Fraturas do rádio distal : revisão bibliográfica

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

A distal radius fracture is one of the most common types of fracture and has a bimodal distribution, with a peak incidence at 18-25 years and another after 65 years.The diagnosis of this type of fracture is clinical and radiological. It can be classified according to various classifications such as the AO-ASIF classification or Frykman. A thorough understanding of the anatomy and biomechanics of the wrist is a prerequisite when treating these lesions; the literature proves that there is a relationship between the quality of anatomical reduction and the long-term functional outcome. One problem that immediately arises in this field, and that the literature does not clarify is the definition of anatomical. The choice of treatment technique, conservative or surgical, will depend on fracture displacement, joint surface involvement, patient age, bone quality,handeness, job and leisure activities as well as on the experience and preference of the orthopedic surgeon, always taking account that the ultimate goal is to restore the patient to his previous state of function.The overall complication rate of distal radius fractures ranges from 6% to 80% and has been associated with poor functional outcomes. A perceived difficulty with commonly used modalities by the orthopedic community has been enough to drive an entire new set of options for distal radius fixation. This article outlines some of these options with a literature opinion and a clarification from the author.

A fratura do rádio distal é um dos tipos mais comuns de fratura, apresentando uma distribuição bimodal, com um pico de incidência aos 18-25 anos e outro após os 65 anos. O diagnóstico deste tipo de fratura é clínico e radiológico. Podem ser classificadas de acordo com diversos sistemas como sejam a classificação AO- ASIF ou a classificação de Frykman. Um profundo conhecimento da anatomia e biomecânica do punho é um pré-requisito no seu tratamento; a literatura mostra que existe uma relação entre a qualidade de redução anatómica e o resultado funcional a longo prazo. Um problema que logo se levanta neste campo, e que a literatura não esclarece, é a definição de anatómico. A escolha método de tratamento, conservador ou cirúrgico, depende do desvio da fratura, envolvimento da superfície articular, idade, qualidade óssea, dominância, profissão e atividades de lazer, bem como da experiência e preferência do ortopedista, tendo sempre e conta que o objetivo final é recuperar o doente ao seu estado de função prévio à lesão. A taxa de complicações global associada às fraturas do rádio distal e ao seu tratamento varia de 6% a 80%. A dificuldade percebida com modalidades comumente utilizadas pela comunidade ortopédica tem sido suficiente para conduzir a todo um novo conjunto de opções para o tratamento das fraturas rádio distal. Este artigo descreve algumas dessas opções com um parecer da literatura e um esclarecimento da autora.