Associação das variáveis socieconômicas, laborais e de saúde relacionadas à insegurança alimentar em trabalhadores dos Restaurantes Populares do município do Rio de Janeiro


Autoria(s): Ana Cristina Marcotullio Lopes Falcão
Contribuinte(s)

Rosana Salles da Costa

Odaleia Barbosa de Aguiar

Cintia Chaves Curioni

Data(s)

08/08/2013

Resumo

Apesar das diversas ações governamentais nas questões relacionadas a alimentação, a insegurança alimentar faz parte da realidade brasileira. Esta pode ocorrer em diversos níveis: primeiramente a preocupação com a oferta de alimentos e a qualidade dos mesmos, em seguida, redução da qualidade e quantidade de alimentos entre os adultos e por fim em um nível mais elevado, a redução ocorre entre as crianças, até mesmo a fome, quando não há nada para comer no domicilio. É direito de todos terem acesso a alimentos seguros e nutritivos, desta forma a alimentação e nutrição é uma condição para proteção da saúde. Trata-se de um estudo seccional, com 273 trabalhadores de sete restaurantes localizados no município do Rio de Janeiro. A avaliação da insegurança alimentar foi realizada utilizando a Escala Brasileira de Insegurança Alimentar (EBIA) classificando a população em segurança alimentar e insegurança alimentar. As análises foram desenvolvidas aplicando-se o teste qui quadrado ou o teste exato de Fisher quando apropriado (p<0,20) e a regressão logística foi efetuada considerando três blocos de variáveis: socioeconômicas, laborais e de saúde. A prevalência de insegurança alimentar foi de 53,7%. A maioria da população estudada era do sexo masculino (57,9%), eram negros ou pardos (81,7%), com nove anos de escolaridade (57,1%), casados (58,2%), com filhos (70,1%), possuíam moradia própria (73,6%), eram ASGs ou copeiras (54,6%), quanto ao tempo gasto do deslocamento de casa para o trabalho, 67,6% dispendem mais de 40 minutos neste trajeto. As variáveis: escolaridade (OR-2,39; IC-95% 1,38 - 4,16), opinião sobre a falta de condições financeiras para manter alimentação saudável (OR-2,24; IC-95% 1,25 4,00), tempo de trabalho em cozinhas <29 meses (OR-2,72; IC-95% 1,44 5,16) e opinião da composição e regularidade da alimentação (OR- 2,01; IC-95% 1,12 3,57) associaram-se significativamente com a insegurança alimentar. Estes trabalhadores mesmo inseridos em um equipamento destinado a ofertar alimentação de qualidade, não tem a percepção da garantia ao acesso de forma satisfatória aos alimentos tanto quantitativamente como qualitativamente.

Food insecurity is part of Brazilian reality, in spite of several governmental actions to reduce the problem. Food insecurity can occur at several levels: Firstly, the concern about the availability of food, as well as about the quantity of food; next, the reduction in quality and quantity of food among adults; and at least, at a higher level, the reduction of food occurring among children, even starvation, when there is no food at their home. It is a general right for all to have access to reliable and nutritive food. Hence, food and nutrition is a condition to the protection of health. This is a cross-sectional study of 273 workers at 7 restaurants located in the Municipality of Rio de Janeiro, Brazil. Food insecurity was evaluated using the Brazilian Food Insecurity Scale (Escala Brasileira de Insegurança Alimentar - EBIA), which classifies the population as food secure or food insecure. The analyses were developed through the application of the Qui- Square Test or the Fishers Exact Test, when adequate. Logistic regression modeling was performed next, considering three variable groups: socioeconomic, labor, and health. All analyses were conducted in R statistical program. The prevalence of food insecurity was that of 53.7%. The majority of the population studied was male (57.9%), black or brown (81.7%), did nine school years (57.1%), were married (58.2%), with children (70.1%), were the owners of their houses (73.6%), were General Services Assistants or catering workers (54.6%), and as of the time spent traveling from their home to the work place, 67.6% spend more than 40 minutes. The variables: schooling (OR-2,39; 95% CI: 1,38 - 4,16), opinion about the lack of financial conditions to maintain a healthy diet (OR-2,24; 95% CI: 1,25 4,00), time working in kitchens <29 months (OR-2,72; 95% CI: 1,44 5,16), and opinion about the composition and regularity of food (OR-2,01; 95% CI: 1,12 3,57) were significantly associated to food insecurity. These workers, even though involved in an activity related to equipment destined to offer food of quality, have no perception of their guarantee to the access of food in a satisfactory manner, both quantitatively and qualitatively

Formato

PDF

Identificador

http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=6821

Idioma(s)

pt

Publicador

Biblioteca Digital de Teses e Dissertações da UERJ

Direitos

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Palavras-Chave #Segurança Alimentar e Nutricional #Trabalhadores #Fatores Socioeconômicos #Food and Nutritional Security #Workers #Socioeconomic Factors #NUTRICAO #Política alimentar #Trabalhadores - Nutrição #Segurança do trabalho
Tipo

Eletronic Thesis or Dissertation

Tese ou Dissertação Eletrônica