Restauração directa de classes II em pré-molares com compósitos


Autoria(s): Faria, Patrícia Manarte Monteiro Veloso de
Contribuinte(s)

Melo, Paulo Rui Galrão Ribeiro de

Manso, M. Conceição

Data(s)

16/04/2010

06/10/2011

16/04/2010

06/10/2011

2009

Resumo

Tese de Doutoramento apresentada à Universidade Fernando Pessoa como parte dos requisitos para obtenção do grau de Doutor em em Biotecnologia e Saúde, Epidemiologia e Saúde Pública.

A restauração de dentes posteriores deve basear-se na evidência científica. A investigação in vitro indica as probabilidades de excelência duma técnica ou possibilita a certificação dos materiais para uso clínico. As restaurações devem ser avaliadas, in vivo, pelo menos durante 2 anos previamente à comercialização dos materiais restauradores. Este trabalho de investigação avaliou e comparou, clínica (comportamento clínico) e laboratorialmente (microinfiltração), a eficácia de duas técnicas de restauração (incremental oblíqua (TIO) e incremental modificada (TIM)) e de dois tipos de compósitos, de alta (microhíbrido, condensável) e de média viscosidades (nanohíbrido), em restaurações de classes II (ocluso-mesial e/ou oclusodistal) em dentes pré-molares. Conforme a técnica/viscosidade da resina composta constituíram-se três grupos, o A (TIO com nanohíbrido), o B (TIM com nanohíbrido e condensável) e o C (TIO com condensável). A amostra in vivo contou com 105 restaurações. No ensaio in vitro foram efectuados 4 microcortes no sentido mésio-distal de 30 pré-molares com restaurações mésio e disto-oclusais, obtendo-se uma amostra de 720 superfícies. A avaliação in vivo foi efectuada semestralmente, até aos 24 meses, por inspecção clínica directa e indirecta de fotografias (critérios de Ryge modificados), radiografias e modelos (Hickel et al. 2007). No ensaio in vitro a microinfiltração foi quantificada pelo índice e nível de infiltração, e analisada a influência da presença/ausência e espessura de esmalte. In vivo, todos os grupos evidenciaram um bom comportamento estético, funcional e biológico das restaurações. Aos 12 meses, a eficácia foi maior no grupo A (A>C>B; p>0,05). A TIM e a TIO mostraram taxas de sucesso estético e funcional máximos mas, apresentaram fracasso de causa biológica num parâmetro (p>0,05). Aos 24 meses, o grupo C foi mais eficaz (C>A>B; p<0,05). A TIM mostrou menor taxa de sucesso geral que a TIO (Estético: TIM<TIO, p=0,016;Funcional: TIM>TIO, p>0,05; Biológico: TIM<TIO, p>0,05). No ensaio in vitro, o grupo B foi o mais eficaz (B>C>A; p<0,05) por registo de menor frequência e gravidade de infiltração. A TIM foi mais eficaz que a TIO (p<0,05). Posterior teeth restoration must be based on scientific evidence. In vitro studies point out the probability of excellence of a technique or the accomplishment of the certification of materials for clinical use. The restorations must be evaluated, in vivo, at least during 2 years previously to the commercialisation of the restoring materials. This research evaluated and compared, in vivo (clinical performance) and in vitro (microleakage), the effectiveness of two restoration techniques (oblique incremental (OIT) and modified incremental (MIT)) and two types of resin based composites, a high (microhybrid, packable) and an average (nanohybrid) viscosities of class II (occlusalmesial and/or occlusal-distal) restorations in premolar teeth. Three groups were constituted according to the technique/composite viscosities, A (nanohybrid with OIT), B (nanohyrid and packable with MIT) and C (packable with OIT) groups. The in vivo sample size comprised 105 restorations. For the in vitro study 30 premolar teeth, with mesial and distal-occlusal restorations, were longitudinally sectioned with a diamond saw: 4 sections per tooth provided 720 surfaces for evaluation. The in vivo evaluation was done each six month up to 24 months, by direct clinical inspection and indirectly using photographs (Ryge modified criteria), x-rays and casts (Hickel et al. 2007). In the in vitro study microleakage was quantified by means of a leakage index and levels of leakage and the analysis of the influence of the presence/absence of enamel and of its thickness. In vivo, all restorations groups showed good aesthetic, functional and biological behaviour. At 12 months the effectiveness was higher in the A group (A>C>B; p>0.05). The MIT and the OIT showed maximum clinical aesthetic and functional success but presented biological failure in one parameter (p>0.05). At 24 months C group was the most efficient (C>A>B; p<0.05). The MIT showed lower general success than the OIT (Aesthetic: TIM<TIO, p=0.016; Functional: TIM>TIO,p>0.05; Biological: TIM<TIO, p>0.05). In the in vitro study, B group was the most efficient (B>C>A; p<0.05) as it showed lower microleakeage frequency and severity degree. The MIT was more efficient than the OIT (p<0.05). La restauration de dents postérieures doit être basée sur la preuve scientifique. Les études in vitro indiquent la probabilité d'une technique d’excellence ou possibilitent la certification de matériaux pour l'usage clinique. Les restaurations doivent être évaluées, in vivo, au moins pendant 2 ans avant la commercialisation des matériaux de restauration. Cette recherche a évalué et comparé, in vivo (exécution clinique) et in vitro (microinfiltration), l'efficacité de deux techniques de restauration (accroissement oblique (TAO) et accroissement modifié (TAM)) et de deux types de composés a base de résine, a haute (microhybride, condensable) et moyenne viscosité (nanohybride) en restaurations (occlusif-mesial et/ou occlusif-distales) de la classe II en dents prémolaires. Selon la technique et la viscosité des composés, trois groupes ont été constitués, A (nanohybride avec TAO), B (nanohyride et condensable avec le TAM) et C (condensable avec TAO). L'échantillon in vivo était composé par 105 restaurations. Pour 'étude in vitro, 30 dents prémolaires, avec des restaurations mesial et distalocclusives, ont été longitudinalement sectionnées avec une scie de diamant: 4 sections par dent ont fourni 720 surfaces pour l'évaluation. L'évaluation in vivo a été faite chaque six mois, jusqu'aux 24 mois, par inspection clinique directe et indirectement de photographies (critères modifiés par Ryge), de radiographies et de moules (Hickel et autres, 2007). Dans l'étude in vitro, le micro infiltration a été mesuré par l'index et le niveau de fuite et par l’influence de la présence/absence et de l'épaisseur d'émail. Tous les groupes ont démontré un bon comportement esthétique, fonctionnel et biologique des restaurations. Après 12 mois, l'efficacité a été supérieure dans le groupe A (A>C>B; p>0.05). La TAM et la TAO ont eu un succès esthétique et fonctionnel élevé et un échec biologique (p>0.05). Après 24 mois, le groupe C a été le plus efficace (C>A>B; p<0.05). La TAM a démontré un succès général inférieur à la TAO (esthétique: TAM<TAO, p=0.016; Fonctionnel: TAM>TAO, p>0.05 ; Biologique: TAM<TAO; p>0.05). À l'étude in vitro, le groupe B a été le plus efficace (B>C>A; p<0.05) démontrant une fréquence et sévérité de micro infiltration inférieures. La TAM a été plus efficace que la TAO (p<0.05).

Identificador

http://hdl.handle.net/10284/1389

101193459

Idioma(s)

por

Publicador

[s.n.]

Direitos

openAccess

Tipo

doctoralThesis