Padrões de distribuição e taxonomia para os porifera da região central do Algarve


Autoria(s): Pires, Francisco Rocha
Contribuinte(s)

Gonçalves, Jorge

Lopes, Maria Teresa

Data(s)

07/09/2011

07/09/2011

2007

Resumo

Dissertação de mest., Biologia Marinha, Faculdade de Ciências do Mar e do Ambiente, Universidade do Algarve, 2007

1. As esponjas ocorrem por todo o mundo, em praticamente todos os habitats aquáticos e a todas as profundidades. Dado o seu crescente interesse para monitorização de ecossistemas e na indústria farmacêutica é necessário o seu estudo aprofundado quer a nível ecológico como taxonómico. 2. Embora a informação disponível seja relativamente parca, sabe-se que factores como a luz, afectam a distribuição dos Porifera. Com os dados obtidos no projecto RenSub I e II do CCMAR – Grupo de Investigação Pesqueira, avaliou-se a influência da sazonalidade, variação espacial e profundidade na distribuição das esponjas marinhas. A área de amostragem dividiu-se em duas zonas: desde Albufeira a Vale do Lobo e desde a Galé a Barra Nova do Ancão, para uma gama de profundidades dos 0 aos 30m. Os dados obtidos foram tratados estatisticamente com o programa PRIMER v6 (Plymouth Routines in Multivariate Ecological Research). Phorbas fictitius foi a espécie com maior frequência de ocorrência, sendo seguida por Scopalina lophiropoda. Não se verificaram diferenças significativas na composição por espécies entre as estações do ano (p = 0,103), o que leva a considerar que a sazonalidade não influenciará a distribuição das esponjas marinhas. Existiram diferenças significativas na composição de espécies entre os locais estudados (p = 0,001). As diferenças mais relevantes foram entre Albufeira e Celas e, entre Anzol e Greta. Estes últimos locais encontram-se muito próximos um do outro e a profundidades semelhantes sendo as únicas diferenças observadas relativas à litologia e à topologia de fundo, sendo o local relevante na distribuição de esponjas. Houve variação significativa entre as várias classes de profundidade analisadas (p =0,004), na composição de espécies, logo, a distribuição das esponjas estará fortemente correlacionada com a profundidade. Foi ainda possível observar um padrão de distribuição a nível de abundância e riqueza, sendo caracterizado por valores reduzidos a profundidades inferiores a 10m e aumentando até um nível máximo por volta dos 15m, decrescendo novamente a profundidades superiores. 3. Para o estudo taxonómico realizaram-se mergulhos, efectuando em cada um, transectos de 60m de comprimento, para obtenção de amostras. Os espécimes recolhidos foram fotografados in situ, no laboratório, sendo conservadas individualmente em álcool a 70%. A identificação de esponjas foi realizada recorrendo a cortes transversais e tangenciais à superfície da esponja utilizando Araldite histológica como meio de montagem, de modo a possibilitar a observação das estruturas esqueléticas e a disposição destas no espécime. Recorreu-se também à observação microscópica da morfologia espicular no caso das esponjas siliciosas e calcárias. Uma inovação aplicada neste estudo foi a utilização de pipetas descartáveis para a recolha das espículas após a sua lavagem o que aumenta consideravelmente a segurança do procedimento e a quantidade de espículas na lâmina para observação. Das 37 espécies identificadas verificou-se que seis delas constituíam novos registos para Portugal e outras duas para Portugal Continental: Axinella guiteli, Crella fusifera, Dictyonella incisa, Dictyonella marsillii, Dictyonella plicata, Hymeniacidon mammeata e Mycale lingua e Spongionella pulchella, respectivamente.

Formato

application/pdf

Identificador

574.5 PIR*Pad Cave

http://hdl.handle.net/10400.1/417

Idioma(s)

por

Direitos

restrictedAccess

Palavras-Chave #Teses #Ecologia #Ambiente marinho #Porifera #Sazonalidade #Variação espacial #Profundidade #Distribuição #Taxonomia #Portugal
Tipo

masterThesis