Controle biologico do percevejo-de-renda (Leptopharsa heveae Drake & Poor) em seringais de cultivo.


Autoria(s): JUNQUEIRA, N.T.V.; PINHEIRO, E.; ALVES, R.T.; CELESTINO FILHO, P.; PEREIRA, A.V.; OLIVEIRA, M.A.S.; FIALHO, J.F.; GASPAROTTO, L.
Data(s)

1999

08/11/2000

Resumo

A mosca-de-renda ou percevejo-de-renda (Leptopharsa heveae - Hemiptera: Tingidae) e o mais importante inseto-praga da seringueira no Brasil. Essa praga de origem amazonica invadiu os seringais do Estado de Mato Grosso por volta de 1985 e, de 1992 a 1998, chegou aos seringais do Estado Sao Paulo e de Goias. Acredita-se que breve chegara aos Estados da Bahia, Espirito Santo e Minas Gerais. O principal agente disseminador desse inseto-praga entre estados e seringais tem sido os veiculos transportadores de coagulos e latex semiprocessado (GEB). O controle quimico dessa praga, alem de muito caro, coloca em risco os aplicadores e o meio ambiente. Em 1986, no Amazonas, o fungo Sporothrix insectorum foi constatado parasitando individuos do percevejo-de-renda. Com base nessa constatacao foram feitos alguns estudos em campo e laboratorio onde se determinaram a eficiencia biologica (capacidade do inimigo natural para infectar e destruir a praga) e a eficiencia tecnica (capacidade do inimigo natural para reduzir os danos causados na planta pela acao da praga). Os resultados desses testes evidenciaram o elevado potencial do S. insectorum para o controle do percevejode-renda. Imediatamente apos os testes, esse fungo foi enviado para os Estados de Mato Grosso, Acre, Rondonia, e mais recentemente para Sao Paulo e Goias onde vem sendo utilizado com o fungo Hirsutella verticillioides por diversos produtores e empresas. O fungo H. verticillioides, outro inimigo natural do percevejo-de-renda, isolado em 1990, na Guiana Francesa, vem sendo bem mais agressivo nos seringais da regiao Centro-Oeste e de Sao Paulo que o S. insectorum. Os resultados obtidos de avaliacoes efetuadas em alguns seringais de Goias, Mato Grosso e Sao Paulo indicam eficiencia biologica (porcentagem de insetos colonizados e fixados na folha por ambos os fungos em fevereiro), variando de 53% a 100%. Por outro lado, a eficiencia tecnica, medida pelo nivel de descoloracao da folha ou % de danos causados pela praga em fevereiro, tendo como referencia folhas nao atacadas, variou de 16% a 63%.

1999

CRI5365

Formato

30p.

Identificador

3488

http://www.infoteca.cnptia.embrapa.br/handle/doc/546462

Idioma(s)

pt_BR

Publicador

Planaltina: Embrapa Cerrados, 1999.

Relação

Embrapa Cerrados - Circular Técnica (INFOTECA-E)

(Embrapa Cerrados. Circular Tecnica, 3).

Palavras-Chave #Cerrado #Controle biologico #Leptopharsa heveae #Praga de planta #Seringueira #Hevea brasiliensis #Biological control #Pests of plants
Tipo

Circular Técnica (INFOTECA-E)