Inflamação na aterosclerose : impacto na doença coronária


Autoria(s): Cal, Maria Margarida Cunha Pereira
Contribuinte(s)

Almeida, Ana

Data(s)

18/07/2016

18/07/2016

2014

Resumo

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

The prevalence of atherosclerosis in developed countries has increased significantly in the past years, due to associated high incidence and low mortality. Despite the lowering mortality rate, atherosclerosis is still the lead cause of death in the world, specifically coronary artery disease and the acute coronary syndromes. Different clinical studies have confirmed the fundamental role of inflammation in mediating all stages of atherogenesis, from its initiation, progression, until an eventual complication. There are numerous players in this process, such as cytokines, smooth muscle, endothelial and immunity cells, as well as many enzymes, lipoproteins and chemotactic factors. Together they form a complex interaction, causing atherogenesis and an eventual index event leading to acute coronary syndromes with their wellknown deleterious outcomes. The concept of "unstable plaque" was created as soon as it was pointed out that the level of stenosis doesn't necessarily correlate with the risk of complications. Presently, other methods of atherosclerotic plaque risk assessment are under investigation, spreading the horizons beyond the classic level of stenosis. The evolution of molecular imaging methods allowed the use of new technologies to search new targets, either diagnostic, preventive or therapeutic. Between those targets are many intervenients of the inflammatory process of atherogenesis, whose quantitative and qualitative evaluation opens a new window towards a more assertive risk stratification and target therapy allowing an earlier detection, which may lead to a decreased prevalence and mortality associated with atherosclerosis.

A prevalência de aterosclerose nos países desenvolvidos sofreu um aumento significativo nos últimos anos, resultado do aumento da incidência e diminuição da mortalidade associada. Apesar da mortalidade decrescente, a doença aterosclerótica permanece como principal causa de morte a nível mundial, nomeadamente a doença arterial coronária na sua vertente das síndromes coronárias agudas. Nos últimos anos, diversas investigações desvendaram o papel preponderante que a inflamação executa no processo aterosclerótico, desde a sua iniciação e progressão até uma possível complicação. São numerosos os intervenientes neste processo, como as citocinas, células endoteliais, musculares lisas e do sistema imunitário, enzimas, lipoproteínas e outros fatores quimiotáticos. No seu conjunto, formam uma teia complexa de interações que promove a aterogénese e eventual complicação, culminando em síndromes coronárias agudas de desfecho muitas vezes desfavorável. A descoberta de que o grau de estenose não se correlaciona com o risco de complicação fez surgir o conceito de placa instável, pesquisando-se atualmente novos métodos que permitam avaliar o risco da placa aterosclerótica, para além do clássico grau de obstrução. A evolução dos meios de imagem molecular permitiu a aplicação de novas tecnologias ao serviço da pesquisa deste novos alvos, quer diagnósticos quer preventivos e terapêuticos. Entre eles encontram-se os intervenientes do processo inflamatório na aterogénese, cuja avaliação quantitativa e qualitativa abre uma janela para que no futuro venha a ser possível uma avaliação mais assertiva do risco de complicação da placa que permita agir mais precocemente de forma a reduzir quer a prevalência quer a mortalidade associada à doença aterosclerótica.

Identificador

http://hdl.handle.net/10451/24386

Idioma(s)

por

Direitos

closedAccess

Palavras-Chave #Cardiologia #Aterosclerose #Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
Tipo

masterThesis