Estudo do efeito protector da espécie Cydonia oblonga Miller na danificação oxidativa em eritrócitos humanos


Autoria(s): Magalhães, Ana Sofia Moreira de
Contribuinte(s)

Carvalho, Márcia

Data(s)

28/10/2009

25/10/2011

28/10/2009

25/10/2011

2009

Resumo

Monografia apresentada à Universidade Fernando Pessoa para obtenção do grau de Licenciada em Ciências Farmacêuticas.

A formação de radicais livres e o stresse oxidativo estão envolvidos numa série de fenómenos fisiológicos e patológicos do nosso organismo, tais como o envelhecimento, o cancro, a aterosclerose, a diabetes, a anemia hemolítica e a doença de Alzheimer. O eritrócito constitui um modelo celular adequado para o estudo dos efeitos de radicais livres, em virtude da sua simplicidade estrutural, acessibilidade e da vulnerabilidade dos seus constituintes à oxidação. Neste trabalho foram utilizadas suspensões de eritrócitos humanos para avaliar o efeito protector dos extractos metanólicos da folha e fruto (casca, polpa e semente) de marmeleiro (Cydonia oblonga Miller) na danificação oxidativa induzida pelo 2,2´-azo-bis(2-amidinopropano) (AAPH). O AAPH é um sistema gerador de radicais livres (do tipo peroxilo) no meio extracelular que atacam a membrana eritrocitária causando várias alterações oxidativas, as quais foram avaliadas neste estudo pela indução da hemólise. Os resultados obtidos mostram que os extractos metanólicos da folha, casca e polpa de C. oblonga protegem os eritrócitos da lesão oxidativa de uma forma dependente da concentração de extracto e do tempo de incubação, enquanto que as sementes de marmeleiro apresentam actividade hemolítica. O perfil fenólico da folha e fruto de C. oblonga foi igualmente determinado neste trabalho por HPLC/UV. O composto fenólico maioritário foi o ácido 5-O-cafeoilquínico para a folha, polpa e casca, enquanto que para as sementes foi a 2-estelarina. Em termos quantitativos, podem ser ordenados pela seguinte ordem decrescente de teor fenólico total: folha > casca > polpa > semente. Os resultados indicam que a folha, polpa e casca de C. oblonga apresentam um considerável potencial anti-radicalar, o que sugere a sua eventual aplicação como adjuvantes na terapêutica de diversas situações patológicas em que os radicais livres estão implicados, bem como na respectiva prevenção.

Identificador

http://hdl.handle.net/10284/1109

Idioma(s)

por

Tipo

bachelorThesis

Direitos

openAccess