A depressão na prespectiva da neuroinflamação


Autoria(s): Pinto, Ana Margarida Vaz Rodrigues Amaral
Contribuinte(s)

Ouakinin, Sílvia

Data(s)

30/05/2016

30/05/2016

2014

Resumo

Trabalho Final do Curso de Mestrado Integrado em Medicina, Faculdade de Medicina, Universidade de Lisboa, 2014

Depression is a common sickness all over the World, in that six out of ten people will go through at least one experience of depression during their lives. Although there are extensive models of depression, its’ real etiology is yet to be certain. Objectives: Gather evidence to sustain the inflammatory depression model, understand the already established methods and contribute to the reflexion of paths that lead to new theoretical models. Development: The first experience of depression is triggered by severe life events in 70 to 80 per cent of the cases. There is evidence that the different types of psychosocial stressors can stimulate different proinflammatory cytokines, interleukin (IL) -1β, IL-6 and the tumour necrosis (TNF) – α, which are depressogenic and anxiogenic. The relation between depression and inflammation results from the observation of high levels of inflammatory scores on patients diagnosed with depression even in the absence of other pathologies, co-occurrence of depression and inflammatory illnesses, and the increase of the risk of the diagnosis of depression for patients with cytokines. Different conducts from which the immune “symptom” is transmitted from the periphery to the brain were established, having created an “image” in the brain of innate peripheral immunity. Changes in the serotonin’s metabolism, oxidative stress and nitrosative, and the neuroprogressive result from the cellular activation and inflammatory presence in the depression itself. The comorbidity in patients with diabetes, cancer and cardiovascular illnesses is of 17 to 29 per cent, higher than the general population (average of 10.3 per cent). An IL-1β and its regulator, the inflammasome, represent a key role in the “immune-inflammatory” process in reaction to stress and depression. Conclusions: It is primal to recognise the heterogeneity of the depression model in the establishment of the relation between depression and inflammation. The depression inflammatory model will have an impact on the treatment of established pathologies and simultaneously on the development of primary prevention strategies.

A depressão é uma doença comum em todo o mundo, sendo que uma em cada seis pessoas irá experienciar pelo menos um episódio de depressão em toda a sua vida. Apesar dos vários modelos da depressão propostos, a sua etiologia permanece ainda incerta. Objectivos: Reunir a evidência que apoia o modelo inflamatória da depressão, compreender as vias já estabelecidas e contribuir para o aprofundamento de reflexões que possam abrir caminho a novos modelos teóricos. Desenvolvimento: Um primeiro episódio de depressão é precedido por um grave acontecimento de vida em 70-80% dos casos. Existe evidência de que os diferentes tipos de stressores psicossociais podem estimular diferentes citocinas pró-inflamatórias, interleucina (IL) -1β, IL-6 e factor de necrose tumoral (TNF) -α que são depressogénicas e ansiogénicas. A relação entre depressão e inflamação resulta da observação de níveis elevados de marcadores inflamatórios em pacientes com depressão mesmo na ausência de outras patologias, coocorrência de depressão e doenças inflamatórias e por último o aumento do risco de depressão em doentes tratados com citocinas. Diferentes vias através das quais o sinal imunológico é transmitido da periferia para o cérebro foram estabelecidas, existindo uma “imagem” criada no cérebro da imunidade periférica inata. Alterações no metabolismo da serotonina, stress oxidativo e nitrosativo e a neuroprogressão resultam da activação celular e inflamatória presentes na depressão. A comorbidade em doentes com diabetes, cancro ou doença cardiovascular é de 17-29%, mais alta que na população em geral (10,3%). A IL-1β e o seu regulador, o inflamasoma, apresentam um papel chave no processo imuno-inflamatório em resposta ao stress e à depressão. Conclusões: É fundamental o reconhecimento da heterogeneidade do modelo da depressão no estabelecimento da relação entre depressão e inflamação. O modelo inflamatório da depressão deve ter implicações no tratamento de doenças estabelecidas mas também no desenvolvimento de estratégias de prevenção primária.

Identificador

http://hdl.handle.net/10451/23848

Idioma(s)

por

Direitos

closedAccess

Palavras-Chave #Depressão #Inflamação #Stress #Citocinas #Domínio/Área Científica::Ciências Médicas
Tipo

masterThesis