O impacto do excesso de gordura corporal sobre a remodelação óssea de adolescentes


Autoria(s): Fiorelli, Luciana Nunes Mosca
Contribuinte(s)

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Data(s)

23/05/2016

23/05/2016

05/04/2016

Resumo

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP)

Processo FAPESP: 2011/05991-0

Pós-graduação em Ginecologia, Obstetrícia e Mastologia - FMB

O excesso de peso e a osteoporose são grandes problemas de saúde pública, resultando em agravos à saúde da população. Objetivo: Investigar o impacto do excesso de gordura corporal sobre a remodelação óssea de adolescentes sobrepesos, obesos e superobesos, através da realização de densitometria óssea e dosagem de biomarcadores de formação e reabsorção óssea. Casuística e Métodos: Obteve-se peso, estatura e determinou-se o Índice de Massa Corpórea (IMC) de 391 adolescentes de 10 a 20 anos. Foram classificados em: eutróficos, sobrepesos, obesos e superobesos. Obtida a idade óssea, avaliação do conteúdo mineral ósseo (CMO) e densidade mineral óssea (DMO) através do DXA em coluna lombar, fêmur proximal e corpo total e subtotal, além da coleta de sangue para avaliação dos biomarcadores ósseos: osteocalcina (OC), fosfatase alcalina óssea (FAO) e telopeptídeo carboxiterminal (S-CTx). Realizou-se Análise de Variância, seguida do Teste de Tukey para comparação entre grupos. Utilizou-se modelo linear generalizado com distribuição gama para comparação entre grupos estratificados por sexo e, Correlação de Pearson para verificar as associações entre os três biomarcadores ósseos e massa magra (MM), massa de gordura (MG) e percentual de gordura corporal (% GC), IMC, CMO e DMO, com p<0,05. Resultados: No sexo feminino com excesso de peso os biomarcadores apresentaram maiores concentrações na faixa etária de 10 a 13 anos, e não houve diferenças estatísticas entre os grupos segundo estado nutricional. Nos meninos com excesso de peso, as médias dos marcadores apresentaram-se mais elevadas entre 13 a 15 anos. Segundo o estado nutricional, houve diferenças significativas apenas entre as médias do S-CTx nas faixas etárias entre 10-12 e 13- 15 anos, sendo mais elevadas nos adolescentes sobrepesos e obesos no grupo de 10- 12 anos e entre obesos e superobesos, no grupo de 13-15 anos. Evidenciou-se no sexo feminino correlações significativas e negativas entre MM, MG e % GC frente a cada um dos três marcadores ósseos avaliados. No sexo masculino não foram observadas correlações entre a MM e MG e os três biomarcadores, à exceção do %GC que apresentou correlação significativa com a OC. Conclusão: Quanto maior o percentual e a massa de gordura, no sexo feminino, menores foram os valores dos biomarcadores de remodelação óssea, o que indica que o excesso de gordura corporal provoca um efeito negativo em relação ao comportamento desses marcadores durante a adolescência.

Excess weight and osteoporosis are serious public health problems. Objective: To investigate the impact of excess body fat on bone remodeling in overweight, obese and extremely obese adolescents by bone densitometry and by measuring biomarkers of bone formation and resorption. Materials and Methods: Body weight, height and body mass index (BMI) were determined in 391 adolescents aged 10 to 20 years. The participants were classified as eutrophic, overweight, obese, and extremely obese. Bone age was obtained and bone mineral content (BMC) and bone mineral density (BMD) by DXA were evaluated in the lumbar spine, proximal femur, and total and subtotal body. Blood samples were collected for evaluation of the following bone biomarkers: osteocalcin, bone alkaline phosphatase (BAP), and serum carboxy-terminal telopeptide (S-CTx). Analysis of variance followed by the Tukey test was used for comparison between groups. A generalized linear model with gamma distribution was applied to compare the groups stratified by sex and Pearson‟s correlation test to evaluate associations between the three bone biomarkers and lean mass (LM), fat mass (FM), body fat percentage (BF%), BMI, BMC and BMD (p<0.05). Results: In girls with excess weight, the concentrations of the biomarkers were higher in the 10 to 13-year age group and no significant differences were observed between groups according to nutritional status. In boys with excess weight, the mean levels of the markers were higher in those aged 13 to 15 years. According to nutritional status, significant differences were only observed in mean S-CTx for the age groups between 10-12 and 13-15 years, with higher levels in overweight and obese adolescents aged 10-12 years and between obese and extremely obese adolescents aged 13-15 years. In girls, significant negative correlations were observed between LM, FM and BF% and each of the three bone markers studied. There was no correlation between LM or FM and the three biomarkers in boys, except for BF%, which was significantly correlated with osteocalcin. Conclusion: The higher the fat percentage and FM in girls, the lower the levels of the biomarkers of bone remodeling, indicating that excess body fat has a negative effect on the evolution of these markers during adolescence.

Identificador

http://hdl.handle.net/11449/138851

33004064077P2

Idioma(s)

por

Publicador

Universidade Estadual Paulista (UNESP)

Direitos

closedAccess

Palavras-Chave #Adolescentes #Conteúdo mineral ósseo #Densidade mineral óssea #Obesidade #Remodelação óssea #Osteoporose #Osteocalcina #Adolescents #Bone mineral content #Bone mineral density #Obesity #Bone remodeling #Osteocalcin
Tipo

info:eu-repo/semantics/doctoralThesis