Influência da percepção dos profissionais quanto ao aborto provocado na atenção à saúde da mulher


Autoria(s): Benute, Gláucia Rosana Guerra; Nonnenmacher, Daniele; Nomura, Roseli Mieko Yamamoto; Lucia, Mara Cristina Souza de; Zugaib, Marcelo
Contribuinte(s)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Data(s)

04/11/2013

04/11/2013

2012

Resumo

OBJETIVO: Identificar o conhecimento e a percepção dos profissionais da saúde em relação à legislação brasileira sobre o aborto provocado. MÉTODOS: Envelopes selados não identificados contendo os questionários foram enviados a todos os profissionais (n=149) que trabalham no Departamento de Obstetrícia de hospital universitário e de hospital público da periferia de São Paulo. Responderam ao questionário 119 profissionais. Para análise dos dados, utilizou-se intervalo de confiança de 0,05 e os testes exatos de Fischer e χ². RESULTADOS: Dos profissionais entrevistados, 48,7% eram médicos, 33,6% profissionais da área de enfermagem e 17,6% eram profissionais de outras áreas (psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas, administrativos e técnicos de laboratórios). Constatou-se diferença significativa (p=0,01) na proporção de profissionais que acreditam que o aborto por malformação fetal não letal e no aborto decorrente de gestações não planejadas deveriam ser incluídos na legislação brasileira. Observou-se que o conhecimento da legislação e da descrição das situações permitidas por lei acerca do aborto foi significativamente diferente na comparação entre os profissionais de saúde (p=0,01). Quando questionados sobre as situações em que a legislação brasileira permite o aborto, observou-se que 32,7% dos médicos, 97,5% profissionais da área de enfermagem e 90,5% dos demais profissionais desconhecem a legislação vigente. CONCLUSÃO: Neste estudo, evidenciou-se o desconhecimento dos profissionais de saúde com relação à legislação brasileira, em menor proporção entre obstetras e em maior proporção entre os profissionais da área de enfermagem. Foram constatadas atitudes de discriminação, julgamento e preconceito na assistência prestada às mulheres que provocam o aborto.

Identificador

Rev. Bras. Ginecol. Obstet.,v.34,n.2,p.69-73,2012

0100-7203

http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/38678

10.1590/S0100-72032012000200005

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-72032012000200005&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0100-72032012000200005&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0100-72032012000200005&lng=en&nrm=iso&tlng=en

Idioma(s)

por

Publicador

Federação Brasileira das Sociedades de Ginecologia e Obstetrícia

Relação

Revista Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Aborto induzido #Saúde da mulher #Aborto #Atenção à saúde #Abortion #induced #Women's health #Abortion #Health care (Public Health)
Tipo

article

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