Anestesia total intravenosa em uma mula


Autoria(s): Braga, Gabriel Isola; Trein, Thomas Alexander; Toledo, Paula Silva de; Chaves, Arthur Araújo; Santos, Paulo Sergio Patto dos; Oliva, Valéria Nobre Leal de Souza; Lucas, Flávia de Almeida
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

28/01/2016

28/01/2016

2012

Resumo

Apesar da literatura sobre anestesia em equinos ser ampla, referências sobre técnicas e fármacos anestésicos em muares são escassas. Nesse contexto objetivou-se relatar o caso de uma mula com um ano e meio de idade, fêmea, pesando 232 Kg, que foi atendida no Hospital Veterinário da UNESP de Araçatuba no dia com queixa de ferida granulomatosa no membro torácico direito, na região da quartela. Ao exame físico o animal apresentava frequência cardíaca (FC) de 56 batimentos por minuto (bpm), respiratória (f) de 44 movimentos por minuto (mpm), temperatura retal de 38,1 (T°), mucosas róseas e tempo de preenchimento capilar (TPC) de dois segundos. A ferida apresentava-se com tecido de granulação exuberante, em que a remoção cirúrgica foi indicada. O hemograma completo foi realizado antes da cirurgia, não apresentando alterações significativas. Como medicação pré-anestésica (MPA) utilizou-se xilazina 2% (0,5 mg/Kg/IV) associada com Acepromazina 1% (0,05 mg/Kg/IV). Em seguida, foi feita a indução anestésica com Cetamina 10% (2 mg/kg/IV) e Midazolam 0,5% (0,05 mg/kg/IV). Concomitantimente, foi realizado o bloqueio do nervo sesamóide abaxial lateral e medial com 5 ml de Lidocaína 2% em cada ponto. A cirurgia foi realizada com o animal em decúbito lateral esquerdo, empregando-se anestesia total intavenosa (TIVA), empregando-se a associação do Éter Gliceril Guaiacol (EGG) 5%, Xilazina 2% (1mg/ML) e Cetamina 10% (2 mg/ML). O volume total infundido, totalizando duas bolsas de 250 ml, foi administrado em uma hora e meia de cirurgia. O paciente manteve-se estável durante toda a cirurgia e foi continuamente monitorado quanto a profundidade anestésica por meio dos estágios e planos de Guedel, bem como com a mensuração das frequências cardíaca (FC), que se manteve entre 35 a 40 bpm e respiratória (f) mantida entre 25 a 28 mpm. Ao termino do procedimento cirúrgico o paciente permaneceu assistido durante toda a recuperação, sendo essa tranquila e de boa qualidade, com o paciente assumindo a posição quadrupedal em 15 minutos. A técnica anestésica empregada foi adequada, eficiente e se mostrou viável para realização de cirurgias a campo em muares.

Formato

26-27

Identificador

http://www.fmvz.unesp.br/rvz/index.php/rvz/article/view/436/330

Veterinária e Zootecnia, v. 19, n. 2 supl 2, p. 26-26, 2012.

0102-5716

http://hdl.handle.net/11449/133078

ISSN0102-5716-2012-19-02-26-27.pdf

5331938962896664

Idioma(s)

por

Relação

Veterinária e Zootecnia

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Muares #Anestesia geral #Infusão contínua #EGG
Tipo

info:eu-repo/semantics/conferenceObject