Stress ocupacional e estratégias de coping em fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais


Autoria(s): Mouquinho, Nuno Jorge Feiteira
Contribuinte(s)

Santos, Margarida Custódio dos

Data(s)

20/06/2016

20/06/2016

2015

Resumo

Mestrado em Segurança e Higiene no Trabalho

Enquadramento: O stress ocupacional é um importante risco psicossocial com repercussões para a saúde do profissional e para o funcionamento dos serviços. O coping é parte integrante do processo de stress e diz respeito à forma como o trabalhador lida com as situações potencialmente stressoras. Apesar da importância que lhe é atribuída, os estudos que analisam as associações entre stress e coping nos fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais são ainda escassos. Objetivos: Identificar e estudar as associações entre a perceção geral de saúde, a perceção do nível de stress, as fontes de stress ocupacional e as estratégias de coping em fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais que exercem funções em serviços de reabilitação na área de Lisboa. Método: Estudo transversal exploratório de natureza descritiva e correlacional, com amostra constituída por 44 fisioterapeutas e 30 terapeutas ocupacionais. Foram utilizados: um questionário sociodemográfico, duas escalas para aferir o stress percebido e a capacidade percebida para lidar com o stress, o Questionário de Saúde Geral (QSG-12) (versão portuguesa de Laranjeira, 2008), o Inventário de Stressores Ocupacionais (Santos,1999) e o Brief COPE (versão portuguesa de Pais-Ribeiro & Rodrigues, 2004). Resultados: A maioria dos profissionais considerou-se moderadamente stressado (73%) ou stressado (15%) e reportou que a sua capacidade para lidar com situações stressantes era boa (50%) ou moderada (39%). Verificaram-se níveis razoáveis de saúde geral. As fontes de stress identificadas relacionaram-se com aspetos funcionais, organizacionais e emocionais. As estratégias de coping mais utilizadas foram o “planear”, o “coping ativo”, a “reinterpretação positiva” e a “aceitação”. O nível de stress percebido encontrou-se inversamente correlacionado com a capacidade percebida para lidar com o stress (r= -0,428, p< 0,01). Os resultados do QSG-12 correlacionaram-se positivamente com o stress percebido e com as estratégias de coping “negação” e “uso de substâncias”, e negativamente com a capacidade percebida para lidar com o stress e com a estratégia “reinterpretação positiva”. Encontraram-se relações positivas entre a capacidade percebida para lidar com o stress e as estratégias “coping ativo”, “planear”, “utilizar suporte instrumental”, “reinterpretação positiva” e “aceitação”. Conclusões: Este estudo contribui para uma maior compreensão sobre os fatores que podem gerar stress ocupacional em fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, e as estratégias de coping empregadas por estes para a manutenção da sua saúde e bem-estar.

ABSTRACT - Background: Occupational stress is an important psychosocial risk with consequences for both the health of professionals and the functioning of organizations. Coping is part of the stress process and relates to how the worker manages potentially stressful situations. Despite the importance assigned to it, studies examining the associations between stress and coping for physical and occupational therapists are still scarce. Objectives: Identify and study the associations between the perception of general health, the perception of stress levels, the sources of occupational stress and the coping resources in physical and occupational therapists working in rehabilitation services in the Lisbon area. Method: Exploratory cross-sectional study of a descriptive and correlational nature, with a sample of 44 physiotherapists and 30 occupational therapists. The following were used: a sociodemographic questionnaire; two scales to measure the perceived stress and the perceived efficacy to cope with stress; the General Health Questionnaire (GHQ-12) (Portuguese version of Laranjeira, 2008), the Occupational Stressors Inventory (Santos, 1999) and the Brief COPE (Portuguese version of Pais-Ribeiro & Rodrigues, 2004). Results: Most professionals considered themselves moderately stressed (73%) or stressed (15%) and reported that their efficacy to cope with stress was good (50%) or moderate (39%). Reasonable levels of general health were ascertained. The identified sources of stress were related to functional, organizational and emotional aspects. The most used coping resources were “planning”, “active coping”, “positive reframing” and “acceptance”. Perceived level of stress was inversely correlated to perceived efficacy to cope with stress (r= -0,428, p< 0,01). The results of the GHQ-12 were positively correlated with perceived stress and coping strategies "denial" and "substance use", and negatively correlated with the perceived efficacy to cope with stress and the strategy "positive reframing". Positive relationships were found between perceived efficacy to cope with stress and the strategies "active coping", "planning", "using instrumental support", "positive reframing" and "acceptance”. Conclusions: This study contributes to a greater understanding of the factors that may generate occupational stress in physical and occupational therapists, and the coping strategies used by them to maintain their health and well-being.

Identificador

Mouquinho NJ. Stress ocupacional e estratégias de coping em fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais [Dissertation]. Lisboa: Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa/Instituto Politécnico de Lisboa; 2015.

http://hdl.handle.net/10400.21/6235

Idioma(s)

por

Publicador

Escola Superior de Tecnologia da Saúde de Lisboa

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Stress ocupacional #Coping #Profissional de saúde #Fisioterapeuta #Terapeuta ocupacional #Occupational stress #Health professional #Physiotherapist #Occupational therapist
Tipo

masterThesis