793 resultados para Estudos transversais Teses

em Biblioteca Digital de Teses e Dissertações Eletrônicas da UERJ


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O diabetes mellitus(DM) e as disfunes tireoidianas(DT) so as duas desordens endocrinolgicas mais comuns na prtica clnica. A DT no reconhecida pode interferir no controle metablico e adicionar mais risco a um cenrio predisponente doena cardiovascular. O objetivo deste estudo foi avaliar a prevalncia da DT em pacientes com diabetes mellitus tipo 1 e tipo 2 (DM1 e DM2) e avaliar o risco cardiovascular em pacientes com DM2 com e sem DT utilizando parmetros clnicos e laboratoriais. Trata-se de um estudo observacional de corte transversal. Foram avaliados 304 pacientes com DM2 e 82 pacientes com DM1. Os pacientes foram submetidos a um inqurito clnico-demogrfico e avaliao laboratorial para determinao do perfil lipdico, glicdico e da funo tireoidiana. Os pacientes com DM2 tiveram seus escores de risco cardiovascular em 10 anos determinados pelas equaes de Framingham e do UKPDS risk engine. A frequncia de disfuno tireoidiana entre os 386 pacientes foi de 14,7%, sendo de 13% nos que no possuam disfuno prvia. A disfuno mais frequente encontrada foi de hipotireoidismo subclnico, com 13% no DM1 e de 12% no DM2. A prevalncia de anticorpos anti-tireoperoxidase (TPO) positivos foi de 10,8%, sendo de14,6% em pacientes com DM1.Foram diagnosticados 44 (11,2%) novos casos de disfuno tireoidiana em pacientes que negavam ou desconheciam terem DT prvia.Destes novos casos, 12,8% em DM1 e 13,1% em DM2.Dos 49 pacientes com DT prvia, 50% dos DM1e 76% dos DM2 estavam compensados. No foi observada diferena entre as mdias do escore de risco de Framingham entre os pacientes DM2 com eutireoidismo e com hipotireoidismo subclnico. Observou-se uma associao entre o hipotireoidismo subclnico e risco cardiovascular nos pacientes com DM2 demonstrado pela diferena estatisticamente significativa entre as mdias do escore UKPDS para doena coronariana no-fatal e fatal, acidente vascular cerebral fatal entre os dois grupos (p=0,007; 0,005;0,027 respectivamente). As demais funes tireodianas (hipotireoidismo clnico, hipertireoidismo clnico e subclnico) encontradas no foram analisadas devido ao pequeno nmero de pacientes em cada grupo.Conclumos que o rastreio da doena tireoidiana entre os pacientes com diabetes mellitus deve ser realizado rotineiramente considerando-se a prevalncia de novos casos de DT diagnosticados e o fato de que os pacientes com DM2 e com hipotireoidismo subclnico avaliados possurem um risco cardiovascular maior. Todavia, conclumos que estudos prospectivos e com maior nmero de pacientes so necessrios para o esclarecimento do impacto da doena tireoidiana no risco cardiovascular do paciente com DM.

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O objetivo principal desta Dissertao foi avaliar as relaes entre a Violncia Fsica entre Parceiros ntimos (VFPI) nos primeiros seis meses aps o parto e a utilizao de servios de sade entre crianas menores de seis meses de idade. Para estudar o construto utilizao de servios de sade utilizou-se o momento de incio do acompanhamento e o nmero de consultas da criana em Unidades Bsicas de Sade (UBS). Adicionalmente, estimou-se a prevalncia de VFPI nos primeiros seis meses aps o parto entre mes de crianas desta faixa etria assistidas nas UBS do Rio de Janeiro. As informaes que subjazem a pesquisa originaram-se de um estudo transversal realizado em 27 UBS do Municpio do Rio de Janeiro, entre junho e setembro de 2007. A populao de estudo foi selecionada por meio de amostragem por conglomerado em dois estgios. As UBS unidades primrias de amostragem foram amostradas com probabilidade de seleo proporcional ao volume de consultas peditricas realizadas conduzindo a uma amostra geograficamente representativa do municpio. As crianas unidades secundrias de amostragem foram selecionadas de forma sistemtica, obedecendo ordem de sada das consultas. A amostra incluiu 927 crianas nos primeiros seis meses de vida cujas mes relataram ter companheiro na ocasio da entrevista dentre aquelas que buscaram consulta peditrica ou de puericultura. As informaes foram obtidas por meio de entrevista com a me da criana utilizando-se um questionrio estruturado, contendo escalas previamente validadas, como a Revised Conflict Tatics Scales (CTS2) para a mensurao da VFPI. O artigo inicial apresenta a prevalncia de VFPI nos primeiros seis meses aps o parto na populao estudada e em certos subgrupos de acordo com caractersticas sociodemogrficas e de sade de mes e bebs. Elevadas frequncias de violncia conjugal foram evidenciadas, em especial entre mes em situao socioeconmica desfavorvel e que apresentavam falhas no cuidado pr-natal, na amamentao e na utilizao do servio de sade. Os outros dois artigos apontam que a VFPI aps o parto apresenta um srio risco ao acompanhamento regular da criana nos servios de sade. O segundo artigo revelou que a VFPI um fator de risco independente para o incio tardio do acompanhamento da criana em UBS em mulheres que possuam emprego informal ou no trabalhavam e entre aquelas que no haviam realizado um adequado acompanhamento pr-natal. J o terceiro artigo mostrou que a VFPI aumenta o risco de crianas filhas de mes que no exerciam trabalho remunerado aps o parto terem um nmero de consultas aqum do esperado para a idade nos seus primeiros seis meses de vida. Espera-se que a divulgao dos resultados desta Dissertao possa contribuir para aumentar a sensibilizao de profissionais de sade e dos planejadores de polticas pblicas do Setor Sade para a importncia de aes de combate violncia e, assim, colaborar para a promoo da sade no seu sentido mais amplo.

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A proposta desta tese consiste em um recorte de uma abordagem mais ampla da determinao dos acidentes de trabalho, e tem como objetivo geral investigar o perfil de acidentes de trabalho que acometem funcionrios tcnico-administrativos do quadro efetivo de uma universidade do Rio de Janeiro. Para o alcance do objetivo, esta tese est estruturada em dois artigos, e como tal pretende explorar o perfil scio-demogrfico e ocupacional de funcionrios pblicos na ocorrncia de acidentes de trabalho (Artigo 1); e investigar a associao entre os eventos de vida produtores de estresse (EVPE) e a ocorrncia de acidentes de trabalho (Artigo 2). Dados seccionais da fase 2 de um estudo de natureza prospectiva (Estudo Pr-Sade) foram coletados entre 3572 funcionrios. A histria de acidentes de trabalho foi captada por meio de perguntas dicotmicas (sim vs. no) para cada um dos seguintes tipos de acidentes: perfurao com agulha; perfurao com outro objeto; corte; queimadura; choque eltrico; contuso ou distenso muscular; fratura, entorse ou luxao; e envenenamento ou intoxicao. O perodo de referncia para aferio tanto dos EVPE quanto da ocorrncia de acidente de trabalho correspondeu aos 12 meses anteriores a aplicao de questionrio autopreenchvel. No artigo 1 utilizou-se a tcnica de anlise de correspondncia mltipla para delimitar agrupamentos de funcionrios quanto ao perfil scio-demogrfico e ocupacional associado ocorrncia de acidente de trabalho, de acordo com as seguintes Caracterstica : sexo, idade, escolaridade, renda per capita, ocupao, setor e local de trabalho. No artigo 2, a associao entre EVPE e acidentes de trabalho foi avaliada atravs de anlise multivariada por meio de modelo lineares generalizados (logpoisson), sendo os resultados expressos atravs de razes de prevalncia (RP) ajustadas e seus respectivos intervalos de 95% de confiana (IC95%). A prevalncia total de acidentes no perodo de 12 meses foi de 25,6%. Dos tipos de acidentes referidos, o mais frequente foi a contuso ou fratura, com cerca de (10,2%) de relatos. Em seguida, aparecem as perfuraes com agulha (6,5%). Os resultados da anlise de correspondncia revelam trs grupos, destacando-se aquele formado pelos que sofreram perfurao com agulha com um perfil que abrange os auxiliares de enfermagem, trabalham no Hospital Universitrio e setores adjacentes, especificamente em setores de terapia intensiva, emergncia, cirurgia geral, clinica geral e ambulatrio. Em relao associao com EVPE, ter sido testemunha de agresso foi o evento mais fortemente associado com acidentes de trabalho (RP= 1,98, IC95%= 1,67; 2,34). Este estudo trouxe informaes acerca da importncia das caractersticas scio-demogrficas e de aspectos psicossociais na ocorrncia dos acidentes de trabalho que podem ser teis na elaborao de medidas para a preveno desse importante problema de sade pblica.

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Trata-se de estudo transversal sem modelo de interveno, que tem como objeto a ateno sade na preveno secundria da doena coronariana a pacientes com ou sem tratamento ambulatorial especializado. O objetivo primrio foi: Avaliar se h diferena na ateno sade entre pacientes portadores de doena arterial coronariana em sua forma aguda ou crnica com ou sem acompanhamento ambulatorial especializado. Os objetivos secundrios foram: a) apresentar o perfil de cada grupo de pacientes a partir de dados scio-demogrficos e econmicos; b) descrever as caracterstica clnicas dos pacientes e identificar a que fatores de risco cada grupo de pacientes est exposto; c) descrever a regularidade na utilizao de medicamentos e como se d o acesso mesma; d) identificar o tipo e principais dificuldades enfrentadas pelo paciente para seguir o tratamento. Para a coleta de dados foi utilizado formulrio desenvolvido e previamente testado para atender os objetivos propostos para o estudo, alm de informaes coletadas diretamente do pronturio do paciente. A coleta de dados foi realizada em trs unidades pblicas de sade localizadas no municpio do Rio de Janeiro. A amostra selecionada foi composta por 112 pacientes divididos igualmente entre os dois grupos existentes na pesquisa. Os dados foram transcritos para planilha do programa Statistic Package for the Social Science e anlise realizada atravs dos testes estatsticos de diferena entre proporo, odds-ratio e qui-quadrado. Quanto ao perfil scio-demogrfico e econmico verificou-se diferena estatstica significativa quanto ao grau de instruo entre os grupos I e II, com predomnio de pacientes de nvel fundamental incompleto para o grupo I e mdio completo no grupo II (p=0,0434), foi tambm verificada diferena significativa entre os grupos relacionada ao rendimento mensal, embora o maior percentual encontrado em ambos os grupos tenha sido observado na faixa de dois salrios mnimos, uma vez que o grupo II apresentou maior concentrao de renda entre a faixa de dois a trs salrios mnimos (p=0,0044). Ao que se refere aos fatores de risco para doena coronariana, observou-se diferena estatstica entre os grupos para a varivel tabagismo (p= 0,0001) e sedentarismo (p=0,0025). Verificou-se para pacientes do grupo I valor estatstico significativo quanto a regularidade em utilizar medicamentos (p=0,0010). Concluiu-se, portanto, que o acompanhamento de pacientes ps-sndrome coronariana aguda em ambulatrio especializado de coronariopatias apresentou benefcios significativos quando comparado ao grupo de pacientes no cobertos por este tipo de assistncia. Verificou-se ainda que o enfermeiro poder contribuir e atuar amplamente para a preveno secundria da doena coronariana, enquanto membro da equipe multidisciplinar.

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INTRODUO: As chances de adoecer e de mortalidade so maiores, em crianas com estado nutricional (EN) inadequado nos primeiros meses de vida. Fatores de risco para o EN inadequado, incluem os aspectos psicossociais maternos, como a ansiedade, a depresso ps-parto (DPP), a ausncia de suporte social. No entanto, so poucos os estudos sobre o papel destes fatores na determinao do EN infantil e seus resultados controversos. OBJETIVO: Investigar a relao entre depresso no ps-parto e o estado nutricional infantil inadequado no segundo ms de vida. MTODOS: Trata-se de um estudo seccional com 466 crianas aos dois meses de vida (mdia= 65 dias; DP=0,5) oriundas de unidades bsicas de sade do municpio do Rio de Janeiro, realizado entre junho de 2005 e dezembro de 2009. Para compor o desfecho, mdias de peso-para-idade foram expressas em escores z e comparadas s informaes da nova curva de referncia WHO (2006) para menores de cinco anos. Foram classificadas como estado nutricional inadequado, crianas com escore z abaixo de -2, baixo peso-para-idade, e crianas com escore z acima de +2, excesso de peso-para- idade. Informaes referentes DPP foram obtidas por meio da aplicao da verso em portugus do instrumento EPDS (Edinburgh Postnatal Depression Scale). As anlises das associaes entre a DPP e os desfechos foram verificadas via modelos de regresso logstica multinomial, mediante estimativas de razes de chances (OR) brutas e ajustadas e seus respectivos intervalos de confiana de 95% (IC 95). RESULTADOS: A amostra revelou escores z mdios de -0,22 para peso-para-idade, 4,51%(n=21) apresentaram baixo peso-para- idade e 1,72% (n=8) de excesso de peso-para-idade. A prevalncia de depresso foi de 27,6%. Nas anlises brutas, filhos de mes deprimidas apresentavam 2,45 mais chance (OR=2,45; I.C. 95%=1,01-5,93;p-valor=0,050) de baixo peso-para-idade e 0,38 chance de excesso de peso-para-idade (OR=0,38;I.C. 95%=0,04-3,17;p-valor=0,38), do que os filhos de mes no deprimidas, porm esta associao apresentou nvel de significncia maior que 5%. Aps ajuste pelo peso ao nascer, condies ambientais, posse de utenslios, prematuridade, idade materna e escolaridade materna a associao entre depresso e estado nutricional infantil no apresentou significncia estatstica (OR=2,39;I.C. 95%=0,74-7,71;p- valor>0,05).CONCLUSO: A DPP no foi associada ao estado nutricional infantil.

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O cncer do colo do tero corresponde a cerca de 15% de todos os tipos de cncer em mulheres, no mundo. No Brasil, em 2002, o cncer de colo do tero foi responsvel por 7,1% de todas as mortes por cncer em mulheres, ocupando a quarta posio entre os demais. Para o mesmo ano, a taxa de mortalidade por cncer do colo do tero ajustada por idade, pela populao padro mundial, foi de 5,03/100.000. J as taxas de incidncia ajustadas por idade variaram entre 14,3 por 100.000 mulheres em Salvador e 50,7 por 100.000 mulheres no Distrito Federal, para o perodo compreendido entre 1991 e 2001. O cncer do colo do tero inicia-se a partir de uma leso pr-invasiva, curvel em at 100% dos casos, que geralmente progride lentamente, por anos, antes de atingir o estgio invasor da doena, quando a cura se torna mais difcil, quando no impossvel. A abordagem mais efetiva para o controle do cncer do colo do tero continua sendo o rastreamento por meio do exame preventivo de Papanicolaou. O objetivo deste estudo foi identificar fatores associados no realizao do exame de Papanicolaou em mulheres de 25 a 59 anos nos trs anos anteriores pesquisa, nos municpios de Fortaleza e Rio de Janeiro. Para cada localidade foi utilizado o delineamento transversal, de base populacional com amostragem por conglomerados com dois estgios de seleo e auto-ponderada. Os dados foram analisados por regresso de Poisson obedecendo a um modelo hierrquico previamente determinado. O percentual de mulheres no submetidas ao exame de Papanicolaou nos trs anos anteriores pesquisa, em Fortaleza e no Rio de Janeiro, foi de 19,1% (IC95%: 16,1-22,1) e 16,5% (IC95%: 14,1-18,9), respectivamente. Mulheres de baixa escolaridade, de menor renda per capita, de maior idade, no casadas, no submetidas a mamografia, ao exame clnico das mamas, aos exames de glicemia e colesterolemia foram as que apresentaram as maiores de razes de prevalncias para a no realizao do exame de Papanicolaou, em ambas as localidades. As fumantes foram menos submetidas ao exame em relao s demais mulheres, sendo essa diferena estatisticamente significativa somente no Rio de Janeiro. Finalmente, as informaes aqui apresentadas apontam para a necessidade de interveno em um grupo especfico de mulheres. Deve-se priorizar atividades de educao para o diagnstico precoce e rastreamento em mulheres sintomticas e assintomticas, respectivamente, alm da garantia de acesso aos mtodos de diagnstico e tratamento adequados.

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O anncio dos gigantescos campos do pr-sal brasileiro recolocou o petrleo no alvo dos holofotes. A propriedade desta imensa riqueza e as inevitveis mudanas na legislao do setor so as principais questes que derivam deste fato. Com efeito, temos assistido a uma proliferao de discursos acerca do tema. Esta dissertao se insere num conjunto de reflexes que tomam o petrleo como objeto de interesse. Privilegiamos um espao especfico de produo discursiva, a saber, o institudo pela Campanha Nacional O Petrleo Tem que Ser Nosso. Um primeiro procedimento metodolgico de coleta de dados possibilitou identificar que, entre os seus materiais de mobilizao, ganha destaque a cartilha de massas do movimento, que desde julho de 2009 circula pelo territrio nacional. Inscritos numa perspectiva da Anlise do Discurso de base enunciativa, cuidamos de construir uma reflexo sobre alguns dos modos de inscrio do(s) sujeito(s) no discurso. Nossas consideraes acerca dos gneros do discurso revelaram o hibridismo da cartilha; tal peculiaridade nos obrigou a construir dispositivos distintos de anlise. Num primeiro memento, decidimos observar as marcas de pessoa, os marcadores temporais e espaciais, com vistas a identificar uma dada cenografia discursiva (Maingueneau, 1997) que nos remetesse s imagens dos coenunciadores; consideramos, num segundo momento, os discursos relatados (Bakhtin, 2006; Authier-Revuz, 1998 e outros) para compreender a polifonia inerente cartilha. Nossa anlise verificou de que maneira um regime de verdade e uma memria se instituem pela cenografia discursiva; a anlise dos discursos relatados, com nfase nos discursos direto, indireto e narrativizado, nos permitiu identificar, no agenciamento das vozes, um espao de confronto entre formaes discursivas divergentes

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A tuberculose (TB) uma doena infecto-contagiosa causada pelo complexo Mycobacteruim tuberculosis. A melhor forma de preveno se baseia na deteco e na cura dos casos. Um diagnstico acurado de TB seria essencial para a identificao e tratamento dos pacientes. O diagnstico laboratorial recomendado baseia-se na baciloscopia e na cultura de material clnico. Novos mtodos, os quais empregam tcnica gentica baseada na amplificao e deteco do DNA bacteriano ou do RNA, visam melhorar a velocidade, sensibilidade e especificidade da deteco da bactria. O principal teste desse grupo o mtodo da reao da cadeia da polimerase (PCR). Entretanto, h discordncia na literatura quanto as dados de validade da PCR aplicada ao diagnstico de tuberculose. O presente estudo realizou uma meta-anlise sobre o teste da PCR no diagnstico de TB. O mtodo estatstico usado estimou efeitos do teste entre os estudos primrios. A sensibilidade e a especificidade foram calculadas de acordo com as suas definies: Sensibilidade = TPR, taxa de verdadeiros positivos e Especificidade = 1 FPR, onde FPR = taxa de falsos positivos. Calculamos os logit de TPR e FPR a soma e suas diferenas e fizemos uma back transformao aos eixos de TPR vs. FPR com posterior construo da curva SROC (Moses & Shapiro, 1993). A curva SROC representa uma estimativa da medida de acurcia do teste ndice a qual ajustada pelo ponto de corte tanto quanto pela interdependncia dos valores de sensibilidade e especificidade obtidos de cada estudo. Foram localizados 1375 artigos atravs de busca base de dados do Medline no perodo de 1988 a 2000. Considerando os critrios de elegibilidade, foram aceitos 111 artigos. A caracterizao dos estudos, a validade e a sua aplicabilidade foram apreciadas. A medida combinada de todos os estudos foi de 0,86 para a sensibilidade e 0,95 para a especificidade usando-se o mtodo de efeitos aleatrios. A PCR in-house apresentou melhor performance do que a Amplicor. O AMTD obteve os maiores valores de acurcia possivelmente devido o rRNA apresentar mltiplas cpias por clula. Diante das evidncias, a PCR se constitui num teste complementar para tuberculose devendo ter critrios prprios para a sua utilizao. No entanto, este teste no contempla os atributos requeridos para a substituio da baciloscopia na rotina diagnstica.

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O presente trabalho se prope fazer uma aproximao aos estudos sobre a tradicionalmente chamada Feira de So Cristvo, levando em considerao a relao entre os agentes partcipes e a dinmica no espao. O objetivo compreender melhor a fora que move os atores no sentido da mudana da forma da feira para a forma do Centro Luiz Gonzaga de Tradies Nordestinas (CLGTN), e assim me aproximar da seguinte questo: Por que uma forma de comrcio como a modelada na Feira de So Cristvo, popularmente conhecida como feira dos parabas, sobrevive fora das mudanas operadas no ramo, dando lugar aos sofistificados shopping-centers? Para isso, fao uma aproximao ao estado de arte da pesquisa na rea com base nas seguintes categorias de anlise: a Feira como forma de produo do espao e a relao Forma-Contedo, a relao espao-identidade na feira e a relao entre agentes internos e externos no Espao. Vendo a migrao como movimento responsvel pela constituio de um espao social e territorialmente diferenciado do nordestino na cidade do Rio de Janeiro, por ela que inicio a exposio. Esta se continua com a anlise dos trabalhos escolhidos para estudo, via as categorias indicadas e, com um captulo no qual procuro repensar a feira a partir da relao global-local que vem referenciando as reflexes acumuladas na rea do urbano a partir da segunda metade do sculo XX. Por fim, concluo observando que a permanncia da feira se deve a um duplo movimento de resistncia-absoro que, se redefinindo no tempo e no espao, no consegue, entretanto, apagar os traos da tradio que lhe deu origem.

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O gnero Pterodon pertence famlia das Papilonaceas e inclui cinco espcies nativas do Brasil: P. pubescens Benth., P. emarginatus Vog., P. apparicioi Pedersoli e P. abruptus Benth., sendo a espcie objeto deste estudo a P. polygalaeflorus Benth.. Seus frutos so livremente comercializados em mercados da flora medicinal e utilizados pela medicina popular devido a propriedades anti-reumtica, analgsica, antiinflamatria, dentre outros efeitos associados a esses frutos. O principal uso popular est relacionado ao efeito antiartrtico que parece se encontrar na frao oleosa do fruto. O objetivo deste trabalho foi avaliar o extrato etanlico de Pterodon polygalaeflorus (EEPpg) quanto ao seu potencial antiinflamatrio crnico atravs do modelo de artrite induzida por colgeno (CIA) e seu efeito sobre os linfcitos in vitro, bem como sobre a expanso de clulas MAC-1+ induzida por adjuvante completo de Freund (AFC). A caracterizao qumica do EEPpg foi realizada por cromatografia em camada delgada (TLC), cromatografia lquida de alta performance (HPLC) e cromatografia gasosa acoplada a espectrmetro de massa (GC-MS), atravs dos quais uma gama de compostos, incluindo terpenides de polaridades variadas e flavonides, foram observados. No modelo de CIA, o EEPpg reduziu significativamente parmetros associados ao desenvolvimento e progresso da doena e severidade da doena , inibindo em at 99% o seu desenvolvimento e levando a ausncia de sinais clnicos evidentes aps tratamento com as menores doses do extrato (0,01 mg/kg e 0,001 mg/kg). O tratamento com EEPpg tambm reduziu caractersticas histopatolgicas tpicas de articulaes de animais com CIA, que tambm so observadas na artrite reumatide. O EEPpg reduziu significativamente o peso dos linfonodos dos camundongos, bem como o nmero absoluto de segmentados, moncitos e linfcitos no sangue. In vitro, O EEPpg mostrou uma atividade anti-proliferativa dos esplencitos estimulados com concanavalina A (Con A) ou lipopolissacardeo (LPS) analisada atravs do ensaio de reduo do sal de tetrazlio MTT, corroborada pelo seu efeito sobre o ciclo celular de linfcitos estimulados com Con A, onde o EEPpg nas concentraes de 5, 10 e 20 μg/mL reduziu significativamente, de maneira concentrao-dependente, o nmero de clulas nas fases S+G2/M e aumentou na fase G0/G1 do ciclo celular. O efeito anti-proliferativo do EEPpg parece tambm estar associado ao aumento da apoptose dos linfcitos aps estimulao com Con A, com aumento estatisticamente significativo no percentual de clulas mortas por apoptose nas maiores concentraes . O EEPpg inibiu a expanso de clulas Mac-1+ induzida por AFC no bao, porm no no peritnio. Esse resultado sugere um efeito inibidor do EEPpg sobre a migrao celular para as articulaes artrticas. Esses resultados contribuem para a validao do uso popular de P. polygalaeflorus contra doenas relacionadas a processos inflamatrios e imunes, sobretudo na artrite reumatide, antes nunca demonstrado.

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A qualidade do ar um importante indicador de sade ambiental, sendo o seu monitoramento contnuo necessrio. Apesar da relevncia do tema, h muitos pases em que os limites de exposio para agentes biolgicos ainda no foram estabelecidos ou foram definidos de forma inadequada, podendo comprometer a qualidade ambiental. Os ambientes hospitalares, assim como as salas de necropsia podem apresentar problemas de contaminao do ar por agentes microbiolgicos, necessitando de monitoramento contnuo a fim de evitar a ocorrncia de doenas nos trabalhadores e na populao em geral. Este estudo realizou a avaliao microbiolgica do ar em hospitais pblicos e IMLs da regio metropolitana do Rio de Janeiro em salas cirrgicas e de necropsia. A pesquisa exploratria e descritiva baseou-se em levantamento bibliogrfico e investigao de campo, atravs de estudos de casos. Os dados foram obtidos por meio de entrevistas e observao direta nos locais de trabalho, onde foram realizadas as avaliaes microbiolgicas do ar. As variaes em salas cirrgicas para bactrias e fungos foram respectivamente de 14,99 ufc/m3 88,29 ufc/m3 e de 45,93 ufc/m3 - 742,09 ufc/m3. J nas salas de necropsia os valores para bactrias e fungos variaram respectivamente de 18,96 ufc/m3 54,9 ufc/m3 e de 144,87 ufc/m3 - 1152,01 ufc/m3. Foram identificados tanto no ambiente cirrgico como nas salas de necropsia a presena dos seguintes fungos: Aspergillus sp., Neurospora sp., Penicillium sp., Fusarium sp., Cladosporium sp., Curvularia sp., e Trichoderma sp. J em relao s bactrias foram identificadas as presenas de Staphilococcus sp., Streptococcus sp. e Micrococcus sp. Foram traadas recomendaes para melhoria da qualidade ambiental e do ar. Os resultados indicaram que os valores so elevados quando comparados com as recomendaes das normas internacionais. Foram encontrados valores inferiores aos sugeridos pela CP n. 109 da ANVISA. A presena de microrganismos patognicos sugere adoo de medidas de controle ambiental. O estudo apontou a necessidade urgente do estabelecimento de valores de referncia para ambientes hospitalares no Brasil a fim de garantir condies seguras que no venham a comprometer a sade dos pacientes e profissionais de sade envolvidos.

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A Baia de Sepetiba uma laguna costeira separada do oceano por uma ilha barreira. Localiza-se a 60 km da cidade do Rio de Janeiro, em uma importante regio geoeconmica do Brasil. O objetivo deste trabalho foi avaliar a distribuio espacial da contaminao dos metais Cu, Pb, V, Cr, Cd, Co, Ni e Zn nos sedimentos da Baia. O mapa das concentraes elaborado pelo mtodo de lixiviao permitiu caracterizar anomalias ao entorno da foz do Rio Guandu, na rea da Coroa Grande, do Porto de Itagua, da Ilha do Martins, e anomalias ao longo de faixa com direo NW-SE. Os resultados das concentraes totais indicam contaminao por Zn, Cd, prximo a Ilha da Madeira com Pb e Cr associados e Cu e Zn na Restinga de Marambaia, com Ni, Pb e Cr associados. Os resultados dos istopos de Pb para as razes de 206Pb/207Pb entre 1,23 e 1,27 representam os resduos industriais e ocorrem em duas reas: na parte leste da Restinga e entre as Ilhas de Jaguanum e Itacuru. A leste/sudeste destas ilhas foi reportada uma razo ainda mais alta (1.30), ainda no identificvel na literatura. As correntes marinhas desempenham a redistribuio dos sedimentos e metais associados na Baia, com transporte de oeste para leste da pluma sedimentar descarregada pelos rios. Os principais causadores da poluio da Baia de Sepetiba so uma pilha de rejeito de Zn abandonada, resduos industriais e domsticos no tratados de forma eficaz, poluentes atmosfricos de siderrgicas e veculos, e por ventura resduos de atividades navais e militares.

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Os miomas uterinos (MU) so considerados os tumores mais comuns do sistema reprodutor feminino. Estudos norte-americanos demonstram que mulheres negras so mais acometidas pelos MU que as de outros grupos tnico-raciais. No entanto, as causas da desigualdade racial na ocorrncia dos tumores permanecem desconhecidas e possveis mecanismos so pouco explorados na literatura. Em outra direo, devido s caractersticas dos MU (crescimento lento e longo perodo de latncia) parte considervel dos estudos epidemiolgicos utilizam um delineamento transversal, o que pode gerar problemas metodolgicos, como os relacionados utilizao da idade coletada transversalmente (posteriormente a ocorrncia dos MU) como proxy da idade do surgimento dos tumores. Assim, este trabalho de tese foi dividido em trs partes, como se segue. A primeira, com caractersticas descritivas, teve por objetivo estimar a ocorrncia de MU autorelatados segundo categorias demogrficas e scio-econmicas na populao de estudo (comps o artigo 1). A segunda, com componente analtico, props-se a avaliar o papel da PSE ao longo da vida como mediadora do efeito da cor/raa na ocorrncia de MU auto-relatados (comps o artigo 2). A terceira, com carter metodolgico, teve por objetivo comparar medidas de associao, entre variveis aferidas transversalmente, em anlises que incluem a co-varivel idade no momento da coleta de dados e anlises que consideram a idade ao diagnstico dos MU (comps o artigo 3). Para tanto, foram analisados dados transversais da populao feminina participante das duas etapas da linha de base do Estudo Pr-Sade, referentes histria auto-relatada de diagnstico mdico de MU e ainda a caractersticas scio-demogrficas, da vida reprodutiva e de acesso a servios de sade. Os resultados evidenciaram o aumento de ocorrncia de MU em mulheres de maior idade e com a cor da pele mais escura (artigo 1); que a PSE ao longo da vida no medeia as associaes entre cor/raa e MU (artigo 2); e que apesar das diferenas de pequena magnitude, a idade referida no momento da coleta de dados parece ser menos indicada para fins de especificao dos modelos analticos do que a idade ao diagnstico dos MU(artigo 3).

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O cncer do colo do tero responsvel por 7% do total dos bitos por cncer entre a populao feminina brasileira e tem uma incidncia estimada de 20/100 mil para todo o pas. Evidncias cientficas comprovam que o papilomavrus humano (HPV) causa necessria para a ocorrncia deste tipo de cncer. Aes de preveno e controle recomendadas tm se baseado no conhecimento sobre a epidemiologia da doena. Os estudos realizados no Brasil sobre a prevalncia da infeco por HPV disponveis na literatura tm caractersticas variadas que ainda no foram analisadas em conjunto e de modo sistematizado. O objetivo deste estudo foi realizar uma reviso sistemtica dos artigos sobre prevalncia do HPV em mulheres brasileiras considerando as prevalncias globais e entre aquelas com exame citolgico cervical normal. Foram selecionados todos os artigos aps busca nas bases de dados Medline e BVS, tomando-se como termos human papillomavirus, HPV, prevalence Brazil. Entre 1989 e 2008, foram selecionados 155 artigos, sendo 133 nas bases de dados e 22 referncias secundrias. Aps leitura de ttulo e resumo, 82 artigos foram includos, e a seguir submetidos leitura integral dos textos, sendo enfim selecionados 14 artigos, os quais representaram estudos de quatro grandes regies brasileiras (Sudeste 43,0%, Sul 21,4%, Nordeste 21,4% e Norte 7,1%). Em sua maioria (64,5%), trata-se de artigos que relatam desenho transversal. Com referncia ao mtodo de identificao do HPV nas mulheres, em oito (57,1%) artigos, h relato do emprego de PCR para tipagem do HPV e, em sete (50,0%) artigos, houve emprego de HC para deteco do HPV. As amostras variaram de 49 a 2329 mulheres. A prevalncia global de infeco do colo do tero pelo HPV variou entre 13,7 e 54,3%, e para as mulheres com citologia normal, a prevalncia de infeco pelo HPV no colo do tero varia entre 10 e 24,5%. Os resultados obtidos permitiram criar um panorama das prevalncias e da distribuio da infeco pelo HPV e principais tipos em mulheres com citologia cervical normal e assim contribuir para a compreenso da distribuio da infeco pelo HPV no pas, auxiliando na orientao de outros estudos bem como de polticas voltadas para a sade da mulher e preveno do cncer do colo do tero.

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A competio atualmente vivida pelas organizaes tem despertado o interesse em desenvolver formas de superar a concorrncia e com isso, prosperar no mercado. Uma das formas de superar a concorrncia gerir os custos de forma estratgica para que seja possvel superar a concorrncia. A gesto estratgica de custos tem por finalidade ampliar os horizontes da anlise de custos, ou seja, ela visa cobrir as deficincias existentes nos sistemas tradicionais de custeio, pois em sua anlise ir considerar a cadeia de valor como um todo e no somente os processos internos em que h agregao de valor por parte da empresa. Assim, o objetivo da presente pesquisa foi investigar as caractersticas dos sistemas de custos e como as empresas da indstria de construo naval do Estado do Rio de Janeiro esto utilizando informaes de custos para dar suporte gesto estratgica, procurando investigar aspectos relativos a esta prtica; assim, tem-se como propsito verificar a aplicao da teoria no setor. Para isso, foram realizados estudos casos em cinco empresas da indstria de construo naval, as empresas estudadas, constituem uma amostra no probabilstica, ou seja, amostra por acessibilidade. O estudo constatou que mesmo s empresas no utilizando o mtodo de custeio recomendando pela literatura, dada uma especial ateno nas transaes ocorridas ao longo da cadeia de valor, o que permite gerir os custos de maneira eficiente. Isso mostra a proximidade de diversas aes tomadas pelas empresas estudadas e a literatura sobre gesto estratgica de custos