IL-10 na patogênese da infecção por Leishmania infantum


Autoria(s): Monteiro, Glória Regina de Góis
Contribuinte(s)

Jerônimo, Selma Maria Bezerra

CPF:82919828487

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CPF:15603016434

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Sousa, Anastácio de Queiroz

CPF:05139066300

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Nascimento, Eliana Lúcia Tomaz do

CPF:20167415468

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Costa, Marcos Romualdo

CPF:05278916737

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Carvalho, Maria Goretti Freire de

CPF:05601592420

http://lattes.cnpq.br/8934375314306198

Data(s)

17/12/2014

02/04/2014

17/12/2014

10/05/2013

Resumo

Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico

Leishmaniose visceral (LV) é uma doença, potencialmente, fatal cujo agente etiológico nas Américas é a espécie Leishmania infantum. No Brasil, a LV era uma doença predominantemente rural até os anos 80, quando epidemias passaram a ocorrer nas grandes cidades, devido à migração da população para periferia dos centros urbanos, especialmente, na região nordeste. A infecção por leishmania pode evoluir com um amplo espectro clínico que é dependente da resposta imune desenvolvida pelo hospedeiro. Notadamente, 80% a 90% da infecção humana é subclínica ou assintomática, mas os fatores que determinam a evolução para doença não são completamente esclarecidos. O controle da infecção por leishmania é dependente da imunidade celular mediada por IFN-. Está demonstrado que a leishmania suprime a resposta microbicida do macrófago. Estudos prévios sugerem que o perfil genético do hospedeiro contribui para a evolução clínica após a infecção. O objetivo deste estudo foi avaliar o papel da Interleucina 10 na patogênese da LV e avaliar a expressão de genes envolvidos na resposta imune, frente à infecção por L. infantum. Foram avaliados pessoas com LV, com infecção assintomática por leishmania e doadores de sangue oriundos da área endêmica para LV. Os fenótipos foram determinados por avaliação clínica, determinação de presença de anticorpo antileishmania (Ac) e resposta celular (DTH). A análise da expressão gênica foi realizada com amostras de RNA isoladas de pessoas na fase aguda da doença e três meses após o tratamento, utilizando células mononucleadas do sangue periférico, após estimulação com antígeno solúvel de leishmania (SLA). A média IL-10 sérico nos diferentes grupos foi: LV 91,73pg/mL ± 63,62 (n=229), DTH-AC+ 20,15pg/mL ± 25,67 (n=40), DTH+AC- 11,32pg/mL ± 10 (n=72), DTH+AC+ 9,88pg/mL ± 5,59 (n=32), DTHAC- 3,01pg/mL ± 6,59 (n=145), (p<0,01). Nas pessoas assintomáticas, com cultura de sangue positiva para leishmania e anticorpos antileishmania positiva, a média de IL-10 foi 2,18pg/mL (n=60). As pessoas com LV na fase inicial do tratamento apresentaram níveis mais elevados de IL-10, quando comparados com os demais fenótipos (P< 0,0001). Pessoas com o fenótipo DTH-AC+, apresentaram níveis de IL-10 maiores que os demais grupos com infecção assintomática ou potencialmente expostos a Leishmania (DTH+AC-, DTH+AC+ e DTH-AC-). A média de IL-10 entre homens e mulheres com LV foi de 103,77pg/mL ± 3,89 e 64,06pg/mL ± 4,78 mostrando uma diferença significativa (p<0,0001). No grupo de doadores não houve diferença significativa entre o sexo masculino 1,64pg/mL ± 6,48 e feminino 0,89pg/mL ± 11,33. Contudo os níveis de IL-10 foram significativamente superiores na LV (p<0,0001) apontando o papel relevante desta citocina na patogênese da doença. Foram identificados 362 genes com expressão diferencial entre a fase sintomática e pós-recuperação. Entre os genes expressos na fase aguda foram identificados genes relacionados ao metabolismo lipídico, APOC1 (p<0,055 fold change -1,68), ao ciclo da uréia ARG1 (p<0,05 fold change -2,89) e um gene envolvido no processo biossintético da glicina DHFR (p<0,01 fold change -2,15). Genes codificadores de proteínas relacionadas à infecção aguda, como, quimiocinas CXCL5 (p 0,032 fold change 1,92), CXCL10 (p<0,051 fold change 2,63), CCL22 (p 0,046 fold change 2,00) foram super expressos após a recuperação (três meses após tratamento). A comparação da expressão gênica evidenciou, entre outros dados, supressão de genes de quimiocinas (CXCL5 e CXCL10), indução dos genes da biossíntese de lipídeos (APOC1) e da Arginase1. Os dados indicam vias, até então não relatadas, possivelmente envolvidas na patogênese da infecção por Leishmania infantum. A análise de microchips de DNA é uma importante ferramenta para estudar a expressão gênica global; ao mesmo tempo a IL-10 é um marcador de doenças e sua inibição ou via relacionada pode ser um potencial alvo terapêutico

Formato

application/pdf

Identificador

MONTEIRO, Glória Regina de Góis. IL-10 na patogênese da infecção por Leishmania infantum. 2013. 107 f. Tese (Doutorado em Ciências da Saúde) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013.

http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/handle/123456789/13316

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

BR

UFRN

Programa de Pós-Graduação em Ciências da Saúde

Ciências da Saúde

Direitos

Acesso Aberto

Palavras-Chave #IL-10. Leishmaniose visceral. Infecção. Leishmania infantum. Patogenese. Sexo #CNPQ::CIENCIAS DA SAUDE
Tipo

Tese