Cistatina C : um marcador de função renal promissor em doentes com lúpus eritematoso sistémico?


Autoria(s): Bragança, Ana Raquel Lopes de
Contribuinte(s)

Soares, José Luís Ducla

Data(s)

30/05/2016

30/05/2016

2014

Resumo

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

Purpose: Cystatin C has a higher correlation with glomerular filtration rate (GFR) and a more significant clinical prognosis than creatinine. We sought to determine whether it is a marker of renal function potentially superior to creatinine in patients with Systemic Lupus Erythematosus (SLE). Methods: 37 patients with SLE were evaluated. Serum cystatin C was determined by nephelometry and creatinine by modified Jaffe method. We compared five formulas: CKD-EPIcyst, CKD-EPIcyst-creat, Cockcroft-Gault, MDRD and CKD-EPIcreat, using the latter as a reference. We analyzed the influence of clinical and laboratory factors in cystatin C variation, using multivariate linear regression. Results: Cystatin C was singly elevated in ten participants, versus none isolated creatinine elevation, and this difference was significant (p=0.002). There was a difference between the estimated GFR by CKD-EPIcyst and by CKD-EPIcreat (-6.0541ml/min/m2, p=0.07), more pronounced for lower GFR. Consequently, CKD- EPIcyst reclassified 4 patients as having Chronic Kidney Disease (CKD) de novo and 1 patient as not having CKD (p=0.375). Cystatin C was only significantly influenced by age (p <0.001). Conclusion: Cystatin C seems to detect changes in GFR earlier than creatinine and may be a better screening method for CKD in SLE.

Introdução: A cistatina C possui uma correlação superior com a taxa de filtrado glomerular (TFG) e um prognóstico clínico mais significativo do que a creatinina. Procurou-se averiguar se constitui um marcador de função renal potencialmente superior à creatinina, em doentes com Lupus Eritematoso Sistémico (LES). Métodos: Foram avaliados 37 doentes com LES. Determinou-se a cistatina sérica por nefelometria e a creatinina pelo método de Jaffe modificado. Compararam-se cinco fórmulas: CKD-EPIcist, CKD-EPIcreat-cist, Cockcroft- Gault, MDRD e CKD-EPIcreat, utilizando-se esta última como referência. Analisou-se a influência de factores clínicos e laboratoriais na variação da cistatina C, por regressão linear multivariável. Resultados: A cistatina C encontrava-se isoladamente elevada em dez participantes, ao invés de nenhuma elevação isolada da creatinina, sendo esta diferença significativa (p=0,002). Verificou-se uma diferença entre a TFG estimada pela CKD-EPIcist e pela CKD-EPIcreat (-6,0541ml/min/m2, p=0,07), mais acentuada para TFG mais baixas. Assim, a CKD-EPIcist reclassificou 4 doentes como tendo Doença Renal Crónica (DRC) de novo e um doente como não tendo DRC (p=0,375). A cistatina C foi influenciada significativamente apenas pela idade (p<0,001). Conclusão: A cistatina C parece detectar mais precocemente do que a creatinina alterações na TFG, podendo ser um melhor método de rastreio de DRC no LES.

Identificador

http://hdl.handle.net/10451/23852

Idioma(s)

por

Direitos

closedAccess

Palavras-Chave #Cistatina C #Lupus eritematoso sistémico #Marcadores de função renal #Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
Tipo

masterThesis