Rastreio de Infeções Sexualmente Transmissíveis não víricas nos adolescentes: qual o estado da arte


Autoria(s): Santos, João Rocha; Gonçalves, Elisabete
Data(s)

04/10/2016

04/10/2016

01/09/2016

Resumo

As infeções sexualmente transmissíveis (IST) constituem um problema persistente de saúde pública, sendo os adolescentes e adultos jovens os que apresentam as taxas de prevalência mais elevadas para algumas IST. As IST não víricas nos países desenvolvidos incluem a Chlamydia Trachomatis, a Neisseria gonorrhoeae, o Treponema pallidume a Trichomonas vaginalis. A deteção precoce das IST não víricas tem impacto positivo a nível individual e na saúde pública: permite instituição atem- pada de tratamento adequado, a redução de transmissão entre parceiros, bem como reduzir as complicações a longo prazo, nomeadamente doença inflamatória pélvica, dor pélvica crónica, gravidez ectópica e infertilidade. Várias sociedades médicas internacionais publicaram recomendações para o rastreio de algumas IST não víricas em de- terminados grupos. Em Portugal, a Direção Geral de Saúde (DGS) atualizou em 2014 a norma sobre a notificação obrigatória de doenças transmissíveis, que inclui a gonorreia, a sífilis e a infeção por Chlamydia Trachomatis. Não obstante, os estudos sobre a epidemiologia de IST são parcos em Portugal e apenas recentemente foi contemplado o rastreio oportunístico de infeção genital por Chlamydia Trachomatis no Plano Nacional de Saúde 2011-2016. O médico de família através da sua abordagem holística centrada na pessoa, no seu contexto familiar e social (focando antecedentes pessoais / comportamentos de risco) tem necessariamente um papel determinante na prevenção primária e no rastreio das IST.

Sexually Transmitted Infections (STI) is a serious public health issue with highest rates among teenagers and young adults. In developed countries, non-viral STI include Chlamydia trachomatis, Neisseria gonorrhoeae, Treponema pallidum and Trichomonas vaginalis. Early detection of non-viral STI have a positive impact not only on patients health but also on public health as it allows timely prescription of appropriate treatment, reduces transmission between partners and decreases long-term complications, including pelvic inflammatory disease, chronic pelvic pain, ectopic pregnancy and infertility. Several international medical societies published recommendations for screening of some non-viral STI in certain groups. In Portugal, the rule of mandatory reporting of communicable diseases was updated by the Direção Geral de Saúde (DGS) in 2014 and includes gonorrhea, syphilis and Chlamydia trachomatis infection. Nevertheless, there are few studies on the epidemiology of STI in Portugal and only just recently the opportunistic screening of genital Chlamydia trachomatis infection was introduced in the National Health Plan 2011-2016. General Practitioner through their holistic person-centered approach of the patients, their family and social context (focusing on personal background / risk behaviors) will necessarily have a decisive role in both the primary prevention and STI screening

Identificador

Nascer e Crescer 2016; 25(3): 163-8

0872-0754

http://hdl.handle.net/10400.16/2004

Idioma(s)

por

Publicador

Centro Hospitalar do Porto

Relação

3;

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #doença inflamatória pélvica #gonorreia #Chlamydia Trachomatis #sífilis #infeções sexualmente transmissíveis #tricomoníase #gonorrhea #pelvic inflammatory disease #sexually transmitted infections #syphilis #trichomoniasis
Tipo

article