Governança corporativa nas transnacionais brasileiras


Autoria(s): THOMAZ, Nelson Afonso
Contribuinte(s)

SILVA, Laércio Baptista da (orientador)

Data(s)

16/09/2014

16/09/2014

16/09/2014

Resumo

Dissertação de Mestrado apresentada como exigência parcial para obtenção do título de Mestre em Administração no Programa de Pós-graduação em Administração – Mestrado da Universidade Municipal de São Caetano do Sul

Os processos envolvendo controles e apresentação de resultados vêm evoluindo no decorrer do tempo e motivando as empresas a buscarem o seu aprimoramento, visando atender às exigências do que se denomina como Governança Corporativa. A essas exigências, inúmeras empresas do mundo todo vêm se tornando adeptas, seja pela obrigatoriedade de Lei, seja por livre iniciativa. As empresas genuinamente brasileiras que operam no exterior (EBT) podem ou não optar por essas práticas em seus processos de gestão. Nesse sentido, a presente dissertação busca a resposta para a seguinte pergunta: qual seria a relação entre as práticas de governança corporativa e o processo de internacionalização de empresas brasileiras? Além disso tem como objetivos específicos: a) verificar se as EBT efetivamente possuem práticas de GC não estando listadas da Bolsa de Valores e, em caso positivo, como isso está estruturado organizacionalmente; b) verificar se o fato de essas empresas operarem de forma transnacional as obriga a atuarem em mercado bursátil quando necessitam de recursos para seus projetos e investimentos internos. Para buscar resposta a este questionamento, quarenta e sete (47) empresas que operam no Brasil e no exterior (EBT), e outras 39 não transnacionais (NR), nos mesmos segmentos econômicos foram convidadas a responder a uma survey que foi dirigida aos responsáveis pelo Departamento de Relação com Investidores, cujo objetivo é identificar práticas de GC nessas organizações. Tendo em vista a dificuldade para obtenção de respostas, como apoio, foram utilizadas informações coletadas do Formulário de Referência (FR) da CVM, para as empresas que não responderam a pesquisa, uma vez que no referido formulário são encontradas as informações solicitadas aos respondentes. Os dados levantados foram tratados através do software estatístico SPSS, de forma não paramétrica, no qual foram apuradas as medidas de posição, dispersão entre outras, sendo realizados os testes Quiquadrado,Mann-Whitney e teste de Fisher, apontando assim as possíveis diferenças entre os tipos de empresas estudadas. Ao final dos levantamentos, não foram observadas diferenças no tratamento das variáveis em questão por parte das empresas estudadas. A única diferença a ser considerada significativa é no tipo de empresa que está sendo levada em consideração neste estudo. No que diz respeito à relação das EBT e a GC, observa-se que nessas empresas há indícios de que os processos de GC estão implícitos no processo de gestão, face à necessidade de adaptabilidade dessas empresas aos mercados e legislação internacionais. Todavia,observa-se também que não se faz necessária a abertura de capital por parte dessas empresas para que estejam operando internacionalmente. No levantamento da FDC (2012), vê-se que entre as empresas classificadas nas dez primeiras posições, cinco (50%) não possuem capital aberto, o que significa dizer que mesmo não operando no mercado bursátil essas empresas podem operar no mercado exterior, desde que se adaptem às exigências legais do país parceiro. A presente dissertação abre precedentes para novos trabalhos envolvendo práticas de GC em EBT, uma vez que não há um volume considerável de estudos que tratam dessa relação, o que pode colaborar futuramente com o aprofundamento do tema e o entendimento mais conciso da internacionalização das empresas brasileiras e seus processos de gestão.

sim

Identificador

http://repositorio.uscs.edu.br/handle/123456789/472

Idioma(s)

pt_BR

Palavras-Chave #Governança Corporativa #Transnacionais #Relação com Investidores #Bolsa de valores
Tipo

Tese ou dissertação