A participação das crianças em Intervenção precoce: representações sociais das técnicas e das famílias


Autoria(s): Lapa, Manuela
Contribuinte(s)

Tomás, Catarina Almeida

Data(s)

15/11/2013

15/11/2013

01/11/2013

Resumo

Dissertação apresentada à Escola Superior de Educação de Lisboa para a obtenção de grau de Mestre em Ciências da Educação Especialização em Intervenção Precoce

Esta investigação tem como objetivo caracterizar as representações sociais de técnicas de intervenção precoce e de famílias sobre as crianças e os seus direitos, com especial enfoque nos direitos de participação em processos de intervenção precoce. No quadro de uma abordagem qualitativa, desenvolveu-se um estudo de caso no distrito de Setúbal, considerando para tal duas dimensões de análise: (i) as representações sociais das técnicas que fazem parte de uma equipa de intervenção precoce formalmente instituída, técnicas de serviço público e privado que apoiam crianças com planos de intervenção precoce; (ii) as representações sociais das famílias acompanhadas pelas técnicas. Do ponto de vista metodológico, num primeiro momento, foram aplicados questionários às técnicas e às famílias acompanhadas por uma Equipa Local de Intervenção (ELI). Num segundo momento, na possibilidade de investigar em profundidade os discursos dos sujeitos, foram realizadas quatro entrevistas semiestruturadas. A análise de dados foi feita através do recurso à categorização, comparação e análise da estrutura dos discursos, levando-nos à edificação de um texto analítico, descritivo, indutivo e interpretativo, tendo como quadro de referência teórico multidisciplinar: a Intervenção Precoce e a Sociologia da Infância. Na análise dos discursos produzidos pelas profissionais e pelas famílias, as crianças são representadas como sujeitos de direitos, sobretudo nas dimensões da proteção e da provisão. Não obstante, o direito de participação é marcado por barreiras associadas a questões como a idade, a maturidade e a deficiência/incapacidade(s) das crianças. Ligada a uma praxis de um modelo de intervenção centrado na família, as crianças são olhadas a partir da sua integração na família e na comunidade. Não obstante, quando pensadas em função dos seus direitos surgem ainda representações associadas a pressupostos dominantes sobre a sua não participação. Apesar de ser considerada como uma dimensão importante, é perceptível nos discursos das técnicas e das famílias a sua dificuldade em concretizar no contexto de IP.

Abstract This research aims to characterize the social representations of early intervention professionals and families about children and their rights, with particular focus on the rights of participation in processes of early intervention. As part of a qualitative approach, we developed a case study in the district of Setúbal, considering two dimensions to this analysis: (i) the social representations of the professionals that are part of a team of early intervention formally instituted, professionals of public and private services that support children with early intervention plans (ii) the social representations of families accompanied by this professionals. From the methodological point of view, at first, questionnaires were applied to professionals and families accompanied by a Local Intervention Team [ELI]. Secondly, through four semi-structured interviews we had the possibility to research in depth the subjects' speech. The data analysis was done using categorization, comparison and analysis of the structure of discourse, leading us to the construction of an analytic, descriptive, inductive and interpretive text, with the multi-disciplinary theoretical framework: Early Intervention and the Sociology of Childhood. Analyzed in the discourses produced by professionals and families, children are represented as subjects of rights, especially in the dimensions of protection and provision. Nevertheless, the right to participation is marked by barriers related to issues such as age, maturity and disability/disabilities of children. Bound to a praxis of an intervention model focused on the family, the children are looked has part integrated in the family and community. Nevertheless, when thought in relation to their rights arise representations associated with dominant assumptions about their non-participation. Despite being considered as an important dimension, is perceptible in the speeches of the professionals and their families’ difficulties to implement in the context of Early Intervention.

Identificador

Lapa, M. A participação das crianças em Intervenção precoce: representações sociais das técnicas e das famílias [Dissertation]. Escola Superior de Educação de Lisboa/Instituto Politécnico de Lisboa; 2013.

http://hdl.handle.net/10400.21/2925

201340836

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Direitos da criança #Participação #Técnicas de intervenção precoce #Famílias #Children’s rights #Participation #Professionals of early intervention #Families
Tipo

masterThesis