Isolamento social e indicadores de depressão em adolescentes: Um estudo longitudinal


Autoria(s): Cabaço, Maria Emília Barata Mendes
Contribuinte(s)

Santos, António José

Data(s)

26/11/2016

26/11/2016

2014

Resumo

Tese submetida como requisito parcial para a obtenção do grau de Mestre em Psicologia Aplicada Especialidade em Psicologia Clínica

O presente estudo teve como objetivo verificar a relação que existe entre o isolamento social e indicadores de sintomatologia depressiva numa perspetiva longitudinal. Pretende analisar-se a associação que existe entre o comportamento de jovens adolescentes que se removem (recorrente e consistentemente) de interações sociais com os pares e a ocorrência de perturbações internalizadas, concretamente indicadores depressivos. Foi utilizada uma amostra de 252 sujeitos, entre os 11 e 15 anos. Só foram incluídos no grupo experimental (retraídos sociais) os sujeitos que foram, em dois anos consecutivos, considerados pelos seus colegas como retraídos socialmente. Os dados foram recolhidos através do E.C.P. – que permite aceder à avaliação que os pares fazem do funcionamento e a reputação social dos colegas – e o C.D.I. – que é uma escala de autoavaliação da depressão. Os resultados mostram que os adolescentes socialmente retraídos são mais excluídos, mais retirados/rejeitados e mais vitimizados do que os sujeitos do grupo de controlo. Também diferem significativamente do grupo de controlo relativamente à presença de sintomatologia depressiva. Estes resultados estão de acordo com a literatura, refletindo as consequências negativas do retraimento social e mostrando que a persistência deste comportamento (dois anos consecutivos) pode conduzir a potologia, nomeadamente, depressiva.

The present study aims to examine the relationship between social isolation and indicators of depressive symptomatology, in a longitudinal perspective. Intends to analyze the association that exists between the behavior of young adolescents who are removed (recurrent and consistently) from social interactions with peers and the occurrence of internalizing disorders, specifically depression indicators. A sample of 252 subjects, aged 11 to 15 years was used. Only adolescents who were considered by his peers as socially withdrawn, in two consecutive years, were included in the experimental group (social withdrawal). Data were collected through E.C.P. – with allows to access the evaluation that peers make of the social functioning and social reputation of their colleagues - and the CDI - which is a scale of self-rated depression. The results show that adolescents socially withdrawn are more excluded, more withdrawn / rejected and victimized more than subjects in the control group. Also differ significantly from the control group for the presence of depressive symptoms. These results are in agreement with the literature, reflecting on the negative consequences of social withdrawal and showing that the persistence of this behavior (two consecutive years) can lead to psychopathology, particularly depression.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.12/5089

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/

Palavras-Chave #Isolamento social #Depressão #Adolescência #Social isolation #Depression #Adolescence #Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia
Tipo

masterThesis