Compostos de origem marinha com ação anti-inflamatória


Autoria(s): Rodrigues, Inna Glibka
Contribuinte(s)

Miguel, Maria Graça

Data(s)

13/02/2016

13/02/2016

18/12/2015

2015

Resumo

Dissertação de mestrado, Ciências Farmacêuticas, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade do Algarve, 2015

Durante milhares de anos, o ser humano tirou partido da capacidade da natureza para produzir remédios para tratar das doenças e outras perturbações. Com o desenvolvimento da Química e outras áreas do saber foi possível sair do saber meramente empírico para a separação e identificação dos compostos de origem natural com atividade farmacológica efetiva. A este respeito, o mundo marinho representa uma enorme reserva de compostos bioativos inexplorados ou, ainda, muito pouco explorados. A investigação científica tem identificado um número relativamente grande de compostos de origem marinha, principalmente algas e invertebrados, mas apenas uma percentagem relativamente pequena destes tem sido estudada quanto ao seu potencial como fármaco. Na última década, vários estudos têm revelado que a maioria de doenças crónicas como cancro, doenças neurológicas, diabetes, aterosclerose e doenças autoimunes apresentam desregulação de múltiplas vias de sinalização celular que têm sido associadas à inflamação. O objetivo deste trabalho foi estudar os mecanismos moleculares da inflamação e também fazer uma revisão dos estudos publicados sobre as potenciais propriedades farmacológicas e possível aplicação de muitos compostos marinhos no tratamento de doenças inflamatórias. Ao longo deste trabalho foi feita uma compilação, a partir de artigos de revisão, dos compostos marinhos descritos durante o período 1999-2011 e com potencial anti-inflamatório. Desta compilação foram encontrados descritos mais de uma centena de compostos. Durante a revisão bibliográfica sobre compostos marinhos com atividade anti-inflamatória entre o período 2013 e meados de 2015, encontraram-se mais de meia centena, isolados a partir de corais, algas marinhas, estrelas-do-mar, fungos marinhos, mexilhões, esponjas, entre outros. Tais compostos eram maioritariamente terpenos incluindo esteroides, alcaloides, glicolipídos, polissacáridos e ácidos gordos. Desta revisão resulta que se possa sugerir que a descoberta e investigação destes novos compostos de origem marinha com ação anti-inflamatória poderá representar uma nova alternativa terapêutica para tratar doenças inflamatórias e terá um grande potencial para a preparação de novos produtos farmacêuticos, cosmecêuticos e nutracêuticos.

Identificador

http://hdl.handle.net/10400.1/7673

201179652

Idioma(s)

por

Direitos

openAccess

Palavras-Chave #Ciências farmacêuticas #Inflamações #Organismos marinhos #Antiinflamatórios #Domínio/Área Científica::Ciências Médicas::Ciências da Saúde
Tipo

masterThesis