Avaliação da colpofixação sacroespinhal para o tratamento do prolapso genital apical, atraves do sistema de quantificação do prolapso dos orgãos pelvicos


Autoria(s): Edilson Benedito de Castro
Contribuinte(s)

Universidade Estadual de Campinas

Data(s)

2006

12/12/2006

11/11/2015

11/11/2015

Resumo

Universidade Estadual de Campinas . Faculdade de Ciências Médicas

Programa de Pós-Graduação em Cirurgia

Resumo: Objetivos: Avaliar pelo sistema de quantificação do prolapso dos órgãos pélvicos (POP-Q), preconizado pela Sociedade Internacional de Continência (ICS) os compartimentos vaginais anterior, posterior e apical em mulheres submetidas à colpofixação sacroespinhal para o tratamento do prolapso uterino ou de cúpula vaginal e analisar os sintomas urinários antes e depois da cirurgia. Sujeitos e métodos: Estudo retrospectivo realizado no Setor de Uroginecologia do Hospital Estadual Sumaré da Universidade Estadual de Campinas em 2006. Foram analisados os prontuários de 47 mulheres submetidas à colpopexia sacroespinhal entre março de 2003 e fevereiro de 2006. Foram avaliados os sintomas urinários (incontinência urinária de esforço, urgência, incontinência de urgência, noctúria e enurese noturna) no pré e pós-operatório, considerando-se sintomas presentes ou ausentes e analisados pelo Teste de qui-quadrado de Mc Nemar. Os pontos Aa, Ba, C, D, Ap, Bp, tvl, gh e pb do POP-Q foram avaliados na primeira consulta e na revisão pós-operatória. O Teste de Wilcoxon foi aplicado para comparar os pontos e os estágios do prolapso genital antes e depois da cirurgia. Complicações intra e pós-operatórias foram descritas. Resultados: A média dos pontos do POP-Q no pré e pós-operatório foi respectivamente: Aa (+0,7; -1,7); Ba (+3,2; -1,7); C (+3,2; -7,6); Ap (-0,2; -2,7) e Bp (+2,1; -2,7) (p<0.001). A taxa de cura foi 97,9% para o prolapso apical. Avaliação pré e pós-operatória do compartimento vaginal anterior foi respectivamente: estágio 1 (4,3%; 57,4%), estágio 2 (8,5%; 31,9%), estágio 3 (76,6%; 0%) e estágio 4 (10,6%; 0%). Cistocele ocorreu em 89,4% no pós-operatório. Onze de 12 mulheres que apresentavam urgência miccional tiveram melhora após a cirurgia (p=0,0039) e uma das 45 que não tinham a queixa passou a apresentá-la. Das 8 pacientes que se queixavam de incontinência de urgência, 7 apresentaram remissão do sintoma após a cirurgia (p=0,0082). Houve melhora da noctúria em 7 de 8 casos após a cirurgia (p=0,0399) e 1 dos 39 casos que eram assintomáticos desencadeou o sintoma no pós-operatório. Conclusão: A colpofixação sacroespinhal é um método eficiente para o tratamento do prolapso apical e de parede posterior levando, porém 89,4% das pacientes a apresentarem prolapso de parede anterior estágio 1 e 2 devido ao desvio posterior do eixo vaginal. Ocorreu melhora dos sintomas urinários irritativos (urgência, incontinência de urgência e noctúria) nas pacientes submetidas à fixação sacroespinhal da cúpula vaginal pelo restabelecimento do sistema de sustentação apical posterior

Abstract: Objectives: To evaluate the extent of prolapse of the anterior, posterior and apical vaginal compartments in women undergoing sacrospinous ligament fixation using the pelvic organ prolapse quantification system (POP-Q), recommended by the International Continence Society (ICS) for the treatment of uterine and vaginal vault prolapse and examine urinary symptoms before and after surgery. Subjects and methods: A study was conducted in the Urogynecology Sector of the Sumaré Municipal Hospital of the Universidade Estadual de Campinas in 2006. Medical charts of 47 women undergoing sacrospinous colpopexy between March 2003 and February 2006 were assessed. Urinary symptoms (stress urinary incontinence, urgency, incontinence of urgency, nocturia and nocturnal enuresis) were evaluated in the preoperative and postoperative period, categorizing symptoms as present or absent, and applying the Mc Nemar chi-square test for analysis. Aa, Ba, C, D, Ap, Bp, tvl, gh and pb points of POP-Q were evaluated in the first consultation and postoperative revision. Wilcoxon?s test was applied to compare points and stages of genital prolapse before and after surgery. Intraoperative and postoperative complications were described. Results: Mean POP-Q points in the preoperative and postoperative period were, respectively: Aa (+0.7; -1.7); Ba (+3.2; -1.7); C (+3.2; -7.6); Ap (-0.2; -2.7) and Bp (+2.1; -2.7) (p<0.001). The cure rate was 97.9% for apical prolapse. Preoperative and postoperative evaluation of the anterior vaginal compartment was, respectively: stage 1 (4.3%; 57.4%), stage 2 (8.5%; 31.9%), stage 3 (76.6%; 0%) and stage 4 (10.6%; 0%). Cystocele occurred in 89.4%. Eleven of 12 women with mictional urgency showed improvement of symptom after surgery (p=0.0039) and one of the 45 patients who had no previous complaint, started to suffer from the symptom. Of 8 patients whose complaint was incontinence of urgency, 7 had remission of symptom after surgery (p=0.0082). Nocturia improved in 7 out of 8 cases after surgery (p=0.0399) and the symptom was triggered postoperatively in 1 out of 39 asymptomatic women. Conclusion: Sacrospinous ligament fixation is an efficient method for the treatment of apical and posterior wall prolapse, despite leading to stage 1 and 2 anterior wall prolapse in 89.4% of women due to posterior deviation of the vaginal apex. Improvement in irritative urinary symtoms (urgency, incontinence of urgency and nocturia) took place in patients undergoing sacrospinous ligament fixation of the vaginal vault by reconstitution of the posterior apical support system

Dissertação (mestrado)

Cirurgia

Mestre em Cirurgia

Identificador

http://www.bibliotecadigital.unicamp.br/document/?code=vtls000430122

http://www.repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/48312

http://repositorio.unicamp.br/jspui/handle/REPOSIP/135300

Idioma(s)

Português

Publicador

Campinas, SP

Palavras-Chave #Doenças urologicas #Prolapso uterino #Emergencias #Cirurgia #Mulheres - Saude e higiene #Surgery #Urologic diseases #Uterine prolapse #Emergencies #Women health
Tipo

Tese