Estudo fitoquímico e biológico das folhas de Banisteriopsis argyrophylla (A. Juss.) B. Gates (Malpighiaceae)


Autoria(s): Oliveira, Daiane Maria
Contribuinte(s)

Pivatto, Marcos

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4764740T0

Oliveira, Alberto de

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4772867Y7

Pivatto, Amanda Danuello

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4702249Y2

Franco, Diego Leoni

http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K4735652U7

Data(s)

30/09/2016

30/09/2016

26/07/2016

Resumo

With the increasing fungi resistance compared with existing drugs on the market and the side effects reported by some compounds with antioxidant properties and enzymatic inhibitors, in particular against α-amylase and α-glucosidase, the discovery of new compounds with biological potential, becomes a need. In this context, natural products can be an important source for the discovery of new active molecular architectures. Then, this study aimed to evaluate the antioxidant activity, the enzymatic inhibitory activity of α-amylase and α-glucosidase, the antifungal and cytotoxic activities of ethanolic extract (EE) the leaves of Banisteriopsis argyrophylla (Malpighiaceae) and their fractions, obtained by liquid-liquid extraction using solvents of increasing polarity. The antioxidant activity was evaluated by the free radical DPPH scavenging method (2,2-diphenyl-1-picrylhydrazyl) and the ethyl acetate fractions (FAE) and n-butanol (FB) were the most active, confirmed by the peak current and the oxidation potential obtained by differential pulse voltammetry (DPV). The inhibitory activity of the α-amylase and α-glucosidase was analyzed considering the reactions between substrates α-(2-chloro-4-nitrophenyl)-β-1,4-galactopiranosilmaltoside (Gal-α-G2-CNP) and 4-nitrophenyl-α-D-glucopyranoside (p-NPG), respectively. Initially, it was found that the EE showed considerable activity against α-amylase (EC50 = 2.89±0.1 μg m L–1) compared to the acarbose used as positive control (EC50 = 0.08±0.1 μg mL–1) and that did not showed promising activity against the α-glucosidase. After this observation we evaluated the inhibitory activity of α-amylase fractions, with FAE (EC50 = 2.33±0.1 μg mL–1) and FB (EC50 = 2.57 ± 0.1 μg mL–1) showing the best inhibitions. The antifungal activity was evaluated against Candida species, and the FAE had better antifungal potential (MIC's between 93.75 and 11.72 μg mL–1) compared with amphotericin as positive standard (MIC = 1.00 and 2.00 μg L–1 for C. parapsilosis and C. krusei used as controls, respectively). The EE (CC50 = 360.00 ± 12 μg mL–1) and fractions (CC50's> 270.00 μg mL–1) were considerably less toxic to Vero cells than the cisplatin used as positive control (CC50 = 7.01 ± 0 6 μg mL–1). The FAE showed the best results for the activities studied, this fraction was submitted to ultra performance liquid chromatography coupled with mass spectrometry (UPLC-MS)), and the following flavonoids have been identified: (±)-catechin, quercetin-3-O-β-D-Glc/ quercetin-3-O-β-D-Gal, quercetin-3-O-β-L-Ara, quercetin-3-O-β-D-Xyl, quercetin-3-O-α-L-Rha, kaempferol-3-O-α-L-Rha, quercetin-3-O-(2''-galoil)-α-L-Rha, quercetin-3-O-(3''-galoil)-α-L-Rha and kaempferol-3-O-(3''-galoil)-α-L-Rha,. FAE was submitted to column chromatography using C18 phase, and (±)-catechin was isolated (FAE-A1, 73 mg) and three fractions consisting of a mixture of flavonoids were obtained (FAE-A2, FAE-A3 and FAE-A4). These compounds were identified by thin layer chromatography (TLC) and (–)-ESI-MS. The (±)-catechin fraction showed an MIC = 2.83 μg ml–1 in assay using C. glabrata, with amphotericin as positive control. The fractions FAE-A2, FAE-A3, FAE-A4, showed less antifungal potential in tested concentrations. The identified flavonoids are described in the literature, regarding their antioxidant capacity and (±)-catechin, quercetin-3-O-Rha and kaempferol-3-O-Rha are described as α-amylase inhibitors. Thus, B. argyrophylla is an important species that produces compounds with antioxidant potential that can be related to the traditional use as anti-inflammatory and also has antifungal compounds and inhibitors of α-amylase. Therefore, these leaves are promising resources for the production of new drugs.

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Minas Gerais

Dissertação (Mestrado)

O aumento da resistência dos fungos em relação aos medicamentos existentes no mercado e os efeitos colaterais apresentados por alguns compostos com propriedades antioxidantes e inibidores enzimáticos, em especial contra a α-amilase e α-glicosidase, torna-se necessária à descoberta de novos compostos com potencial biológico. Neste contexto os produtos naturais podem ser uma fonte importante para a descoberta de novas arquiteturas moleculares ativas. Assim, este trabalho teve como objetivos avaliar as atividades antioxidante, inibitória sobre as enzimas α-amilase e α-glicosidase, antifúngica e citotóxica do extrato etanólico (EE) das folhas da Banisteriopsis argyrophylla (Malpighiaceae) e suas frações, obtidas por extração líquido-líquido utilizando solventes de polaridades crescentes. O potencial antioxidante foi avaliado pelo método de sequestro do radical 2,2-difenil-1-picrilidrazila (DPPH), sendo as frações acetato de etila (FAE) e a n-butanol (FB) as mais potentes, este confirmando através da medida da corrente de pico e do potencial de oxidação, obtidos por voltametria por pulso diferencial (VPD). As atividades inibitórias sobre a α-amilase e α-glicosidase foram analisadas considerando as reações entre os substratos α-(2-cloro-4-nitrofenil)-β-1,4-galactopiranosilmaltoside (Gal-G2-α-CNP) e 4-nitrofenil-α-D-glicopiranosídeo (p-NPG), respectivamente. Inicialmente foi verificado que o EE apresentou considerável atividade contra a α-amilase (CE50 = 2,89±0,1 μg mL–1) em relação ao controle positivo acarbose (CE50 = 0,08±0,1 μg mL–1) e que não apresentou atividade promissora frente à α-glicosidase. Após essa observação, foi avaliada a atividade inibidora da α-amilase das frações, sendo que a FAE (CE50 = 2,33±0,1 μg mL– 1) e a FB (CE50 = 2,57±0,1 μg mL–1) as que apresentaram as melhores inibições. A atividade antifúngica foi avaliada frente a espécies do gênero Candida, sendo que a FAE apresentou melhor potencial antifúngico (CIM’s entre 93,75 e 11,72 μg mL−1) quando comparada com o padrão positivo anfotericina (CIM = 1,00 e 2,00 μg mL−1 para os controles C. parapsilosis e C. krusei, respectivamente). O EE (CC50 = 360,00±12 μg mL –1) e as frações com CC50’s maiores que 270,00 μg mL –1 foram consideravelmente menos tóxicas para células Vero que o controle positivo cisplatina (CC50 = 7,01±0,6 μg mL –1). Como a FAE apresentou os melhores resultados para as atividades estudadas, esta foi submetida à cromatografia líquida de ultra eficiência acoplada à espectrometria de massas (CLUE-EM), sendo identificados os seguintes flavonoides: (±)-catequina, quercetina-3-O-β-D-Glc/ quercetina-3-O-β-D-Gal, quercetina-3-O-β-L-Ara, quercetina-3-O-β-D-Xil, quercetina-3-O-α-L-Rha, kaempferol-3-O-α-L-Rha, quercetina-3-O-(2''-galoil)-α-L-Rha, quercetina-3-O-(3''-galoil)-α-L-Rha e kaempferol-3-O-(2''-galoil)-α-L-Rha. Em seguida, a FAE foi submetida à cromatografia em coluna, utilizando fase estacionária C18, sendo isolada a (±)-catequina (FAE-A1, 73,00 mg) e obtidas três frações (FAE-A2, FAE-A3 e FAE-A4) constituídas por uma mistura de flavonoides, identificados por cromatografia em camada delgada (CCD) e (–)-EM-IES. A (±)-catequina (FAE-A1) apresentou CIM de 2,83 μg mL−1 no ensaio utilizando C. glabrata, em relação ao padrão positivo anfotericina. Já as frações FAE-A2, FAE-A3, FAE-A4, apresentaram menor potencial antifúngico nas concentrações avaliadas (CIM’s entre 5,86 e 187,50 μg mL−1). As frações FAEA1–FAEA4 apresentaram menor toxicidade que FAE principalmente A1, A3 e A4, que exibiram CC50 maiores que 512,00 μg mL−1. Os flavonoides identificados são descritos na literatura em relação ao potencial antioxidante e a (±)-catequina, quercetina-3-O-Rha e kaempferol-3-O-Rha são descritos como inibidores da α-amilase. Assim, a B. argyrophylla é uma espécie importante que contém compostos com potencial antioxidante que podem estar relacionados aos usos tradicionais como anti-inflamatório e também apresenta agentes antifúngicos e inibidores contra α-amilase. Portanto, estas folhas são recursos promissores para a produção de novos medicamentos.

Identificador

OLIVEIRA, Daiane Maria. Estudo fitoquímico e biológico das folhas de Banisteriopsis argyrophylla (A. Juss.) B. Gates (Malpighiaceae). 2016. 139 f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) - Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia, 2016.

https://repositorio.ufu.br/handle/123456789/17808

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Federal de Uberlândia

Brasil

Programa de Pós-graduação em Química

Direitos

Acesso Aberto

Palavras-Chave #Química #Banisteriopsis #Extração por solventes #Antioxidantes #Banisteriopsis argyrophylla #Folhas #α-Amilase #α-Glicosidase #Antifúngico #Citotoxicidade #Flavonoides #Leaves #Antioxidant #α-amylase #α-glucosidase #Antifungal #Cytotoxicity #Flavonoids #CNPQ::CIENCIAS EXATAS E DA TERRA::QUIMICA
Tipo

Dissertação