Color vision loss in patients treated with chloroquine


Autoria(s): VENTURA, Dora Selma Fix; SILVEIRA, Luiz Carlos de Lima; NISHI, Mauro; COSTA, Marcelo Fernandes da; GUALTIERI, Mirella; ALEXANDRE, Ruth Mayanna Araújo dos Santos; PINTO, Carolina Trindade; MOURA, Ana Laura de Araújo; RODRIGUES, Anderson Raiol; SAKURADA, Claudio; SAUMA, Maria de Fátima L. C.; SOUZA, John Manuel de
Data(s)

07/08/2014

07/08/2014

2003

Resumo

Pacientes que fazem uso de cloroquina ou hidróxi-cloroquina, drogas que são freqüentemente administradas para o tratamento de artrite reumatóide, lúpus eritrematoso ou malária, podem sofrer alterações na visão de cores e na sensibilidade de contraste. O presente estudo avaliou a função visual destes pacientes em um estudo conjunto da Universidade de São Paulo (USP), em São Paulo, e da Universidade Federal do Pará (UFPA), em Belém. Trinta e dois pacientes usuários de cloroquina sem alterações no exame de fundo de olho foram avaliados em São Paulo (n=10, 38 a 71 anos, média=55,8 anos) e em Belém (n=22, 20 a 67 anos, média=40 anos). A dose acumulada de cloroquina prescrita foi de 45 a 430 g (média=213 g; dp=152 g) para o grupo de São Paulo, e de 36 a 540 g (média=174 g; dp=183 g) para o grupo de Belém. Os testes foram realizados monocularmente com o estado refracional corrigido. A discriminação de cor foi avaliada utilizando o Teste de Cor de Cambridge (CCT): o limiar de discriminação de cor foi mensurado primeiro nos eixos protano, deutano e tritano, e em seqüência, três elipses de MacAdam foram determinadas. A visão de cores dos pacientes também foi avaliada com testes de arranjo de cores: o teste de 100 matizes de Farnsworth-Munsell (FM100), o D15 de Farnsworth-Munsell, e o teste Lanthony Dessaturado (D15d). A sensibilidade de contraste foi também medida com grades senoidais preto-e-brancas em 22 pacientes. Os resultados foram comparados com controles sem patologias oftalmológicasou neuro-oftalomológicas. 24 pacientes apresentaram discromatopsia adquirida, com perdas seletivas (11 pessoas) ou difusas (13 pessoas). Embora as perdas estivessem presentes no FM100, não houve correlação entre o escore de erro do FM100 e a área elíptica medida pelo CCT. Além disso, três pacientes que tiveram escores normais no FM100 falharam para alcançar limiares normais no CCT. O teste de Lanthony foi menos sensível do que os outros dois testes, tal que falhou em indicar perda em cerca de metade dos pacientes afetados, e o D15 foi o teste menos sensível, deixando de indicar déficits em 9 de 10 pacientes. A sensibilidade de contraste esteve dentro dos valores normais para pacientes submetidos a este teste. A extensão das perdas na discriminação de cores foi positivamente correlacionada com a dose acumulada. O CCT é recomendado para o acompanhamento destes pacientes, pois forneceu dados quantitativos que podem ser diretamente interpretados no espaço cromático da CIE (Commission Internationelle d'Éclairage).

ABSTRACT: Patients that make use of chloroquine or hydroxychloroquine, drugs which are frequently administered for treatment of rheumatoid arthritis, lupus erithromatosus or malaria, may suffer alterations in color vision and in contrast sensitivity. The present work evaluates the visual function of these patients in a joint study of the University of São Paulo (USP), in São Paulo, and of the Federal University of Pará (UFPA), in Belém. Thirty two chloroquine user patients without alterations in the eye fundus exam were evaluated in São Paulo (n=10; aged 38 to 71 years; mean=55,8 years) and in Belém (n=22; aged 20 to 67; mean=40 years). The prescribed accumulated chloroquine dose was 45 to 430 g (mean=213 g; sd = 152 g) for the São Paulo group, and 36 to 540 g (mean=174 g; sd=183 g) for the Belém group. Tests were performed monocularly with corrected eye refractive state. Color discrimination was evaluated using the Cambridge Colour Test (CCT): the color discrimination threshold was measured first in the protan, deutan and tritan axes and, in succession, three MacAdam's ellipses were determined. The patient's color vision was also evaluated with color arrangement tests: the Farnsworth-Munsell 100 Hue (FM100), the Farnsworth-Munsell D15, and the Lanthony Desaturated (D15d) tests. We also measured the contrast sensitivity for black-and-white sine wave grating of twenty two patients. The results were compared with controls without ophthalmologic or neuro-ophthalmologic pathologies. Twenty four patients presented acquired dyschromatopsia. There were cases of selective loss (11 patients) and of diffuse loss (13 patients). Although losses were present in the FM100 there was no correlation between the FM100 error score and the ellipse area measured by the CCT. Moreover, three patients that scored normal in the FM100, failed to reach normal threshold in the CCT. The Lanthony test was less sensitive than the other two tests, since it failed to indicate loss in about half the patients, and the D15 was the least sensitive test, having failed to indicate loss in 9 out of 10 patients. Contrast sensitivity was within normal values for patients submitted to this test. The extent of losses in color discrimination was positively correlated with the accumulated dose. The CCT is recommended for follow up since it provides quantitative data that can be directly interpreted in CIE (Commission Internationalle d'Éclairage) color space.

Identificador

VENTURA, Dora F. et al. Color vision loss in patients treated with chloroquine. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, São Paulo, v. 66, n. 5, supl., p. 9-15, 2003. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/abo/v66n5s0/a02v6650.pdf>. Acesso em: 12 fev. 2014. <http://dx.doi.org/10.1590/S0004-27492003000600002>.

0004-2749

http://repositorio.ufpa.br/jspui/handle/2011/5417

Idioma(s)

eng

Direitos

Open Access

Palavras-Chave #Cloroquina #Visão de cores #Sensibilidade de contraste #Percepção visual #Discromatopsia
Tipo

article