Biologia aquática: o Mira e a região costeira alentejana


Autoria(s): Costa, José Lino; Castro, João J.; Cartaxana, Alexandra; Adão, Helena; Paula, José; Magalhães, Maria Filomena; Chainho, Paula; Almeida, Pedro Raposo de; Cruz, Teresa
Contribuinte(s)

Prista, Pedro

Data(s)

27/01/2017

27/01/2017

2016

Resumo

Embora existam alguns trabalhos pontuais pioneiros anteriores a 1980, foi a partir desta data que se intensificaram os estudos sobre as comunidades vegetais e animais do rio e do estuário do Mira. Em água doce, estes trabalhos têm incidido preferencialmente sobre a comunidade piscícola, embora mais recentemente os macroinvertebrados bentónicos tenham começado a ser alvo de uma atenção particular, devido à sua importância na avaliação da qualidade ecológica da água. Estas mesmas componentes têm sido especialmente estudadas no estuário do Mira, muitas vezes devido à sua importância como recursos haliêuticos. Também os povoamentos vegetais intertidais (ou entremarés), sobretudo os sapais e as pradarias de zosteráceas, têm sido alvo de uma atenção especial por parte da comunidade científica, principalmente por causa da sua relevância ecológica. O facto de o estuário do Mira ser considerado um sistema salobro relativamente preservado em termos de impactos das atividades humanas conduziu ultimamente à realização de um número acrescido de estudos científicos, no sentido de conhecer este tipo de comunidades em situações próximas das pristinas. Na costa alentejana oceânica foram realizados diversos trabalhos sobre a abundância e distribuição de organismos que vivem em ambientes litorais ou mais profundos, em fundos dominados por substratos duros ou sedimentos, e também em ambientes pelágicos. Alguns destes trabalhos datam do início ou de meados do século XX e permitiram, mais tarde, avaliar eventuais alterações na abundância e distribuição de algumas espécies, estudar a dispersão de espécies exóticas e o impacte de alterações climáticas. As caraterísticas físicas peculiares da costa alentejana e a sua situação biogeográfica têm motivado a realização de diversos trabalhos de comparação de populações ou comunidades à escala da costa continental portuguesa ou europeia. Noutros trabalhos, foi estudado o crescimento, a reprodução e o recrutamento de organismos marinhos, nomeadamente de algas e invertebrados, os processos responsáveis por padrões de variação da abundância e distribuição, e diversos aspetos relacionados com a pesca, a conservação e a poluição. O conhecimento científico sobre o património biológico aquático da bacia hidrográfica do Rio Mira e da zona costeira alentejana é significativo e está patente em cerca de três centenas de trabalhos publicados e em diversas áreas científicas abrangidas. É importante encontrar formas adequadas para um melhor usufruto deste património e do seu conhecimento científico por parte da população, nomeadamente ao nível da sua acessibilidade, interpretação e aplicação. Além de desenvolver a investigação científica nas áreas abordadas e em novas áreas, também é importante efetuar o cruzamento deste conhecimento científico com o de outras áreas do saber.

Identificador

Costa, JL, Castro, JJ, Cartaxana, A, Adão, H, Paula, J, Magalhães, MF, Chainho, P, Raposo de Almeida, P, Cruz, T, 2016. Biologia aquática: o Mira e a região costeira alentejana. Pp. 347-386 In P. Prista (coordenador) Atas do Colóquio Ignorância e Esquecimento. Município de Odemira. 553 pp.

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978-989-8263-07-0

http://hdl.handle.net/10174/20162

dep biologia

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jjc@uevora.pt

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hadao@uevora.pt

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pmra@uevora.pt

tcruz@uevora.pt

Atas do Colóquio Ignorância e Esquecimento

367

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por

Publicador

Município de Odemira

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Flora e fauna #Rio e estuário do Mira #Costa alentejana #Divulgação do património natural
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