ANSIEDADE E CONSUMO DE SUBSTÂNCIAS PSICOATIVAS EM ADOLESCENTES

Os objetivos deste estudo foram: relacionar o consumo de substâncias psicoativas e ansiedade, verificar os níveis de ansiedade e as substâncias psicoativas mais consumidas, e associar consumo de substâncias psicoativas e ansiedade entre estudantes do ensino médio de escolas públicas e particulares da cidade de Maceió. Os estudantes e as instituições que participaram da pesquisa foram selecionados por meio de amostragem não-probabilística por conveniência. Tratou-se de um estudo de delineamento correlacional. A amostra foi de 407 estudantes, com idade de 14 a 18 anos. A pesquisa foi realizada em sete escolas, sendo quatro da rede pública estadual e três da rede particular. Os participantes responderam a um questionário sóciodemográfico; à Escala de Ansiedade do Adolescente (EAA); e a um questionário sobre o consumo de substâncias psicoativas. Foi feita a análise das relações entre consumo de substâncias psicoativas e ansiedade por meio do teste qui-quadrado e exato de Fisher. O álcool foi a substância lícita mais consumida pelos estudantes, enquanto o solvente, a substância ilícita mais consumida por esse grupo. Os participantes apresentaram maior percentual no nível moderado: 28%. Verificou-se diferença estatisticamente significativa entre o consumo de substâncias psicoativas e ansiedade nos adolescentes. O uso na vida de solventes (p=0,037) e energéticos (p=0,023); uso no ano de cigarro (p=0,043) e bebidas alcoólicas (p=0,007); e uso freqüente de bebidas alcoólicas (p<0,001) relacionou-se com ansiedade moderada. Houve diferença significativa entre consumo de substâncias psicoativas e ansiedade nos tipos de escola: Na escola pública, houve relação entre estudantes que disseram consumir cigarro na vida e no ano, e entre os que fizeram uso na vida de solventes e energéticos com ansiedade grave (p=0,022; p=0,003; p=0,010;p=0=0,44, respectivamente); e entre estudantes que afirmaram ter feito consumo freqüente de bebidas alcoólicas com ansiedade moderada (p=0,007). Na escola particular, houve relação entre estudantes consumiram bebidas alcoólicas no ano com ansiedade moderada (p=0,011). A pesquisa verificou a necessidade de se realizarem projetos de prevenção de drogas e promoção de saúde que visem aumentar a reflexão sobre o estilo de vida e ansiedade.

The objectives of this study were to relate psychoactive substances abuse and anxiety, check the levels of anxiety and the most consumed psychoactive substances, and associated psychoactive substance use and anxiety among high school students from public and private schools in the city of Maceio. Students and institutions that participated of the research were selected by not-probabilist sampling for convenience. This was a study of correlational delineation. The sample was of 407 students, aged 14 to 18 years. The research was conducted in seven schools, being four of state public net and three of the particular net. The participants answered a sociodemographic questionnaire; the Adolescent Anxiety Scale (AAS); and a questionnaire about consumption of psychoactive substances. It was made the analysis of the relations between psychoactive substance consumption and anxiety by means of the Qui-Square test and Fisher exact tests. Alcohol was the legal substance most consumed by students, while the solvent, the most popular illicit substance by this group. The participants had a presented a greater percentage in the moderate level: 28%. There was a statistically significant difference between the consumption of psychoactive substances and moderate anxiety in adolescents. The use in life of solvents (p = 0,037) and energy drinks (p = 0,023); use in the year of cigarette (p = 0,043) and alcohol (p = 0,007); and frequent use of alcohol (p = 0,001) correlated with anxiety. There were significant differences between psychoactive substance use and anxiety in the types of school: In public school, there was a relationship between students who reported cigarette consumption in life and in the year, among participants who made use of solvents and energy drinks in life with severe anxiety (p = 0,022; p = 0,003; p = 0,010, p = 0,044, respectively); and among students who reported making frequent consumption of alcoholic drinks with moderate anxiety (p = 0,007). In private school, there was a relationship between students who drank alcohol in years with moderate anxiety (p = 0,011). The research found the need to carry out projects of health promotion and drug prevention that aim to increasing the reflection about lifestyle and anxiety.Ouvir

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior