos e tempos , do inslito ficcional trao desestabilizador da mimeses realista, comprometida com a realidade emprica, senso comum , realando um carter fantasista de ordenao metaemprica da realidade, no plano do discurso ficcional que permite situar a obra tanto no universo j prenunciado das literaturas infantil ou juvenil, quanto no seio das vertentes literrias do fantstico sentido lato. Um percurso pelos fios das histórias de Zeca Perptuo e Luarmina, personagens centrais da narrativa, conduz a um passeio pelos mares dessas literaturas em que irrompe o inslito, levando a que leiam as tenses emergentes de um mundo repleto de mitos, lendas e crenas, terra telrica de frica, Moambique

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Esta dissertao tem como objetivo analisar e discutir os romances-ensaios O Dia da Coruja e A Cada um o Seu, de Leonardo Sciascia, em perspectiva comparada com as narrativas policiais A Forma da gua e O Ladro de Merendas, de Andrea Camilleri, no que diz respeito aos traos estilsticos, histricos e temticos das obras em foco. Na pesquisa, refletiu-se sobre a utilizao da estrutura do romance policial como estratgia de composio empregada pelos dois autores sicilianos, a fim de criticarem a realidade sociopoltica italiana dos ltimos 50 anos. Ao final, apontam-se diferenas e identidades existentes entre os citados ttulos e se conclui que, L.Sciascia, em tom amargo e incisivo, deu matria de seus romances um perfil tanto de narrativa ficcional quanto de ensaio poltico-filosfico, com o objetivo de denunciar, em seus pseudo-gialli, no apenas crimes, mas, principalmente, a falta de tica no seio da justia de seu pas. J A.Camilleri eternizou seu perfil de escritor giallista, criando a figura do inspetor Salvo Montalbano e ao lanar mo do recurso do riso srio. Tal artifcio no invalidou, ao contrrio, sublinhou ironicamente a denncia a toda forma de criminalidade, de corrupo e de abuso do poder, na fictcia Vigata, espao imaginrio representativo da Sicilia e da Itlia

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Verificamos na ficção brasileira contempornea uma reescritura do gnero policial, que deixa de ter como principal meta a retirada das mscaras que encobrem a verdade. Nesta era de ambiguidades e incertezas, em que a verdade passa a ser substituda pelas verses, o tema do duplo encontrar a condio ideal para sua revitalizao. o que podemos observar na obra de Luiz Alfredo Garcia-Roza, objeto desta dissertao, cuja finalidade principal a de identificar e analisar as manifestaes do duplo em alguns romances do autor, situando-os no contexto contemporneo. Para tal, foram selecionados como corpus de anlise cinco de seus nove romances: Vento Sudoeste (1999), Perseguido (2003), Espinosa sem sada (2006), Na multido (2007) e Cu de origamis (2009). Traamos, primeiramente, um breve panorama da representao literria do tema do duplo, alm de alguns conceitos psicanalticos, buscando introduzir o tema, utilizando como base terica os estudos de Otto Rank, Freud, Nicole Bravo, Ana Maria Lisboa de Mello, entre outros. Num segundo momento, identificamos as manifestaes do duplo nas narrativas policiais de enigma, noir e ps-utpica, empregando o termo criado por Haroldo de Campos. Verificamos que a narrativa policial brasileira, desde os seus primrdios, j revela uma incompatibilidade com as certezas preconizadas pela escola de enigma. Dessa forma, abrimos o caminho para atingirmos o foco deste estudo: a anlise do duplo na narrativa de Luiz Alfredo Garcia-Roza, articulando o quadro terico leitura dos textos. O duplo aparece na ficção do autor como representao dos antagonismos humanos que levam fragmentao do eu e como estratgia para ressaltar as ambiguidades e incertezas da narrativa policial ps-utpica, em contraposio s verdades absolutas do gnero policial em sua forma clssica. Da deduzimos que, contrariando a principal norma do gnero, a narrativa de Garcia-Roza coloca mscaras, em vez de retir-las

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Alexandre Herculano foi uma figura muito importante na História de Portugal. Primeiramente como historiador, recolhendo materiais que continham a História da Nao e que serviu como estudo para a preservao e divulgao de um passado glorioso. Como intelectual, engajou-se na poltica e assuntos sociais em benefcio da nao portuguesa. Escrevendo e publicando artigos em importantes jornais e revistas da poca, ou seja, o sculo XIX, sua figura identifica-se com a de um intelectual. Como tal, denunciou e alertou o povo sobre seus principais direitos e deveres como cidados portugueses. Sua grande preocupao tambm era em relao educao porque, segundo ele, Portugal estava atrasado em relao a outros pases europeus. Descrever Herculano como intelectual de Portugal uma das propostas deste trabalho

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O presente trabalho discute como os conceitos do Fantstico se desenvolvem na obra em prosa do escritor modernista portugus Mrio de S-Carneiro, comparando duas perspectivas tericas distintivas sobre o tema. Uma dessas possibilidades implica perceber o Fantstico como um gnero literrio numa perspectiva histrica , admitindo-o de forma mais restrita e restritiva; outra, como um modo discursivo numa perspectiva a-histrica , de carter mais abrangente e acolhedor. A partir desses diferentes pressupostos, objetiva-se, estudando um conjunto de quatro narrativas curtas do autor (Loucura e Incesto, do livro Princpio, e A grande sombra e A estranha morte do Professor Antena, de Cu de fogo), averiguar a forma como S-Carneiro, valendo-se do recurso s estratgias de construo narrativa do Fantstico, alm de poeta, torna-se um cone da prosa portuguesa na viragem do sculo XIX para o XX, estabelecendo um referencial para a Literatura Fantástica em Portugal. Para realizar este estudo, foram utilizados conceitos tericos de Tzvetan Todorov, Filipe Furtado, Irne Bessire e, tangencialmente, de outros variados estudiosos do Fantstico da contemporaneidade

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O objetivo desta dissertao investigar o vis coletivo da autobiografia ficcional de Face of an angel, da escritora estadunidense e de origem mexicana Denise Chvez. Desse modo, o trabalho pretende discutir a sociedade chicana descrita sob a tica da narradora/protagonista, Soveida Dosamantes, investigando desde o processo histrico de que resultado, passando pela iniquidade entre os papis desempenhados por homens e mulheres at chegar ao discurso autorreferencial com que a narradora/protagonista representa o ambiente cultural em que se insere. Antes da narrativa propriamente dita, h a rvore genealgica da narradora/protagonista, assinalando que o que vai se descortinar ao longo da leitura uma saga de famlia. Assim, Soveida Dosamantes utiliza a sua ambincia domstica, bem como a comunidade da fictcia cidade de gua Oscura, sua cidade natal, como recorte de uma estrutura social maior. Fazendo uso do discurso autobiogrfico, a narradora/protagonista criada por Denise Chvez expe as mazelas de uma comunidade que, em virtude ser produto do colonialismo e do neocolonialismo, perdeu sua identidade cultural. Em Face of an angel, atravs do relato em primeira pessoa de sua narradora/protagonista, a autora Denise Chvez reproduz o universo em que nasceu e cresceu. Cedendo a Soveida Dosamantes componentes autobiogrficos como complicadas relaes familiares, personagens femininas nativas que funcionam como sentinelas de prticas ancestrais que o domnio europeu apagou, personagens masculinos que mascaram sua fragilidade por trs de uma fora e de um poder aparentes, Chvez representa em Face of an Angel o microcosmos de uma comunidade que vem, aos poucos, subvertendo o discurso oficial e conquistando o seu terreno no panorama poltico e social estadunidense