Novas abordagens no desenvolvimento de fármacos modificadores da doença de Alzheimer


Autoria(s): Simões, Diana Sofia dos Santos
Contribuinte(s)

Rocha, João

Data(s)

15/02/2016

15/02/2016

17/12/2015

2015

Resumo

Dissertação de mestrado, Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2015

A doença de Alzheimer é a doença neurodegenerativa mais comum, afeta 25 milhões de pessoas em todo o mundo, o que corresponde a cerca de 60-70% de todos os casos de demência. As principais características neuropatológicas são depósitos extracelulares de péptidos β-amilóide que formam placas amiloides, emaranhados neurofibrilares intracelulares de tau hiperfosforilada no cérebro e perda de neurónios. As primeiras manifestações clínicas são perda progressiva da memória e deterioração das funções cognitivas. Atualmente ainda não existe um mecanismo exato que explique a fisiopatologia da doença de Alzheimer, no entanto a cascata metabólica amiloide e a modificação pós-tradução da proteína tau são consideradas as hipóteses mais importantes. Outros mecanismos têm sido considerados como disfunção de neurotransmissores, a disfunção mitocondrial, o stress oxidativo, os fatores genéticos e ambientais. Os tratamentos atuais disponíveis para a doença de Alzheimer não alteram a progressão da doença, estão limitados ao alívio dos sintomas cognitivos, comportamentais e psicológicos. Existem duas classes de fármacos aprovadas que são os inibidores da acetilcolinesterase e os antagonistas dos recetores de glutamato de N-metil-D-aspartato. De momento ainda não existem fármacos modificadores da doença de Alzheimer disponíveis, mas no entanto muitos encontram-se em desenvolvimento em ensaios clínicos de fase III e destinam-se a modificar as etapas patológicas que conduzem à doença. As terapias modificadoras da doença em estudo têm como alvos principais a Aβ e a proteína tau e também a inflamação e os danos oxidativos. Os resultados obtidos nos ensaios clínicos realizados foram muito variáveis pelo que houve ensaios que não apresentaram resultados positivos, outros foram interrompidos devidos a reações adversas graves e outros apresentaram resultados inconsistentes. Por outro lado, alguns dos ensaios clínicos realizados obtiveram resultados positivos e promissores e ainda se encontram em estudo. Os resultados demonstram que ainda há um longo caminho a percorrer no desenvolvimento de fármacos modificadores da doença de Alzheimer mas no entanto os esforços a nível da investigação devem ser continuados de forma a melhor compreender a fisiopatologia da doença e a encontrar um tratamento efetivo para a mesma.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.1/7687

201179741

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Ciências farmacêuticas #Doença de Alzheimer #Doenças neurológicas #Neuropatologia #Fármacos #Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde
Tipo

masterThesis