Characterization of adverse drug reactions with neuropsychiatric clinical manifestations reported spontaneously to the portuguese pharmacovigilance system in the greater Lisbon area


Autoria(s): Kauppila, Linda Maria Azevedo
Contribuinte(s)

Ferreira, Joaquim

Rosa, Mário Miguel

Data(s)

18/07/2016

18/07/2016

2014

Resumo

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

Background: All drugs may cause adverse drug reactions (ADRs) which are not uncommon, and are associated with significant morbidity and mortality. Spontaneous ADR reporting has been the most used means to detect ADRs in the post-marketing period of medicinal drugs. Neuropsychiatric (NPs) ADRs have been reported to comprise about 15% of all ADRs, and are presented in summaries of product characteristics as a group. Objectives: This retrospective observational database study aims to establish frequency, origin and characteristics of spontaneous notifications of NPs ADRs, in the Greater Lisbon area between January, 2006 and December, 2012. Methods: All ADR reports between 2006 and 2012 with NPs clinical manifestations were analysed. NPs ADRs and medicinal drugs were classified according to Medical Dictionary for Regulatory Activities (MedDRA) and Anatomical Therapeutic Chemical (ATC) Code classifications, respectively. Results: 1646 NPs ADRs were reported between 2006 and 2012. Pharmacists were the healthcare professional class which reported the most, and General Practitioners (GPs) had the highest rate of notification among physicians. Patients between 18 and 64 years old accounted for 57,35%, with a median age of 48,57. Most (70,29%) were women. 57,3% of NPs ADRs were serious but in most cases the seriousness criteria were unknown. Headache was the most common NPs ADR and influenza vaccines were the most implied single medicinal drug. 74,9% of NPs ADR evolved to complete cure. Causality assessment by reporters was unknown in most cases, while “probable” and “possible” causality assessments were the most frequently chosen by the regulatory authority. Conclusions: 11,5% of the total number of spontaneous ADR reports between 2006 and 2012 included NPs clinical manifestations. These are much valued by both healthcare professionals and patients. Globally, Pharmacists’ role in spontaneous reporting of ADR has been increasing over the years, with GPs maintaining their position as top physician reporters in Portugal. Finally, the 2009 H1N1 pandemic could be a valid justification for a peak in ADR notifications in 2009 as well as for the higher involvement of influenza vaccines in NPs ADRs.

Contexto: Todos os fármacos podem causar reacções adversas medicamentosas (RAMs) que, por sua vez, não são raras e estão associadas a morbilidade e mortalidade significativas. A notificação espontânea de RAMs tem sido o meio mais frequentemente utilizado para detectar RAMs no período de pós-comercialização do fármaco. As RAMs neuropsiquiátricas (NPs) constituem, segundo o que tem sido descrito, cerca de 15% do total de RAMs e estão incluídas, na quase totalidade, no resumo de características do medicamento. Objectivos: Este estudo observacional retrospectivo da base de dados pretende determinar a frequência, origem e características das notificações espontâneas de RAMs NPs, na região de Lisboa e Vale Tejo, entre Janeiro de 2006 e Dezembro de 2012. Métodos: Todas as notificações de RAMs feitas entre 2006 e 2012 com manifestações clínicas NPs foram analisadas. As RAMs NPs e os fármacos foram agrupados de acordo com as classificações MedDRA e ATC, respectivamente. Resultados: 1646 RAMs NPs foram notificadas entre 2006 e 2012. Os farmacêuticos foram os profissionais de saúde que mais notificaram durante o período referido e os especialistas em Medicina Geral e Familiar (MGF) obtiveram a taxa de notificação mais alta entre a classe médica. 57,35% dos doentes tinham idades compreendidas entre os 18 e os 64 anos, com uma idade média de 48,57 anos. 70,29% das RAMs eram respeitantes a indivíduos do sexo feminino. 57,3% das RAMs NPs foram consideradas graves, todavia, o critério de gravidade era desconhecido na maioria dos casos. As cefaleias foram a RAM NPs notificada com maior frequência e as vacinas antigripais constituíram o fármaco isolado mais vezes implicado na RAM. 74,9% das RAM NPs evoluíram para cura. A imputação de causalidade pelo notificador era desconhecida na maioria dos casos, enquanto “provável” e “possível” foram os níveis de causalidade mais frequentemente atribuídos pela autoridade reguladora. Conclusões: 11,5% do número total de notificações de RAMs entre 2006 e 2012 incluíam manifestações clínicas NPs. Estas são altamente valorizadas, tanto pelos profissionais de saúde, como pelos utentes. O papel dos farmacêuticos na notificação espontânea de RAMs tem vindo a, globalmente, aumentar, sendo que os especialistas em MGF mantêm a sua posição como principais notificadores entre a classe médica, em Portugal. Finalmente, a pandemia de H1N1 em 2009 poderá constituir uma justificação válida para o pico de notificações de RAMs nesse mesmo ano, bem como para a maior implicação de vacinas antigripais nas RAMs NPs.

Identificador

http://hdl.handle.net/10451/24347

Idioma(s)

eng

Direitos

closedAccess

Palavras-Chave #Adverse drug reaction #Pharmacovigilance #Drug safety #Spontaneous ADR reports #Neuropsychiatric clinical manifestations #Observational studies #Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
Tipo

masterThesis