Formação da dívida externa brasileira como conseqüência do sistema financeiro desregulamentado : 1969-1982


Autoria(s): Lopes, Paulo Muller
Contribuinte(s)

Corazza, Gentil

Data(s)

06/06/2007

1998

Resumo

Esta dissertação trata da formação da dívida externa brasileira, no período 1969-82, como conseqüência do sistema financeiro desregulamentado (euromercado) em operação. Este sistema formou-se e estruturou-se no pós II Guerra Mundial. Até o final da década de 1960, o euromercado acumulou grande quantidade de dólares fora dos Estados Unidos (eurodólares) e criou instrumentos e estruturas para a captação de dinheiro expatriado. A partir de 1970, atuou ativamente oferecendo empréstimos, sem condicionalidades, mas com taxas de juros flutuantes, que deram origem à dívida externa internacional e, especialmente, à brasileira. Esta formou-se, no período estudado, em três etapas: a primeira, 1969-73, foi predominantemente para acumular reservas internacionais, sendo, por isso, especulativa; a segunda, 1974-78, consumiu-se em custos crescentes da dívida, principalmente custos financeiros crescentes, e acumulou-se parcialmente em reservas internacionais, constituindo-se, assim, numa etapa transitória para o endividamento só para cobrir custos financeiros da dívida; na última etapa, 1979-82, formou-se dívida só para pagar juros da dívida e, por isso, foi puramente financeira. A dívida externa brasiliera formou-se, assim, predominantemente em função dos interesses do sistema financeiro desregulamentado, sendo, portanto, uma conseqüência da ação do mesmo.

Formato

application/pdf

Identificador

http://hdl.handle.net/10183/1418

000123739

Idioma(s)

por

Direitos

Open Access

Palavras-Chave #Divida externa : 1969-1982 : Brasil #Financiamento externo #Euromercado #Sistema financeiro internacional #Fundo Monetario Internacional.
Tipo

Dissertação