Dyadic coping e comunicação conjugal: Estudo comparativo de casais com e sem cancro
Contribuinte(s) |
Patrão, Ivone Alexandra Martins Carvalheira, Ana Alexandra |
---|---|
Data(s) |
25/11/2016
25/11/2016
2016
|
Resumo |
Dissertação de Mestrado apresentada no ISPA – Instituto Universitário para obtenção de grau de Mestre na especialidade de Psicologia Clínica O objetivo deste estudo é compreender se o dyadic coping (DC) e a comunicação conjugal diferem consoante a presença ou ausência de cancro e analisar as diferenças face ao género. As evidências dos estudos até então realizados têm-se focado nas estratégias de coping ou na comunicação conjugal de casais com cancro, com ênfase no cônjuge doente, sendo o género e as suas diferenças pouco estudadas. A amostra é constituída por 240 indivíduos (N=240), ou seja, 120 casais, entre os quais 47 com cancro (39.2%) e 73 sem cancro (60.8%). Foram utilizados os instrumentos quantitativos Dyadic Coping Inventory (DCI) (Bodenmann, 2008) e Marital Communication Questionnaire (MCQ) (Bodenmann, 2000). Verificou-se que apenas nos casais com cancro existem diferenças significativas entre géneros, nomeadamente quanto à variável DC negativo parceiro, sendo superior nos homens (Mm=12.3404; Mf=10.8085). Quando comparados, os casais sem cancro apresentam níveis mais elevados de comunicação do stress pelo parceiro (Ms/cancro=13.9726; Mcancro=12.8723), DC negativo pelo próprio (Ms/cancro=16.3562; Mcancro=11.4149), DC negativo pelo parceiro (Ms/cancro=15.6301; Mcancro=11.5745) e DC conjunto centrado na emoção (Ms/cancro=6.9862; Mcancro=6.2553); e os casais com cancro registam níveis mais elevados de comunicação conjugal negativa (Mcancro=22.8191; Ms/cancro=20.000). Quanto aos cônjuges cuidadores, nos casais com cancro, não se verificam diferenças significativas entre géneros. Por fim, embora não se tenham verificado diferenças significativas entre casais com e sem cancro quanto à satisfação com o DC conjunto (Mcancro=7.3936; Ms/cancro=7.5274) e à percepção da comunicação conjugal conjunta (Mcancro=7.6170; Ms/cancro=7.7329), as duas variáveis encontram-se significativamente correlacionadas, e de forma positiva (r cancro=.670; r s/cancro=.677). Os resultados deste estudo revelam-se, ao nível da intervenção psico-oncológica, importantes ferramentas quer ao nível de intervenções individuais, como de casal e de grupo, onde são enaltecidos paciente e cuidador. The main goal of this study is to understand if the dyadic coping (DC) and the marital communication differ depending on the presence or absence of cancer disease and analyze the differences between gender. Evidence from previous studies has focoused in coping strategies or marital communication of couples with cancer, emphasizing the spouse sick, and gender and their differences under studied. The sample of the study is composed by 240 individuals (N=240), which means 120 couples, where 47 of them suffers or had suffer an oncological illness (32.7%) and 73 couples perfectly healthy (66.4%). It was used the quantitative instrument Dyadic Coping Inventory (DCI) (Bodenmann, 2008) and Marital Communication Questionnaire (MCQ) (Bodenmann, 2000). It was foud that only there is significant differences between genders in couples with cancer, such as negative DC by partner, being higher in mens (Mm=12.3404; Mf=10.8085). When compared, the couples without cancer present higher levels of stress communication by oneself (M without cancer=13.9726; Mcancer=12.8723), negative DC by oneself (M without cancer=16.3562; Mcancer=11.4149), negative DC by partner (M without cancer=15.6301; Mcancer=11.5745) and joint DC focoused on emotion (M without cancer =6.9862; Mcancer=6.2553); and the couples with cancer present higher levels of negative marital communication (Mcancer=22.8191; M without cancer=20.000). About the caregivers, in couples with cancer, there are no significant differences between genders. Lastly, although there were no significant differences found between couples with and without cancer in satisfation with joint DC (Mcancer=7.3936; M without cancer=7.5274) and perception of joint marital communication (Mcancer=7.6170; M without cancer=7.7329), the two variables are significantly and positively correlated (r cancer=.670; r without cancer=.677). The results of this study prove to be, at the level of psycho-oncological intervention, important tools both in terms of individual interventions, a double and group, where they are patient and caregiver lauded. |
Identificador |
http://hdl.handle.net/10400.12/5085 201263076 |
Idioma(s) |
por |
Direitos |
restrictedAccess http://creativecommons.org/licenses/by-nc/4.0/ |
Palavras-Chave | #Dyadic coping #Comunicação conjugal #Casal #Casal com cancro #Cancro #Marital communication #Couple #Couple with cancer #Cancer #Domínio/Área Científica::Ciências Sociais::Psicologia |
Tipo |
masterThesis |