Prevalência da infecção por Chlamydia Trachomatis em mulheres atendidas no Programa de rastreamento do câncer de colo do útero


Autoria(s): Magalhães, Paulo André Freire
Contribuinte(s)

Fernandes, José Veríssimo

CPF:05247709489

http://lattes.cnpq.br/0110918601799246

CPF:09457135415

http://lattes.cnpq.br/7078820975978056

Cornetta, Maria da Conceição Mesquita

CPF:35303646491

http://lattes.cnpq.br/7465090403635260

Araújo, Joselio Maria Galvão de

CPF:01016476469

http://lattes.cnpq.br/6430774978643765

Data(s)

17/12/2014

25/02/2014

17/12/2014

08/08/2013

Resumo

Genital infection with Chlamydia trachomatis is now recognized as one of the most prevalent sexually transmitted infections (STDs). Despite major advances in laboratory diagnosis techniques, primarily the character of asymptomatic chlamydial infection in both men and in women constitutes the basis for the formation of reservoirs that perpetuate transmission and acquisition of this and other STDs. The asymptomatic in women favors the rise of infection to the upper genital tract, causing injuries that can result in infertility. An examination of population screening for early detection and treatment of asymptomatic infections is the key step in combating this major public health problem. The present study aimed to evaluate the prevalence of infection by C. trachomatis in sexually active women attended the screening program for cervical cancer of the uterus in health facilities in municipalities in different regions of the State of Rio Grande do Norte, and identify factors that may contribute to the spread of this pathogen and its relationship with the lesions of the uterine cervix. It is a cross-sectional study aimed at detecting the presence of genital tract infection by C. trachomatis either in isolated form or in association with human papilloma virus (HPV) infection in asymptomatic women. Were included in this study, a total sample of 1,134 women aged 13-76, mean 34.4 years, from March 2008 to September 2012. Specimens containing exfoliated cells of the epithelium of the uterine cervix were analyzed by examining Pap cytology for the detection of possible injuries, and the polymerase chain reaction (PCR) for detection of plasmid DNA from C. trachomatis and HPV. Infection with C. trachomatis was detected with overall prevalence rate of 8.1% in the isolated form and 2.8% in co-infection with HPV. The infection was detected in 7.4% of women with normal cytology 11.5% of those with atypical cells of undetermined significance (ASC-US) and 16.7% of those with low-grade squamous intraepithelial lesion (LSIL). We observed an association between C. trachomatis and incidence of low-grade squamous intraepithelial lesion (LSIL). The genital tract infection by C. trachomatis alone was associated with education level, ethnicity and parity, revealing that women with higher education, those of non-white ethnicity and those who had three or more pregnancies were more likely to acquire infection. Levels very close to statistical significance were observed for chronological age, age at first sexual intercourse and first pregnancy. There was no association with marital status, number of sexual partners. Co-infection with C. trachomatis and HPV was detected in 2.3% of women with normal cytology, who had 5.1% in ASC-US and 10.4% in those with LSIL. No association was found between infection C. trachomatis and increased risk of HPV infection, but women with simultaneous infection by both pathogens showed greater risk for LSIL. Co-infection was more prevalent among single women, who had in the first sexual intercourse under 18 years and those who had two or more sexual partners over a lifetime

Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior

A infecção genital por Chlamydia trachomatis é reconhecida atualmente como uma das mais prevalentes infecções sexualmente transmissíveis (IST). Apesar dos grandes avanços das técnicas de diagnóstico laboratorial, o caráter primariamente assintomático da infecção clamidial tanto em homens, quanto em mulheres constitui-se na base para formação de reservatórios que perpetuam a transmissão e a aquisição desta e de outras IST. A forma assintomática em mulheres favorece a ascensão da infecção para o trato genital superior, ocasionando agravos que podem resultar em infertilidade. O exame de triagem populacional para a detecção precoce e o tratamento das infecções assintomáticas é o procedimento chave no combate a este importante problema de saúde pública. O presente estudo teve como objetivo avaliar a prevalência da infecção por C. trachomatis em mulheres sexualmente ativas atendidas pelo programa de rastreamento do câncer de colo do útero em unidades de saúde de municípios das diferentes regiões do Estado do Rio Grande do Norte, bem como identificar fatores que podem contribuir para a disseminação desse patógeno e sua relação com as lesões da cérvice uterina. Trata-se de um estudo transversal que visa detectar a presença de infecção do trato genital por C. trachomatis seja na forma isolada, ou em associação com o vírus do papiloma humano (HPV) em mulheres assintomáticas. Foram estudadas 1.134 mulheres com idade variando de 13 a 76, média de 34,4 anos, no período de março de 2008 a setembro de 2012. Espécimes contendo células descamadas do epitélio da cérvice uterina foram analisados por meio do exame citológico de Papanicolau para a detecção de possíveis lesões, e pela reação em cadeia da polimerase (PCR) para detecção do DNA plasmidial da C. trachomatis e do HPV. A infecção por C. trachomatis foi detectada com taxa de prevalência global de 8,1%, na forma isolada e de 2,8% em co-infecção com HPV. A infecção foi detectada em 7,4% das mulheres com citologia normal, 11,3% daquelas com células atípicas de significado indeterminado (ASC-US) e 16,7% das que tinham lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL). Observou-se associação entre C. trachomatis e ocorrência de lesão intraepitelial de baixo grau (LSIL). A infecção do trato genital por C. trachomatis sozinha mostrou-se associada com escolaridade, etnia e número de gestações, revelando que as mulheres com maior escolaridade, as de etnia não branca e aquelas que tiveram três ou mais gestações apresentaram maiores chances de adquirir infecção. Níveis muito próximos da significância estatística foram observados, para idade cronológica, idade do primeiro intercurso sexual e da primeira gestação. Não se observou associação com situação conjugal e número de parceiros sexuais. A co-infecção por C. trachomatis e HPV foi detectada em 2,3% das mulheres com citologia normal, 5,1% nas que tinham ASC-US e 10,4% naquelas com LSIL. Não se observou associação entre a infecção C. trachomatis e aumento de risco de infecção pelo HPV, mas as mulheres com infecção simultânea pelos dois patógenos apresentaram maior risco de ter LSIL. A co-infecção foi mais prevalente nas mulheres solteiras, nas que tiveram o primeiro intercurso sexual com menos de 18 anos e nas que tiveram dois ou mais parceiros sexuais ao longo da vida

Formato

application/pdf

Identificador

MAGALHÃES, Paulo André Freire. Prevalência da infecção por Chlamydia Trachomatis em mulheres atendidas no Programa de rastreamento do câncer de colo do útero. 2013. 70 f. Dissertação (Mestrado em Biodiversidade; Biologia Estrutural e Funcional.) - Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2013.

http://repositorio.ufrn.br:8080/jspui/handle/123456789/13097

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Federal do Rio Grande do Norte

BR

UFRN

Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas

Biodiversidade; Biologia Estrutural e Funcional.

Direitos

Acesso Aberto

Palavras-Chave #Doenças sexualmente transmissíveis. Chlamydia trachomatis. Papilomavírus humano. Exame citológico #Chlamydia trachomatis. HPV. Sexually transmitted diseases. Cytological examination #CNPQ::CIENCIAS BIOLOGICAS
Tipo

Dissertação