Arte rupestre do Vale do Tejo. Um ciclo artístico-cultural pré e proto-histórico


Autoria(s): Gomes, Mário Varela
Contribuinte(s)

Vicente, António Pedro

Silva, Armando Coelho Ferreira da Silva

Data(s)

05/01/2011

2010

Resumo

Dissertação apresentada para cumprimento dos requisitos necessários à obtenção do grau de Doutor em História, especialidade Arqueologia

Esquecida há mais de dois mil anos na solidão agreste do profundo vale médio do maior rio da Península Ibérica, na sua região centro-oeste, a arte rupestre do Tejo seria descoberta acidentalmente em 1971. Como que por ironia, três anos mais tarde, aquela desapareceria quase por completo, sob as águas da barragem de Fratel. As gravuras têm como suporte as superfícies naturais de afloramentos de xisto grauváquico, polidos pela erosão das águas fluviais ao longo dos milénios, e acompanham o rio durante sessenta quilómetros, entre os afluentes Erges e Ocresa, alternando de margens e concentrandose onde as plataformas rochosas são mais desenvolvidas. Outras gravuras foram detectadas em rios tributários do Tejo, como o Erges, o Sever e o Ocresa. O complexo rupestre do Tejo, conta aproximadamente com dez mil gravuras, grande parte das quais produzidas por picotagem, directa ou indirecta, executada através de artefactos líticos sobre rijas superfícies rochosas, a grande maioria horizontais. Elas constituem ciclo artístico iniciado, com raras figuras, no Paleolítico Superior (Gravetense-Solutrense) e que termina no I milénio a.C. (Idade do Ferro), contendo seis principais períodos holocénicos de realização. Somente inscrição dos inícios da romanização e poucas outras, muito mais modernas, grande parte referindo nomes pessoais, representam a produção de gravuras durante os tempos históricos.

Identificador

http://hdl.handle.net/10362/4771

Idioma(s)

por

Publicador

Faculdade de Ciências Sociais e Humanas, Universidade Nova de Lisboa

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Portugal #Gravuras rupestres #Evolução crono-estilística
Tipo

doctoralThesis