Estudo da atividade protetora de extratos vegetais contra stresse genotóxico


Autoria(s): Moreira, Renata Filipa de Sousa
Contribuinte(s)

Oliveira, Rui

Faleiro, Leonor

Data(s)

08/04/2016

08/04/2016

17/11/2015

2015

Resumo

Dissertação de mestrado, Biologia Molecular e Microbiana, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2015

No nosso dia-a-dia a estabilidade do nosso genoma está constantemente a ser atacada por vários agentes provenientes de fatores endógenos e exógenos, ao organismo. De entre estes agentes encontram-se os mutagénios químicos que causam mutações ao nível do DNA, por meio de reações químicas, o que pode alterar os mecanismos normais das células e consequentemente originar muitas doenças, nomeadamente cancro. Estes agentes estão presentes no ambiente, mas derivam essencialmente de drogas, como tabaco, álcool e substâncias ilícitas, e fármacos clínicos. Um dos grandes desafios, hoje em dia, é a exploração de novos agentes, que possam tratar uma variedade de doenças degenerativas ou melhorar a qualidade de vida em idades avançadas. A resistência à terapia é frequente na quimioterapia do cancro, impulsionando grupos de investigação na procura de novos compostos com novos mecanismos de ação anti cancro e com menos efeitos secundários. Assim, a comunidade científica centrou-se na exploração de plantas medicinais, usadas já pelos nossos antepassados, para fins curativos, devido aos seus compostos biologicamente ativos. De entre esses compostos, destacam-se os alcalóides, os terpenos e os fenóis. Estes compostos podem causar efeitos benéficos, pois estão associados a diversas atividades, das quais a atividade antioxidante, anticitotóxica e antigenotóxica são as mais frequentes, mas os mecanismos responsáveis por estas e outras atividades reportadas estão por aprofundar. Portanto, o nosso objetivo focou-se no estudo da atividade protetora de extratos vegetais, como extrato de Ginkgo biloba (GB), Dittrichia viscosa (IV) e Melissa officinalis (MO), contra stresse genotóxico provocado por dois agentes químicos, camptotecina (CPT) e nitroprussiato de sódio (SNP). Os ensaios foram realizados em dois modelos biológicos diferentes: na levedura Saccharomyces cerevisiae e na levedura Schizosaccharomyces pombe. Para investigar os efeitos protetores dos diferentes extratos, nos dois modelos biológicos, efetuaram-se ensaios de viabilidade, juntamente com camptotecina e nitroprussiato de sódio. O efeito antigenotóxico foi testado através do ensaio cometa, apenas na levedura S. cerevisiae e os mecanismos de proteção dos extratos envolveu a determinação da viabilidade celular, em estirpes mutantes, da levedura Sch. pombe, afetadas em mecanismos de regulação e reparação da resposta a danos de DNA. Os nossos resultados sugerem que CPT e SNP são substâncias que levam à perda de viabilidade celular e provocam danos no DNA, como se verificou nos ensaios de viabilidade e ensaio cometa. Os extrato de GB e IV mostraram proteção contra CPT, podendo essa proteção ser por indução da recombinação homóloga, como sugerem os resultados de ausência de proteção em mutantes afetados nesta via de reparação de DNA. Relativamente ao SNP, os extratos de GB e MO apresentam um efeito sinergístico, ou seja, potenciam o efeito do SNP quando adicionados em conjunto, como se observou no aumento da perda de viabilidade, enquanto que o extrato de IV parece proteger as células danificadas pelo SNP. A levedura Sch. pombe mostrou ser um melhor modelo para este ensaio do que a levedura S. cerevisiae.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.1/7955

201214679

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Biologia molecular #Genoma #DNA #Mutações #Cancro #Doenças degenerativas #Plantas medicinais #Extratos vegetais #Domínio/Área Científica::Ciências Naturais::Ciências Biológicas
Tipo

masterThesis