A tecnologia no ensino da interpretação


Autoria(s): Duarte, Pedro Luís Queirós
Contribuinte(s)

Cunha, Suzana Noronha

Data(s)

01/09/2016

01/09/2016

2008

2016

Resumo

Tese de Mestrado em Tradução e Interpretação Especializadas Área Científica de Línguas e Culturas

O objectivo deste trabalho é apresentar o processo de introdução da Interpretação Remota e de Teleconferência como unidade curricular do Mestrado em Tradução e Interpretação Especializadas do ISCAP. A Interpretação Remota e de Teleconferência apresenta-se como uma nova modalidade de uma tarefa já de si exigente, onde a tecnologia representou desde sempre um papel importante enquanto meio essencial de transmissão de áudio de e para o intérprete. Contudo, a introdução de novas tecnologias, como a videoconferência, no mercado das comunicações levou a que o intérprete se deparasse com um outro tipo de mediação tecnológica que representa novas condições de trabalho. Com base em vários testes os profissionais da área da interpretação referem diversos problemas de carácter técnico (qualidade áudio/vídeo, visibilidade do espaço remoto), físico (irritações nos olhos, dores de pescoço) e psicológico (sentido de alienação, desmotivação) que obstam à realização de interpretação remota ou de teleconferência. Estes são o suporte de variadas objecções no que respeita à viabilidade da realização desta modalidade de interpretação. O mercado de trabalho, por seu turno, já oferece serviços de interpretação que utilizam estas novas tecnologias. Tal situação leva, necessariamente, a que as entidades formadoras tenham de reconsiderar a formação nesta modalidade específica da interpretação. Estas entidades deparam-se agora com uma nova geração de alunos cujas competências estão ainda a ser desenvolvidas, e cuja habituação ao trabalho com as tecnologias da comunicação tem características distintas das das gerações que os precederam. Tal facto implica uma mudança nas metodologias de ensino da interpretação, dada a sua índole essencialmente prática. A realização de sessões práticas representa uma grande percentagem do período lectivo do ensino de interpretação, o que justifica a importância das condições tecnológicas/laboratoriais criadas para a realização destas sessões. Procurou-se, aqui, fazer a apresentação das condições laboratoriais no ensino de Interpretação Remota e de Teleconferência em duas instituições: na ETI (Genéve), uma escola com vasta experiência no ensino e investigação na área da interpretação; e no ISCAP (Porto) que apresenta já uma experiência de 10 anos no ensino da interpretação e introduz agora a interpretação remota e de teleconferência como parte integrante do plano curricular de um curso de mestrado. Esta introdução levou à necessidade de uma adaptação/actualização das condições laboratoriais já existentes para que estas continuem a aproximar os alunos das condições que estes poderão ter de enfrentar como profissionais.

The goal of this thesis is to present the process through which Remote and Teleconference Interpreting was set as a subject in the Master’s Degree in Specialized Translation and Interpreting in ISCAP, Porto, Portugal. Remote and Teleconference Interpreting is a new form of performing an already demanding task, in which technology was always an essential means of communication between the speaker, the interpreter, and the listeners. However, new communication technologies emerged in the market creating a new technological mediation for the interpreter and thus new working conditions. Based on several large scale tests, professional interpreters raised various questions regarding the viability of interpreting on remote conditions. These questions concern technical aspects (audio/video quality, visibility of the conference room); physical aspects (eye irritation, neck pain) and psychological aspects (sense of alienation, lack of motivation). On the other hand, the labor market is already offering interpreting services based in these new technologies, creating a need for training institutions to train this specific area of interpreting. These institutions are now teaching a new generation whose competences, still in development, are more technology related, which creates a need for change in the practical methodologies of interpreter training. Practical training sessions represent a significant percentage of the curricular schedule of an interpreting subject. This fact shows how necessary it is to create the technological conditions that fulfill the needs for carrying out these sessions. We present two different cases of interpreter training conditions: those of ETI (Genéve), a school with lasting experience both on interpreter training and research; and those of ISCAP (Porto) with ten years experience on training interpreters and now integrating remote and teleconference interpreting in its Master’s course. This created a need to adapt/update the laboratory conditions in order to simulate real work conditions for the future interpreters.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.22/8477

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Tradução #Interpretação #Tradução
Tipo

masterThesis