A febre em pediatria : perspectiva de pais, médicos e enfermeiros


Autoria(s): Martins, Marta Esteves
Contribuinte(s)

Abecasis, Francisco

Data(s)

18/07/2016

18/07/2016

2014

Resumo

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

Introduction: The aim of this study was to evaluate the knowledge of parents and health care professionals about fever and their response to febrile children. Methodology: Data was obtain through a questionnaire administered to a sample of parents whose children were admitted to the Emergency Room (ER), to nurses that work at the same ER and to family doctors and pediatricians, currently practicing in Portugal. Results: We collected 265 answers from parents, 49 from nurses and 525 from doctors. Almost half of the parents (43%) considered fever a temperature above 38ºC, the same value referred by most nurses and doctors. The first reaction of parents to a febrile child is giving antipyretics; being acetaminophen the most used one (44%). Nurses think that a child with fever must be always treated and that a history of febrile seizures is the most decisive factor to initiate treatment. Contrarily, for pediatricians the most important factor is the presence of irritability and discomfort. The most feared effect of a fever without treatment to parents (74%) and nurses (92%) is a seizure. For pediatricians (97%), irritability is the main consequence. Conclusions: Parents’ attitudes demonstrate fear of fever and its possible consequences. The approach to a febrile child is significantly different between health care professionals.

Introdução: O objectivo deste estudo foi o de avaliar o conhecimento e actuação sobre a febre por parte dos pais e profissionais de saúde. Materiais e métodos: Os dados foram obtidos através da aplicação de um questionário a uma amostra de pais que recorreram ao Serviço de Urgência (SU), a enfermeiros do SU e a médicos de Medicina Geral e Familiar e de Pediatria a exercer actualmente em Portugal. Resultados: Foram obtidas 265 respostas de pais, 49 de enfermeiros e 525 de médicos. Quase metade dos pais (43%) considerou febre a partir de uma temperatura de 38ºC, valor igualmente apontado pela maioria dos médicos e enfermeiros. A primeira reacção dos pais perante uma criança febril é administrar medicação, sendo o paracetamol o fármaco mais utilizado (44%). Os enfermeiros consideram que uma criança com febre deve ser sempre tratada e que os antecedentes de convulsão febril são o factor mais decisivo para o início de terapêutica enquanto para os pediatras o mais importante é a presença de irritabilidade e desconforto. O efeito adverso mais temido da febre não tratada por parte de pais (74%) e enfermeiros (92%) é a convulsão ao passo que para os pediatras (97%) a irritabilidade é a principal consequência. Conclusão: As atitudes dos pais transparecem receio da febre e dos eventuais efeitos adversos. A abordagem perante a febre difere significativamente entre profissionais de saúde.

Identificador

http://hdl.handle.net/10451/24396

Idioma(s)

por

Direitos

closedAccess

Palavras-Chave #Pediatria #Febre #Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
Tipo

masterThesis