"Aqui todos são loucos": o mundo louco de Lewis Carroll


Autoria(s): Lima, Maria Antónia Lima
Contribuinte(s)

Franco, António Cândido

Data(s)

20/12/2016

20/12/2016

2016

Resumo

“Aqui, todos são loucos. Eu sou louco. Tu és louca!”, diz o Gato de Cheshire empoleirado numa árvore, donde parece adquirir o ponto de vista abrangente de um esclarecido filósofo, em Alice no País das Maravilhas. Este iluminado pensamento, verbalizado por um animal conotado com a prática da reflexividade e da contemplação, revela-nos como Lewis Carroll usou o nonsense para nos dizer que este nos é muitas vezes imposto sem que se possa controlar nem escapar à perplexidade que nos causa. Todas as definições aprendidas para nos podermos orientar no mundo serão, assim, completamente arbitrárias, não tendo este afinal qualquer sentido a priori, exigindo que cada um lhe atribua o seu próprio sentido. Quando no capítulo VII, intitulado “Um Lanche Maluco”, Alice toma chá com a Lebre de Março e o Chapeleiro, este tenta definir a semelhança surreal entre um corvo e uma secretaria, interpretada por Alice como uma adivinha, mas não havendo para esta qualquer solução, como sem explicação ficarão muitas situações comuns vividas no nosso quotidiano.

Identificador

Lima, Maria Antónia. ""Aqui todos são loucos": o mundo louco de Lewis Carroll", A Ideia - revista de cultura libertária), II Série - ano XLII.Vol. 19 - nº 77/78/79 - Outono 2016, pp. 276-279.

http://hdl.handle.net/10174/19403

antonialima@mail.telepac.pt

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Lweis Carroll #Loucura
Tipo

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