Deficiências após a alta medicamentosa da hanseníase: prevalência e distribuição espacial


Autoria(s): Nardi, Susilene Maria Tonelli; Paschoal, Vânia Del´Arco; Chiaravalloti Neto, Francisco; Zanetta, Dirce Maria Trevisan
Contribuinte(s)

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO

Data(s)

04/11/2013

04/11/2013

2012

Resumo

OBJETIVO: Estimar a frequência das deficiências físicas em pacientes tratados de hanseníase após alta medicamentosa e analisar sua distribuição espacial. MÉTODOS: Estudo descritivo transversal com 232 pessoas tratadas de hanseníase de 1998 a 2006. As deficiências físicas foram avaliadas pelo Grau de Incapacidades da Organização Mundial da Saúde (GI/OMS) e pelo Eye-Hand-Foot (EHF). Os ex-pacientes foram geocodificados pelo endereço de residência e os serviços de reabilitação pelo endereço de sua sede. Foram apresentadas as frequências para o total e para os grupos grau 0, grau 1 e grau 2 do GI-OMS, considerando-se as variáveis clínicas e sociodemográficas na análise descritiva. Foram utilizados os testes t de Student, qui-quadrado (χ2) ou de Fisher, conforme apropriado, considerando-se significativos p < 0,05. RESULTADOS: Cerca de 51,6% era do sexo feminino, com média de idade de 54 anos (dp15,7); 30,5% tinha menos de dois anos de educação formal; 43,5% trabalhava e 26,9% estava aposentado; a forma dimorfa predominou (39,9%). As deficiências avaliadas pelo GI-OMS e pelo EHF atingiram 32% dos ex-pacientes. A presença de deficiências foi maior com o aumento da idade (p = 0,029), em casos multibacilares (p = 0,005) e com julgamento ruim do paciente sobre sua saúde física (p < 0,001). Os que necessitavam de prevenção/reabilitação percorreram distância média de 5,5 km até o serviço de reabilitação. As pessoas com deficiência física estavam distribuídas em todo o município, mas concentravam-se na área mais populosa e de maior carência socioeconômica. CONCLUSÕES: A frequência de deficiências é elevada após a alta medicamentosa. Os ex-pacientes mais velhos, os que tiveram formas multibacilares da doença, os de baixa escolaridade e os que julgam mal a própria saúde física merecem atenção especial para a prevenção e reabilitação de deficiências. A distância entre os serviços de reabilitação e as residências dos pacientes requer reorganização da rede de atendimento no município.

Identificador

Rev. Saúde Pública,v.46,n.6,p.969-977,2012

0034-8910

http://www.producao.usp.br/handle/BDPI/38267

10.1590/S0034-89102013005000002

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0034-89102012000600006&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract&pid=S0034-89102012000600006&lng=en&nrm=iso&tlng=en

http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_pdf&pid=S0034-89102012000600006&lng=en&nrm=iso&tlng=en

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo

Relação

Revista de Saúde Pública

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Hanseníase, complicações #Hanseníase, epidemiologia #Saúde do Portador de Deficiência ou Incapacidade #Pessoas com Deficiência #Terapia Ocupacional #Estudos Transversais #Leprosy, complications #Leprosy, epidemiology #Leprostatic Agents, therapeutic use #Disabled Persons #Occupational Therapy #Cross-Sectional Studies #Lepra, complicaciones #Lepra, epidemiologia #Leprostáticos, uso terapêutico #Personas con Discapacidad #Terapia ocupacional #Estudios Transversales
Tipo

article

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