As relações interpessoais, stress e grau de satisfação da assistência domiciliária nos enfermeiros e cuidadores informais


Autoria(s): Santana, Ana Paula Pinheiro
Contribuinte(s)

Faria, Maria Cristina Campos de Sousa

Data(s)

31/01/2013

31/01/2013

2011

Resumo

Dissertação de mest., Psicologia (Psicologia da Saúde), Faculdade de Ciências Humanas e Sociais, Univ. do Algarve, 2011

O presente estudo foi concebido com o objectivo de investigar as Relações Interpessoais, o Stress e o Grau de Satisfação da Assistência Domiciliaria, quer no Enfermeiro, que executa funções no domicílio, quer no cuidador familiar. No âmbito desta investigação tivemos como objectivo compreender as Relações Interpessoais, stress e Grau de Satisfação de Assistência Domiciliária em dois grupos que se encontram interligados: Enfermeiros e Cuidadores Familiares. Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo e correlacional, numa amostra composta por 30 enfermeiros de Apoio Domiciliários e 30 cuidadores familiares, pertencentes aos cuidados de Saúde Primários. O estudo desenvolveu-se no Distrito de Beja, mais especificamente na Unidade de Saúde Familiar Alfa-Beja, e Centros de Saúde de Beja, Cuba, Serpa, e Castro Verde, numa zona onde a população se mostra cada vez mais envelhecida. Pareceu-nos pertinente apresentar uma introdução acerca de cada um dos temas em estudo (relações interpessoais, assistência domiciliaria, stress no enfermeiro e cuidador familiar) tentando abordá-los quer individualmente, quer na sua vertente de relação uns com os outros. Os dados foram recolhidos através de quatro instrumentos: o nível de stress - foi utilizado a escala para avaliar a Vulnerabilidade ao Stress (23QVS), de Vaz Serra (2000) e a Escala do Stress Percepcionado, sugerida para este estudo pelo mesmo autor; o Inventário de Relações Interpessoais de Barret-Leonard, e uma Escala para Avaliação da Qualidade da Assistência Domiciliária, elaborada para este estudo. No tratamento dos dados utilizamos o programa SPSS 12.0. Os resultados revelaram que o facto do cuidador familiar apresentar vulnerabilidade ao stress/stress percepcionado, não significa que tenha uma percepção negativa da relação com o enfermeiro que presta apoio domiciliário, demonstra ainda que não existe correlação entre a vulnerabilidade ao stress e a percepção das relações interpessoais, e que o facto do cuidador familiar ou o enfermeiro do apoio domiciliário estarem satisfeitos com a assistência domiciliária (prestada/efectuada), não interfere com as interações, cuidador (recepção) -enfermeiro (ação). Na parte final desta dissertação, propõem-se algumas medidas de intervenção a nível individual e organizacional para competências que enquadram também os níveis ético, deontológico e relacional sem os quais não poderia o enfermeiro desenvolver as suas intervenções à pessoa vulnerável por diversos motivos, sendo necessário que os enfermeiros deem mais visibilidade aos raciocínios analítico-interpretativos inerentes ao processo de cuidados presentes em cada situação específica. Se assim o fizerem estaremos a contribuir para a melhoria da percepção das relações interpessoais cuidador-enfermeiro, e satisfação da assistência domiciliária.

Identificador

159.98 SAN*Rel Cave

http://hdl.handle.net/10400.1/2168

Idioma(s)

por

Direitos

restrictedAccess

Palavras-Chave #Enfermeiro #Cuidador familiar #Stress #Relações interpessoais #Cuidados domiciliários #Satisfação domiciliária
Tipo

masterThesis