Influências do envelhecimento e do ambiente sobre a progressão da encefalite experimental por arbovírus Piry em modelo murino: mudanças morfológicas microgliais e alterações comportamentais


Autoria(s): SOUSA, Aline Andrade de
Contribuinte(s)

DINIZ, Cristovam Wanderley Picanço

Data(s)

11/12/2014

11/12/2014

2014

03/10/2014

Resumo

O enriquecimento ambiental e os efeitos do envelhecimento sobre as alterações morfológicas das micróglias e no comportamento foram investigados em modelo murino de encefalite sub-letal por arbovírus. Para medir possíveis influências da idade e do ambiente sobre a progressão da encefalite, camundongos suíços albinos fêmeas de 2 meses de idade foram mantidos em Ambiente Padrão (AP) ou em Ambiente Enriquecido (AE), durante: 6 meses (Adulto - A) e 16 meses (Senil –S). Após os testes comportamentais, os camundongos A e S foram inoculados intranasalmente com igual volume de homogenado de cérebro de camundongo infectado pelo vírus Piry (Py) ou homogenado de cérebro de camundongo normal. Oito dias após a inoculação (8DPI), quando os primeiros testes comportamentais revelaram as alterações relacionadas à doença, os cérebros foram seccionados e inumomarcados seletivamente para IBA-1 e antígenos virais. Aos 20 ou 40DPI, os animais restantes foram testados comportamentalmente e processados para os mesmos marcadores e nenhum sinal neuropatológico foi detectado. Em camundongos adultos infectados o ambiente padrão (APPyA), a atividade de burrowing diminuiu e se recuperou rapidamente (8-10DPI), a atividade de campo aberto (20-40DPI), mas manteve-se inalterado em animais da mesma idade e de ambiente enriquecido (AEPyA). Em contraste animais senis tanto de ambiente enriquecido (AEPyS) quanto de ambiente empobrecido (APPyS) reduzem significativamente a atividade de burrowing em todas janelas. A encefalite causada pelo virus Piry, induziu perdas olfativas transitórias em animais APPyA e AEPyA, mas permanents em APPyS e AEPyS. A imunomarcação para os antígenos viral do Piry atingiram seu pico no parênquima do SNC aos 5 e 6DPI e desapareceu aos 8DPI. Todas as reconstruções tridimensionais das micróglias, foram realizadas aos 8DPI. Mudanças Microgliais foram significativamente mais graves em camundongos adultos do que em camundongos senis, mas os animais AE parecem recuperar a morfologia microglia homeostática mais cedo do que os animais de AP. Os efeitos benéficos do AE foram menores em camundongos envelhecidos.

ABSTRACT: Environmental enrichment and aging effects on behavioral and microglial morphological changes were investigated in a murine model of sub-lethal arbovirus encephalitis. To that end two-months-old female albino Swiss mice were raised in impoverished (IE) or in enriched environments (EE) during 6 (young - Y) or 16 (aged - A) months. After behavioral tests, Y and A mice were nasally instilled with an equal volume of Piry virus infected (Py) or normal brain homogenates. Eight days post-infection (DPI), when behavioral tests first revealed sickness changes, mice brains sections were immunoreacted with anti-IBA1 and anti-Piry virus antibodies. At 20 and 40 dpi, the remaining infected animals were behaviorally re-tested, and processed for the same markers. In infected young mice from impoverished environment (IYPy), burrowing activity decreased and recovered earlier (8–10 dpi) than open field activity (20–40 dpi) but remained unaltered in age-matched mice from enriched environment (EYPy). In contrast, aged infected mice, both from enriched (EAPy) and impoverished (IAPy) environments, reduced significantly burrowing activity at all-time windows. Piry virus encephalitis induced transitory olfactory losses in IYPy and EYPy but permanent in IAPy and EAPy. Piry virus antigens immunolabeling reached a peak in CNS parenchyma at 5 and 6dpi and disappeared at 8dpi. All microglia three-dimensional reconstructions were done at 8dpi. Microglial changes were significantly more severe in young adult than in aged mice but EY mice seem to recover to the microglial homeostatic morphology earlier than IY. EE beneficial effects were smaller in aged mice.

Identificador

SOUSA, Aline Andrade de. Influências do envelhecimento e do ambiente sobre a progressão da encefalite experimental por arbovírus Piry em modelo murino: mudanças morfológicas microgliais e alterações comportamentais. 2014. 113 f. Tese (Doutorado) – Universidade Federal do Pará, Instituto de Ciências Biológicas, Belém, 2014. Programa de Pós-Graduação em Neurociências e Biologia Celular.

http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/6148

Idioma(s)

por

Direitos

Open Access

Palavras-Chave #Encefalite viral #Vírus Piry #Envelhecimento #Alterações morfológicas #Microglia #Arbovírus
Tipo

doctoralThesis