Da queda de Tróia à fundação de Lisboa ou de como Gabriel Pereira de Castro espera ‘cantar de Ulisses, imitando a Homero’


Autoria(s): Fonseca, Rui Carlos
Data(s)

25/05/2016

25/05/2016

01/12/2014

Resumo

No poema épico seiscentista Ulisseia ou Lisboa Edificada, Gabriel Pereira de Castro reescreve as aventuras de Ulisses, fazendo o navegador homérico aportar à costa lusitana e aí travar uma guerra pela fundação da cidade de Lisboa. Ainda que a estrutura geral desta epopeia portuguesa seja decalcada da epopeia vergiliana (a primeira metade corresponde à fase das viagens e a segunda metade corresponde à fase dos confrontos bélicos), rigorosamente a Ulisseia não representa senão “um novo episódio acrescentado à Odisseia de Homero” (Segurado e Campos 2004, Vol. II, 43). Neste trabalho, proponho-me fazer uma análise comparativa entre as jornadas de Ulisses na Ulisseia e as jornadas do facundo herói no modelo antigo, averiguando o modo como o trajecto marítimo de Tróia a Ítaca é alargado, nuns casos, e abreviado, noutros casos, mediante o engenho do autor português. São sobretudo os propósitos nacionalistas e a confluência de diferentes fontes antigas que justificam a maior parte dos desvios às aventuras marítimas do Ulisses odisseico.

Centro de Estudos Clássicos da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa

Identificador

FONSECA, Rui Carlos (2014), “Da queda de Tróia à fundação de Lisboa ou de como Gabriel Pereira de Castro espera ‘cantar de Ulisses, imitando a Homero’”, in Paula MORÃO e Cristina PIMENTEL (coord.), Matrizes Clássicas da Literatura Portuguesa: uma (re)visão da literatura portuguesa das origens à contemporaneidade, Lisboa, Campo da Comunicação, pp. 187-200.

978-989-8465-24-5

http://hdl.handle.net/10451/23793

Idioma(s)

por

Publicador

Campo da Comunicação

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Ulisseia #Castro, Gabriel Pereira de #Recepção homérica #Epopeia portuguesa #Viagens de Ulisses
Tipo

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