A Farmácia de Oficina como pólo disseminador de informação objectiva sobre a utilização de plantas medicinais

Monografia apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Licenciado em Ciências Farmacêuticas

A fitoterapia pode ser considerada como um método terapêutico que utiliza os componentes activos das plantas. A arqueologia revelou textos escritos há mais de 4000 anos, descrevendo as propriedades das plantas medicinais. Como terapêutica de carácter eminentemente tradicional, as plantas foram durante muito tempo a única alternativa terapêutica utilizada pelo homem. Este método terapêutico é ainda muito utilizado, sobretudo no Oriente. No Ocidente, o uso das plantas foi sendo progressivamente substituído por outras metodologias, sobretudo desde a era da revolução industrial, sobretudo devido aos crescentes avanços tecnológicos. No entanto, sobretudo devido a aspectos sócio-económicos e culturais, assiste-se hoje a um ressurgir do interesse neste tipo de alternativas medicamentosas. Muitas vezes alicerçado na noção errónea de que “o que é natural é bom”, o uso de plantas para fins medicinais carece ainda de completa regulamentação que assegure, de forma inequívoca, a segurança da população. De forma complementar, surge a necessidade de educar todos os que procuram este tipo de produtos acerca dos benefícios e riscos associados que possam trazer. A Farmácia de Oficina pode ocupar um lugar de pólo disseminador de informação objectiva sobre produtos fitoterápicos, uma vez que contacta com regularidade com uma população heterogénea que procura estas alternativas terapêuticas, bastando, para isso, estar equipada, ela própria, com informação actualizada e objectiva.