Meningoencefalite concomitante a herpes zoster oftálmico em escolar previamente hígido


Autoria(s): CATTACCINI, Martina Cardoso de Almeida; DESTEFANI, Vinícius Côgo; SOUZA, Nathália da Costa; BRUNELLI, Juliana Barbosa; CUDIZIO, Felipe de Freitas Pires; FERRONATO, Angela Esposito; HIROSE, Maki; RAGAZZI, Selma Lopes Betta
Contribuinte(s)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Data(s)

07/02/2014

07/02/2014

01/10/2013

Resumo

INTRODUÇÃO O vírus Varicella-Zoster é o agente da varicela, doença auto-limitada comum da faixa etária pediátrica. Cerca de 20% dos casos evoluem com herpes zoster em algum momento da vida, devido a reativação do vírus dos gânglios nervosos ou reexposição. O envolvimento do ramo oftálmico do nervo trigêmio, defido como zoster oftálmico, tem como complicação mais descrita a nevralgia pós-herpética, podendo evoluir com outras alterações locais agudas e tardias. Meningoencefalites concomitante a herpes zoster são pouco descritas na literatura. DESCRIÇÃO DO CASO Paciente de 9 anos, com antecedente de varicela com 1 ano de idade, com queixa de vômitos e cefaléia há dois dias, associada a queda do estado gerale hiporexia. Referiu aparecimento de lesões vesico-bolhosas dolorosas em região periorbitária esquerda há 1 dia e evoluiu com agitação psicomotora e confusão mental. No exame físico de entrada apresentava-se sonolento, com lesões vesico-bolhosas em dermátomo do ramo oftálmico do nervo trigêmio, sem sinais de irritação meníngea ou déficits motores, sem alterações visuais ou oculares. Realizada tomografia de crânio e eletroencefalograma sem alterações. Coletado líquor que revelou líquido límpido e incolor, com aumento de celularidade às custas de linfócitos, glicorraquia normal, bacterioscopia negativa e culturas negativas. Feita hipótese diagnóstica inicial de herpes zoster oftálmico complicado com meningoencefalite e introduzido aciclovir. Paciente evoluiu bem, com melhora do estado geral, remissão dos sintomas neurológicos e melhora das lesões de pele. Evidenciado PCR positivo para o vírus varicela-zoster (VVZ) no líquor. DISCUSSÃO Encontramos poucas descrições na literatura de herpes zoster oftálmico associado à alterações neurológicas. A presença da PCR positiva no liquor foi fundamental para o diagnóstico. CONCLUSÃO O VVZ pode reativar na forma de herper zoster oftálmico e acometer o sistema nervoso central. Apesar de evento raro em crianças, especialmente nas imunocompetentes, a presença da PCR positiva liquor confirmou a meningoencefalite.

Identificador

Congresso Brasileiro de Pediatria, 36, 2013, Curitiba.

http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/43947

http://www.sbp.com.br/trabalhos-de-congressos-da-sbp/36CBPediatria/0665-meningoencefalite-concomitante-a-herpes-zoster-oftalmico.pdf

Idioma(s)

por

Publicador

Sociedade Brasileira de Pediatria

Curitiba

Relação

Congresso Brasileiro de Pediatria, 36

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #meningoencefalite #crianças #herpes zoster
Tipo

conferenceObject

Resumo